segunda-feira, 29 de março de 2010

O Castelo de Cartas e a Casinha na Rocha


Ilustração

Certo homem comprou uma grande área na praia, praticamente comprou a praia, achou um ótimo negócio, um preço inacreditável, o vendedor o encantou com as belezas do lugar, o fez sonhar com sua casa pronta, ele sentado em sua varada desfrutando do paraíso.
Bem de frente ao mar,andando pela praia, procurou uma vista perfeita, como de uma pintura...
Coqueiros, um riacho alí perto, brisa do mar, sol, gaivotas...
Procurou pela praia o monte mais alto, onde pudesse ver o mais longe possível o horizonte.
Começou ali seu processo de construção, comprou tudo do melhor,
Fez com seu recursos um belo castelo...
Fundou bem as estacas para estrutura e realizado seu sonho, assentou na praia e contemplou seu castelo, sua morada, onde projetou passar o resto de sua vida...
Cansou de ouvir dos moradores que o terreno não tinha valor porque não tinha solo firme, era somente areia...
Mas era homem determinado, dizia que seria capaz de construir...

Ali perto ao fundo de seu terreno, um homem pobre com um pequeno lote bem no pé da montanha, praticamente mato puro, o vendedor garantiu:
 - Parece pequeno, a vegetação tomou conta do terreno, mas seu solo é pedra pura, você terá muito trabalho com sua limpeza, mas não se arrependerá... terá uma casa para deixar para seus bisnetos.

Os dois terminara suas casas na mesma época, o primeiro uma mansão, piscina que dava vista pro mar, um castelo...
O segundo uma casinha simples, muito suor, muito trabalho com o terreno e fundamentos, afinal furar pedra...

Passaram as estações, chegaram as chuvas e com elas os “ventos uivantes” o pequeno riacho parecia o próprio mar descendo da montanha...

Os dois foram atingidos pela grande chuva, até ai tudo firme, algumas goteiras mas nada que comprometesse.
Veio a inundação e um vento fortíssimo, a casinha ficou firme chegou a entrar água, mas por estar em um lugar mais alto e por ter alicerce forte, nada aconteceu, como estava construída no começo da montanha os ventos não atingiam de forma direta, era pequenina mas uma rocha na rocha...
A casa grande começou a andar, seu telhado voou como uma pipa...
Derrepente foi levada pela inundação e não sobrou nada... 
Introdução Histórica
Porque nos dias de hoje tantas pessoas começam bem e terminam mal?
Onde está o erro? Quais são os culpados? A igreja o pastor?
Porque tanta dificuldade em permanecer, em durar?
Porque tanto dualismo religioso?
Onde está a convicção? Onde estão os convictos?
Porque o evangelho hoje não passa de uma moda? A gente tem que usar até a nova estação!

Mateus 7:24-27 - “... Portanto todo aquele que ouve estas minhas palavras e as pratica, será semelhante ao homem prudente, que edificou a sua casa sobre a rocha.
Desceu a chuva, transbordaram os rios, sopraram os ventos e deram contra aquela casa; contudo ela não caiu, porque estava edificada sobre a rocha.
Aquele que ouve estas minhas palavras, mas não as cumpre, será comparado ao homem insensato, que edificou a sua casa sobre a areia.
Desceu a chuva, transbordaram os rios, sopraram os ventos, e deram contra aquela casa, e ela caiu, e foi grande a sua queda...”.

1 – Todos construímos.

É um processo natural no ser humano.
É um passo rumo ao amadurecimento e crescimento.
É do indivíduo desenvolver-se.

2 – Toda construção tem objetivos definidos.

Para que serve uma casa?
Espaço, proteção, independência, maturidade, status, poder...
De certa forma é a forma de achar seu lugar ao sol.
Ou de abrigar-se d’ele...
3 – Jesus entendia perfeitamente a condição humana.

Tanto é que usou aquilo de mais valor par o homem.
Construir.
Foi e é a forma pela qual a comunicação fica compreensível o Reino.
A vida espiritual também é uma construção.
E como qualquer construção existem regras básicas.
Terreno – Alicerce – Material – Projeto – Início e Fim.
4 – O Absurdo da Construção.


Onde estamos construindo nossa casa espiritual?
Na areia? Ou na rocha?
O evangelho não é bonito, mas traz segurança...
Qual vendedor vamos atender?
O que fala a verdade ou o que bajula?

DESFECHO – Ouvinte praticante ou negligente?.

É uma lei construiu sobre a areia espiritual = RUÍNA.
Construiu sobre a rocha espiritual = VIDA VITORIOSA.

Quem não quer ser um vencedor?

II Crônicas 20:20
“... Crede no Senhor vosso Deus, e estareis seguros; crede nos seus profetas e prosperareis...”.

A diferença nas construções é ouvir e praticar o que se ouviu...
Não há espaço para concordância “concordo ou não concordo”.

Só obediêcia...

Uma vida vitoriosa depende de Crer em Deus e praticar o que seus profetas ensinam, não são conselhos nostálgicos, são para prática diária...

Quer vencer???

Seja um praticante do que ouve...

segunda-feira, 22 de março de 2010

Misericórdia Não é Obra é Gratidão.




Introdução Histórica

Como alcançar a misericórdia?
Como alcançá-la sem ter certeza de que a precisamos?
Quando é que precisamos da misericórdia?
Seria a promessa para necessidades futuras, em situações, onde não há saída?
Como nos tornamos misericordiosos? Como se tornar um?

Mateus 4:7 – “...Bem aventurados os misericordiosos,
porque eles alcançarão misericórdia...”.

(Misericórdia – grego = eleov / oiktirmov)


1 – Os 3 níveis dos misericordiosos.

3º nível – Ação – Externo – Comum – Visível.
(Esse nível pode ser motivado por diferentes fatores inclusive o Ego).

A misericórdia se manifesta em atos, não em palavras.
Não existem palavras para o exercício da misericórdia,só atitudes.
Misericordiosos são aqueles que ajudam o aflito a buscar auxílio.
São aqueles que levam ajuda ao miserável, QUE LEVAM SALVAÇÃO.

2º nível – Sentimento – Interno – Pessoal - Invisível.
(Esse nível não pode ser manipulado só experimentado, não existe maquiagem para a, só misericórdia).

São aqueles que sentem compaixão da miséria do outro.
Os misericordiosos possuem esse sentimento no interior, habita no coração.
A compaixão reside nas entranhas da alma.
Assim como o amor, não acontece por si só, tem que ter o laboratório da experiência.

1º nível – Recebimento – Internalização – Íntimo - Indescritível.
(É a gênesis da misericórdia, ela só nasce a partir da desesperada necessidade, é o divisor de águas)

São aqueles que receberam a compaixão, por serem miseráveis.
É impossível ser misericordioso sem ser e ter sido um miserável.
É o experimento da misericórdia aplicada ao pesquisador.
Não é possível buscá-la sem ter necessidade dela.
Para receber é preciso reconhecer sua necessidade, e com certeza precisamos...
“...Para ser um misericordioso é preciso ter “simpatia” pelos miseráveis, e para isso é necessário ter sido um...”.

“...Ser um misericordioso é ser um miserável que recebeu a graça,
não é como o ligar e o desligar de um interruptor,
não se faz misericórdia de ‘fim de semana’,
é uma mudança permanente,
é uma marca,
é uma cicatriz que ao vê-la,
somos impelidos a agir sem medir prejuízos pessoais...”.

Somos misericordiosos ou fazemos misericórdia como forma de aceitação nos nossos relacionamentos sociais?

“...Quando nossa misericórdia é extraída de outra fonte que não a experiência pessoal de ser miserável, nossa misericórdia é morta, nossa vida é morta...”.

“...Misericórdia não é obra de é gratidão...”.

DESFECHO – Alcançarão misericórdia.

Podemos alcançar a misericórdia, precisamos da fome e da sede.
Sem fome não se come, sem sede não se bebe da misericórdia.
Conseguimos sentir a necessidade de Deus?
Conseguimos perceber que diante de nós está o maior convide de amor de toda a nossa vida?
Estamos recebendo pela misericórdia o convite para fazer parte do Reino de Jesus, afinal precisamos ou não?
Por mais perfeita, saudável e próspera que nossa vida seja, sem Jesus somos perdidos, pobres, doentes espirituais, miseráveis.

O convite é para sair da miséria e habitar no palácio do Rei.

Jesus se fez miserável para que alcançássemos a Graça,o Reino.

Alguém aceita esse convite hoje?

Uma voz te chama hoje, um miserável que recebeu a misericórdia te convida.

Tem lugar no palácio para você também.

terça-feira, 16 de março de 2010

A Fome e a Sede - Mensagem 14/03/2010


Introdução Histórica:

Que tipo de fome e sede pode trazer felicidade além da lógica humana?
Como é possível ter carência de justiça e ser feliz por isso?
Se temos essa necessidade é porque estamos sofrendo injustiças, como ser feliz?
Como pode haver felicidade em sofrer injustiças?
Com os olhos na promessa.

Mateus 5: 6
“...Bem-aventurados os que tem fome e sede de justiça, porque eles serão fartos...”.


1 – A grande fome do mundo... (grego – peinao / ptochos)

Existe uma fome incrível por justiça nos dias de hoje.
Sofremos injustiças e traições, em todos os níveis de relacionamento.
A impressão que se dá é que essa bem-aventurança engloba toda a humanidade, que todos serão fartos, mas não é assim.
A fome do bem-aventurado está ligada ao fato de que ele é um cidadão do reino.
Está ligada diretamente a primeira bem-aventurança (pobres de espírito)
Envolve todo o seu conteúdo, um faminto (pobre de espírito) é:
1 - Reduzido à pobreza; mendicância, pedir esmola.
2 – Destituído da riqueza, influência, posição, honra.
3 – Humilde, aflito, destituído de virtudes cristãs e riquezas eternas.
4 – Desamparado, impotente para realizar um objetivo.
5 – Necessitado em todos os sentidos.
6 – Descer de um lugar mais alto para um lugar mais baixo.
7 – Ser submetido a julgamento, ser declarado culpado.
8 – Descender de uma posição ereta para uma posição prostrada; cair.
9 – Dominados pelo terror, espanto ou sofrimento.
10 – Ruína do ego, decair, perder-se.
11 – Chegar ao fim, desaparecer, cessar as virtudes.
12 – Destituído do poder, pela morte.
É necessário verdadeiramente ter fome, é o que foi reduzido a nada e não tem esperança... que desistiu da justiça própria e só sobrou a fome...

2 – A sede insuportável.

São aqueles que sentem dolorosa necessidade.
Anseiam aquelas coisas pelas quais a alma é refrescada, apoiada e fortalecida.
Sofrem com a alma seca pela injustiça, ingratidão.
Somente aqueles que já foram injustiçados, caluniados, maltratados podem dimensionar essa sede.
É quase comparada ao rico no inferno (estou gemendo em tormento e sede).
É o pedido pela gota de água pelo dedo do Lázaro.
A diferença é que o rico morreu e continuou na sede.
O mundo seco hoje clama por alívio e não recebem
O Bem-aventurado será saciado.
Não importa o que façam, o quanto você sofra, se você pertence ao reino de Jesus, será saciados.
Mas vai bem mais além...

3 – A Justiça.


É o estado de como as coisas devem ser.
Justiça é condição aceitável para Deus.
É o modo pelo qual o homem pode alcançar um estado “aprovado por Deus”.
É através de Jesus que alcançamos aprovação.
São atitudes de um Justo:
Integridade – inteiro, transparente, honesto, incorruptível, cujos atos e palavras são irrepreensíveis.
Virtude – é a qualidade do desejável e correto do ponto de vista moral, religioso e social.
Pureza de Vida, Pensamentos e sentimentos – não há mistura, nem maldade nem malícia, inocência, decência – LIVRE DE PECADOS.
Ações corretas – Que apresentam exatidão, que teve suas falhas emendadas, corrigidas.
Num sentido restrito é a aplicação que se dá a cada um como pagamento(justiça ou virtude).

É A BUSCA POR MUDANÇAS.
A MAIOR FOME E SEDE QUE JESUS ESPERA DOS SEUS É A FOME E SEDE POR JUSTIÇA PRÓPRIA (MUDANÇAS).
SEREMOS FARTOS, nas nossas mudanças e pelo que sofremos.

Desfecho: Apocalipse 22:17
“... O Espírito e a Noiva dizem: Vem.
Quem ouve, diga: Vem. Quem tem sede, venha; e quem quiser, tome de graça da água da vida...”.


1 - O espírito e a Noiva (Igreja), juntos no propósito de convidar o sedento.

2 - O que ouviu, aceitou e experimentou o convite deve convidar.

3 - Quem tem sede - Venha.

4 – E quem quiser, “mesmo sem sede” quem quiser experimente a água da vida.

5 – O convite se estende à humanidade, todos, com ou sem sede, venham...

O Rei e o plebeu. Mensagem 07/03/2010


Ilustração:

Imagine que Jesus está chamando você hoje. Ele estende um segundo convite aceitar o amor do Pai dele. Talvez você responda:

"Ah! já estou sabendo. Isso é coisa superada. Vim para este lugar buscando um lampejo num acesso de fervor. Não estou escancarado, desesperado. Vou ouvir qualquer coisa que o senhor tiver a dizer, então vá em frente: surpreenda-me. Dê-me alguma palavra nova. A velha já estou sabendo".

E Deus responde:

É isso que você não sabe. Você não sabe quanto eu o amo.

O momento em que você pensa que compreende é o momento em que você não compreende.

Eu sou Deus, não homem.

Você fala aos outros a meu respeito: diz que eu sou um Deus amoroso.

Suas palavras são papo-furado. Minhas palavras estão escritas no sangue do meu Filho.

Da próxima vez que você pregar sobre o meu amor com uma familiaridade tão insolente, nada me impede de vir e detonar a sua reunião de oração.

Quando você vier a mim com estudado profissionalismo, exporei você como um amador grosseiro. Quando você tentar convencer os outros de que sabe do que está falando, vou mandá-lo calar a boca e cair de rosto no chão.

Você diz que sabe que eu o amo:

Você sabia que cada vez que você me diz que me ama eu digo "obrigado"?

Quando seu filho vem até você e pergunta: "Você ama a Maria mais do que a mim porque ela sabe dançar e porque ela é menina?

"Você não se sente magoado e entristecido pela falta de confiança de seu filho? Você sabia que faz a mesma coisa comigo?

Você alega saber o que compartilhamos quando Jesus retirou-se para um lugar deserto e passou a noite na encosta de uma colina comigo?

Você sabe de onde veio a inspiração de lavar os pés dos doze discípulos?

Você entende que, motivado apenas pelo amor, seu Deus tornou-se seu escravo no cenáculo?

Você ressente a ordem divina dada a Abraão, de oferecer seu único filho, Isaque, no monte Moriá?

Você sente alívio quando o anjo intervém, a mão de Abraão é detida e o sacrifício não é levado a cabo?

Você esqueceu que na Sexta-feira Santa nenhum anjo interveio?

Que o sacrifício foi levado a cabo, e foi o meu coração que foi partido?

Você tem consciência de que eu tive de ressuscitar Jesus dos mortos na manhã de Páscoa porque meu amor é eterno?

Você está também serenamente confiante de que eu também o ressuscitarei, meu filho adotivo?

A fé significa que você quer Deus e não quer querer mais nada.

Introdução Histórica:

Existe uma herança e um testador, seu falecimento nos chama para a posse de seus bens, qual de nós recebendo uma notícia como essa, não teríamos interesse em receber a tal herança?

Talvez gerasse dúvidas sobre o conteúdo do testamento, mas então tendo o direito de saber, e se seu conteúdo fosse herdar toda a terra, numa divisão justa entre outros irmãos?

Mateus 5: 5

“...Bem-aventurados os mansos, porque eles herdarão a terra...”.

1 – O herdeiro indigno.


O que Jesus quis dizer com “manso”?

Manso no original significa: (manso - Grego prauv)

Gentileza – Bondade de Espírito – Humildade.

Não nos lembra a primeira bem-aventurança?

Feliz o que é Gentil : De boa linhagem; nobre; fidalgo.

Fidalgo (que ou quem possui título de nobreza, herdado de antepassados ou concedido Pelo Rei) - que agrada pela delicadeza de sentimentos – amável}.

Feliz o bondoso de Espírito o Humilde: quem é desfavorecido social e economicamente; plebeu, pobre.

Um manso é aquele que descobriu que é herdeiro e não reconhece seu título.

É aquele que sabe que não é de linhagem alguma.

É aquele que sabe que é um plebeu e se torna um rei.

Para ele não faz o menor sentido, teme por ser indigno, incapaz.

Sabe que não tem sangue azul, que é um pobre, que é um intruso.

Um manso é um pobre de espírito, sabe que é um mendigo.

Sabe que seu almoço de ontem foram migalhas da mesa dos nobres.

Um manso é aquele que é tudo isso, e seu título de nobreza adquirido não o faz um nobre, seu interior será sempre um plebeu, sempre.

Mesmo no céu diante do Rei, face a face, ele eternamente saberá que é um plebeu, por isso haverá sempre adoração.

O céu é o lugar de plebeus que receberam a nobreza como salvação do inferno.

Já pensou: Um céu de nobres metidos, engomados, fazendo dos anjos serviçais, escravos que os levam em suas carruagens.


2 – O sangue azul dos miseráveis.

Mateus 11:28-30 (paráfrase)

28 – Venham até a mim todos os cansados e sobrecarregados e terão alívio.

29 – Vistam a minha canga, e aprendam comigo, sou MANSO E HUMILDE de coração, e vocês encontrarão o descanso da alma que procuram.

30 – Pois a minha canga é suave e minha carga é leve, a de vocês não é...


Quando olho para esse texto e o vejo pelos olhos das bem-aventuranças, entendo perfeitamente o que acontece com nosso mundo hoje, com nossa comunidade e com as igrejas.

Vejo nobres falidos.

Vejo plebeus miseráveis gritando que possuem sangue azul...

Vejo arrogantes da fé, golpistas de herança, na realidade todos temos um pouco de tudo isso.

Queremos o título de reis de um Rei, queremos o anel da nobreza, queremos o cavalo real, queremos os serviçais, não nos importamos com a graça.

A graça não é para nós, “fomos escolhidos”, não sabemos o que é graça.

II Coríntios 4:4

“...O deus deste século cegou os entendimentos dos incrédulos, para que não lhes resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo, que é a imagem de Deus...”.

Existe uma cegueira feita pelo “deus deste século” para que fiquemos escravos das trevas.

O problema é que ao chegar perto da luz do evangelho, começam a aparecer nossas “sujeiras agradáveis”, nossos pecados acalentados e secretos.

Não estou aqui para jogar terra no seu bolo de festa...

Quando vou para a luz do Evangelho e olho para a história do meu sacerdócio vejo uma pessoa infiel através da qual Deus continua trabalhando.

“... Aprendam de mim que sou MANSO E HUMILDE “de coração...”.

Queremos alívio do cansaço e da sobrecarga, queremos o merecido descanso para nossas almas, queremos a herança da terra, a reivindicamos como “irmãos do segundo Adão – Jesus.

Chamamos à existência nosso “direito real” e nem sabemos o que significa.

Não queremos aprender de Jesus, na realidade o engolimos como Rei.

Temos medo do que vão pensar se souberem que somos exatamente iguais aos judeus que esperam o Cristo político – o anti-cristo – o homem com poder de nobreza, com aspecto de um Rei.

Do jeito que a igreja caminha não vai ser de admirar que quando o anti-cristo surgir muitos se curvarão à besta e a coroarão em seus corações.

Onde no aprendizado de Jesus de MANSO E HUMILDE aprendemos a condenar as pessoas, a falar mal dos irmãos, criticar a igreja de Jesus?

Onde está a instrução de falar a verdade superficial?

Onde está a diretriz de esconder o pecado e fingir obediência?


Desfecho: Mateus 11:28-30

“... -Venham até a mim todos os cansados e sobrecarregados e terão alívio.

29 – Vistam a minha canga, e aprendam comigo, sou MANSO E HUMILDE de coração, e vocês encontrarão o descanso da alma que procuram.

30 – Pois a minha canga é suave e minha carga é leve, a de vocês não é....”:


1 - Se estamos cansados e sobrecarregados é porque estamos levando a carga do rei deste século.

2 - O alívio vem para o MANSO E HUMILDE.

3 - Fazer o que Jesus propõe e vestir os arreios da humilhação.

4 – É tirar nossa pompa de realeza, despir-nos de nossas vestes reais, vestir um arreio e chamar todos os plebeus para subir na carruagem da salvação.

5 – Como pode uma tarefa assim ser mais leve que nossas vidas?

6 – Carregar a máscara da mentira pesa mais que uma carroça cheia de trigo.

7 – Um manso é um herdeiro indigno.

8 – É um Rei que tem em seu interior sangue plebeu.

9 – É aquele que sendo rei, não perde o hábito de ao derrubar a taça de vinho, correr para pegar o pano de chão, o balde e o rodo...


Os "Os mansos herdarão a terra".

Bem Aventurado os que choram... Mensagem 28/02/2010


Ilustração:

“Em seu livro Mortal Lessons, o médico Richard Selzer escreve:

Estou em pé junto ao leito onde jaz uma jovem, seu rosto em pós-operatório;
sua boca, retorcida com paralisia, tem um quê de palhaço.
Um minúsculo ramo do seu nervo facial, aquele que controla os músculos da boca, foi removido.
Ela ficará assim daqui em diante. O cirurgião havia seguido com religioso fervor a curvatura da sua carne, isso eu podia garantir. No entanto, para remover o tumor de sua bochecha, tive de cortar aquele nervinho.
O jovem esposo dela está no quarto. Ele está em pé no lado oposto da cama e juntos eles parecem habitar a luz vespertina da lâmpada, isolados de mim, num mundo particular.
Quem são eles, pergunto a mim mesmo, ele e esta distorcida boca que fiz, que olham-se um ao outro tão generosamente, com tanta avidez? A jovem fala:
— Minha boca vai ficar assim para sempre?
— Sim — digo. — Vai ficar assim, porque o nervo foi cortado. Ela assente e silencia. Mas o jovem sorri:
— Eu gosto — ele diz. — Acho uma gracinha.
De repente sei quem ele é.
Compreendo e baixo os olhos. Não devemos ser ousados na presença de um deus. Sem nenhum constrangimento, ele inclina-se para beijar a boca torta, e estou tão perto que consigo ver como ele entorta seus próprios lábios para ajustá-los ao dela, para mostrar-lhe que o beijo deles ainda funciona".

Mateus 5: 4
“...Bem-aventurados os que choram, porque eles serão consolados...”.

Introdução Histórica:

Que choro é esse? Como se pode ser mais que feliz por chorar?
Não é uma contradição, “ser feliz por chorar”?

Paradoxo - Ser feliz por chorar.

1 – O Pesar da Lamentação. (Grego lupeomai )
Que tipo de lamentação é essa que Jesus diz que é boa?
Que pesar é esse que traga alegria?
É o desconforto de, como mendigo, saber do próprio estado de pecado.
É o chorar pelo descobrir de seus pecados.
Pelo desvendar da verdade.
É um lamento interno e externo, começa por dentro e sai para fora como jorro, como lavagem, como alívio...
Sentimos o peso de nossos pecados?
Quando damos os beijos de Judas? Quando somos egoístas?
Quando manipulamos só para ter o controle, e não para o crescimento do reino? Quando nossa boca entorta não para ajustar ao beijo, mas para desdenhar?



2 – O Choro dos mortos. (Grego penyew )
É aquele que olha para dentro e descobre que está morto.
Tão intenso que não pode ser contido.
Já imaginou olhar para si e ver que a realidade é uma deformação por causo do tumor do pecado?
Que lamento trágico...Sou uma deformação de caráter!
Acuso a confiança, as pessoas, a comunidade, a igreja, o pastor, mas o IMPOSTOR sou Eu!
Porque Jesus disse que isso é bom?

3 – A despedida no luto. (Grego yrhnew )
É dar uma expressão ao luto. É o lamento da perda.
É confissão pelos pecados.
É a espontaneidade da palavra poética ou de livre sentido.
É a tristeza da perda e o alívio pela partida ( - Eu dava muito trabalho!)

4 – Mea culpa (latim). (Grego koptomai )
Falha minha. Minha máxima culpa. Sou Eu. Sempre fui Eu.
Eu confesso... Meus erros, Meu erro. Meu!
É bater no peito com tristeza.
Mas será que ainda temos consciência para ver? Para bater no peito?
O mundo hoje confessa que não pode ir à uma igreja, pois é pecador demais...
A igreja estufa o peito empalhado de vaidade e diz que aqui não é lugar para esse tipo de gente...!
Que loucura! Que inversão!
Estamos fazendo festa na praia enquanto o tsunami se aproxima!
Estamos dançando sobre a laje de um vulcão que está prestes a entrar em erupção!
É minha culpa! É sua culpa!
Chore pelos seus pecados que eu choro pelos meus.

Desfecho: “...O Espírito de Consolação e sua verdade, justiça e juízo...”:

1 - Estamos tão envolvidos com o que é urgente que negligenciamos o essencial.
2 - Nossa resistência à graça e nossa recusa em permitir que o amor de Deus faça de nós quem realmente somos, produz uma sensação de opressão de depressão. (Nem tudo é o diabo, nem tudo é psiquê).
3 - Quando nosso olhos estão no passado, desejando sua falsa liberdade novamente, estamos desdenhando da graça que recebemos, sinal que não queremos nos ver no espelho da verdade.
4 – Somos aceitos como estamos, não somos como desejamos, distantes dos objetivos, fracassados, pobres, infelizes, mas apesar de tudo somos aceitos.
5 – Não ousem medir o amor de Deus por nós a partir do amor que sentimos por Ele.
6 – Somos é iguais a todo mundo.
7 – Lugar dos condenados.
Há consolo para os que choram, para os que choram pelo seu estado de pecado.

Pobres de Espírito, Vale a pena ser um? Mensagem 21/02/2010


Ilustração:

Um homem entrou no escritório do médico e disse:

- Doutor, tenho uma terrível dor-de-cabeça que nunca vai embora. O senhor poderia me receitar alguma coisa?

- Sim – disse o médico, - mas quer checar algumas coisas antes. Diga, você bebe muita bebida alcoólica?

- Álcool? – disse o homem indignado. – Nunca chego perto dessa porcaria.

- Fuma, então?

- Acho o cigarro nojento. Nunca na minha vida provei um.

Fico meio constrangido de perguntar isso mas... sabe como são alguns homens... você vive aí pela noite?

- Claro que não! Quem o senhor acha que eu sou? Estou na cama toda noite antes das dez.

Diga-me uma coisa – Essa sua dor-de-cabeça é de um tipo agudo e penetrante?

- Isso mesmo! Uma dor aguda e penetrante.

Então é simples meu caro. Seu problema é que a sua auréola está apertada demais. Só precisamos soltá-la um pouquinho. (texto extraído do livro " Evangelho Maltrapilho")


Mateus 5: 3

“...Bem-aventurados os pobres de espírito, porque deles é o reino dos céus...”.


Introdução Histórica:


O que é ser um pobre de espírito? Como saber se somos?

Quando Jesus fala do pobre de espírito, Ele se refere aos cristãos?

Se a bíblia fala que os cristãos vão para o reino dos céus, então somos esses pobres de espírito que Jesus se refere?

O que é um pobre de espírito? O que bíblia diz no original? O que realmente Jesus disse?


12 características de um pobre de espírito:


1 – Reduzido à pobreza; mendicância, pedir esmola.

Um pobre de espírito é um mendigo indo de encontro à graça da salvação.

2 – Destituído da riqueza, influência, posição, honra.

Um pobre de espírito reduz sua riqueza, influência, posição e honra, à mais profunda miséria ele sabe que não passa disso.

Quantos de nós, hoje, buscamos por essas coisas?

Quantos de nós buscamos por essas coisas dentro da igreja?

Realmente abrimos mão dessas coisas quando nos tornamos cristãos?

Porque buscamos então todas elas dentro da igreja?

3 – Humilde, aflito, destituído de virtudes cristãs e riquezas eternas.

Um pobre de espírito reduz sua sabedoria à humildade.

Torna-se um “aflito pela graça”, descobre que não pode viver mais sem ela.

Um pobre de espírito percebe que as “virtudes cristãs e riquezas eternas”, não são para ele. Que ele é imerecível de todas elas.

4 – Desamparado, impotente para realizar um objetivo.

Um pobre de espírito se torna impotente, desamparado, completamente dependente, não é forçado, faz parte na nova natureza...

Torna-se um perdido sem Deus.

5 – Necessitado em todos os sentidos.

Totalmente dependente, não luta pela auto suficiência.

Carente de Deus, carente de seus irmãos, espírito de necessidade.

Precisa da igreja, precisa do louvor, precisa dos irmãos, precisa do pastor, precisa de seus parentes.

Coração quente...Não é fácil adquirir um coração quente, dói mais.

6 – Descer de um lugar mais alto para um lugar mais baixo.

Perder a realeza, perder a patente, de sua “autoridade espiritual...".

7 – Ser submetido a julgamento, ser declarado culpado.

Já nos submetemos a julgamento? Já descobrimos que somos culpados de tudo? De tudo mesmo?

Sabemos se somos pobres de espírito quando paramos de julgar e nos tornamos réus confessos.

Sabemos que somos pobres de espírito quando deixamos de falar do próximo e falamos de nós mesmos, e falamos mal.

Quando diante da verdade da sentença, sentimos vergonha de nós, lamentamos e choramos, por nossos pecados e não pelas falhas dos outros.

Quando somos indignos daquilo que recebemos.

8 – Descender de uma posição ereta para uma posição prostrada; cair.

Ser pobre de espírito é cair na graça e não levantar mais.

É entender que o orgulho é ignorância, é desconhecer quem realmente somos.

Se soubéssemos quem somos...

Sentaríamos no fundo...

Teríamos vergonha de levantar as mãos...

Descobriríamos que somos péssimos em participar...

Que nossa presença suja o ambiente...

Choraríamos pela nossa desgraçada miséria que foi coberta pela graça...

Não andaríamos com ares de superioridade, jamais!

Absolutamente ninguém é menor...

9 – Dominados pelo terror, espanto ou sofrimento.

Um pobre de espírito é dominado por esses sentimentos.

Pelo terror, porque seus pés estavam molhados pelo enxofre líquido do inferno e não havia a menor possibilidade de se livrar, nem antes nem agora...

Pelo espanto, porque como diz o matemático: Não tem a menor lógica... .

E como diz o filósofo: é muito estranho isso! Não faz sentido uma vida assim.

Pelo sofrimento porque descobre a verdade sobre si, e que nada, absolutamente nada que fazemos, retribui a graça nem chega perto.

Sofre por si, por ser sem merecer.

10 – Ruína do ego, decair, perder-se.

Um pobre de espírito é como uma cidade reduzida a ruínas por um terremoto...

Só o pó, não existe mais o palácio do rei...

Não existe o lado nobre, nem o lado pobre...

Não existem mais os herdeiros nem a herança...

11 – Chegar ao fim, desaparecer, cessar as virtudes.

Depois de um terremoto desses...

Perde-se o orgulho, passamos a aceitar os atos humanitários de qualquer um.

Diante da ruína desaparece o “Ego”, cessa-se a virtude e a virtuosidade.

Não acreditamos mais nos elogios, sabemos que não somos.

Nossas virtudes... Sabemos que não passam de máscaras para esconder algo que não queremos que vejam, que não queremos ver.

12 – Destituído do poder, pela morte.

Um pobre de espírito morre.

Só resta a morte, acaba-se o poder, a influência, só a morte.

É um morto-vivo, sem RG, sem pensão, sem cidadania, sem nome, sem propriedades, sem posse, sem família, sem nada.

Tudo que recebe é no estado de esmola, não merece, mas aceita.

Depende de ser aceito, recebido. Não tem mais direitos.

Tudo que recebe é um presente é grato sempre, não escolhe, não reclama.

“... Ao receber um presente, experimente primeiro, e em seguida expressa gratidão genuína. Como não possui coisa alguma, é capaz de valorizar o menor presente...”.

Desfecho: “...porque deles é o reino dos céus...”.

O Reino dos céus:

1 - Lugar dos mendigos.

2 - Lugar dos miseráveis.

3 - Lugar de quem não fez por merecer.

4 – Lugar do desamparado.

5 – Lugar do necessitado.

6 – Lugar dos mendigos reis ou reis mendigos.

7 – Lugar dos condenados.

8 – Lugar dos caídos.

9 – Lugar dos aterrorizados pela própria miséria.

10 – Lugar dos destruídos.

11 – Lugar dos do “fundo do poço”.

12 – Lugar dos mortos.

PoPobres de espírito, vale a pena ser um?