Introdução Histórica
Carpe Diem
é uma frase em latim de um poema de Horácio, e é popularmente traduzida para colha
o dia ou aproveite o momento. É também utilizado como uma expressão
para solicitar que se evite gastar o tempo com coisas inúteis ou como uma
justificativa para o prazer imediato, sem medo do futuro.
Tornado
célebre junto ao grande público desde a antiguidade, o excerto Carpe diem é
objeto de uma má interpretação: “Aproveita o dia presente” (quando as duas
palavras significam “colhe o dia”), é compreendido como uma incitação ao mais
forte hedonismo (prazer como bem supremo, comportamento humano animal motivado
pelo desejo de prazer), talvez o mais cego, ele perde toda relação com o texto
original que, ao contrário, incita a bem saborear o presente (sem, porém recusar
toda e qualquer disciplina de vida), na ideia de que o futuro é incerto e que
tudo é destinado a desaparecer.
Poema de
Horácio
Tu não
indagues (é ímpio saber) qual o fim que a mim e a ti os deuses tenham dado,
Leuconoé,
nem recorras
aos números babilônicos.
Tão melhor é
suportar o que será!
Quer Júpiter
te haja concedido muitos invernos,
quer seja o
último o que agora debilita o mar Tirreno nas rochas contrapostas,
que sejas
sábia,
coes os vinhos
e, no espaço breve, cortes a longa esperança.
Enquanto
estamos falando,
Terá fugido o
tempo invejoso;
colhe o dia, (carpe diem)
quanto menos
confiada no de amanhã.
Como estamos levando a vida?
Como a estamos aproveitando realmente?
Será que aproveitar a vida e fazer tudo o
que dá prazer?
Como estamos gastando nosso tempo?
Realmente aproveitamos o dia?
Quanto tempo ainda temos?
Quanto tempo até o final da festa?
Havia um fazendeiro da agricultura muito
trabalhador que resolveu aproveitar o dia, devido a algo extraordinário que aconteceu
em um de seus plantios, ele teve êxito muito acima da média, acertou na
qualidade das sementes, o solo foi meticulosamente preparado, o plantio foi nos
dias certos e a chuva veio na época perfeita e em quantidade e intensidade exatas...
Texto: Lucas 12:16-21 “... E lhes proferiu ainda uma
parábola, dizendo: O campo de um homem rico produziu com abundância.
17 E arrazoava consigo mesmo,
dizendo: Que farei, pois não tenho onde recolher os meus frutos?
18 E disse: Farei isto: destruirei
os meus celeiros, reconstruí-los-ei maiores e aí recolherei todo o meu produto
e todos os meus bens.
19 Então, direi à minha alma: tens
em depósito muitos bens para muitos anos; descansa, come, bebe e regala-te.
20 Mas Deus lhe disse: Louco, esta
noite te pedirão a tua alma; e o que tens preparado, para quem será?
21 Assim é o que entesoura para si
mesmo e não é rico para com Deus.
01 – E
se não houver amanhã para você?
Vamos melhorar um pouco essa questão, e se
semana que vem, você for a um médico para uma consulta de prevenção e ele descobrisse
que você possui uma doença incurável?
E se depois desse diagnóstico aterrorizante
você procurasse todos os melhores especialistas da área e todos dessem o mesmo
parecer?
Qual seria sua pergunta? Eu respondo:
-
Quanto tempo doutor?
E se nesse caso todos os médicos lhe dessem
exatamente um ano?
Quando Jesus falou esta parábola ele nos
leva para um futuro incerto, nos adverte quanto ao que estamos fazendo com
nosso dia, parafraseando ao “carpe diem”, o que estamos fazendo com nossas
vidas.
Com certeza estou facilitando bem sua vida,
ou melhor, nossas vidas, Jesus deu apenas uma parte de um dia eu estou propondo
um ano inteiro, quatro estações.
Mais uma equação, você decidiu não contar
nada a ninguém, para que não fizessem seu funeral antecipado, ficassem de luto
ou mesmo te tratassem bem por dó.
O que você faria?
Talvez de rápida resposta algum
“revoltadinho” diga:
- Vou beber e transar até morrer...
Mas oque você faria realmente se essa
proposta fosse real?
Passaria mais tempo com a família?
Concertaria os relacionamentos quebrados?
Faria aquela viagem tão adiada?
Casaria? Teria filhos?
Pularia de paraquedas?
Mas vamos além...
Partindo da primícia de que é sua vida, que
você está aqui, e que isso é real, como seria então sua postura de vida
espiritual diante dessa notícia de 1 ano de vida?
O que faria pelo Reino de Deus na terra?
Pense bem, se sua família dependesse de sua
atitude para salvá-los?
Se os amigos que você realmente ama ainda
não estivessem a caminho do céu?
Pessoas que você ama, longe de Deus e você
com pouco tempo, o que faria?
Você adiaria definitivamente aquela viagem
para que de forma intensa e inteligente, levasse o máximo de pessoas para Deus?
Iria mesmo beber e transar até morrer ou
faria uma reflexão de vida e mudaria a conduta? Seria mais tolerante?
Você realmente iria continuar a ser tão
teimoso, grosseiro, arrogante e narciso?
Afinal de contas, não irá comprar o tal
carro sonhado, mesmo que compre, desfrutará muito pouco.
Não seguirá a carreira pública, se for um
sucesso da música, gospel ou não viverá o bastante para desfrutar do sucesso.
Você preferiu ajuntar para si as
quinquilharias da vida, construiu cofres cada vez maiores para guardar as tais
riquezas e agora, o que vai fazer?
Continuaria a ajuntar, trabalhar feito
louco, ignorar o ser humano, ultrapassar os limites emocionais em favor de
coisas que nem chegará a tocar?
Fico a pensar na quantidade de religiosos
correndo para Deus de verdade, com coração sincero, com medo de irem para o
inferno, tendo um restante de vida diante de Deus, e oque de certa forma é uma
maneira de tentar comprar a salvação.
Penso também que Deus não dá a data de vida
e morte do homem exatamente para que ele tenha a escolha de fazer o certo sem a
pressão de que o dia está chegando...
Já percebeu que deixamos tudo para a
“última hora” que procrastinamos a vida deliberadamente e irresponsavelmente?
Desfecho: Tiago 4:13-17 “... Atendei, agora, vós que dizeis:
Hoje ou amanhã, iremos para a cidade tal, e lá passaremos um ano, e
negociaremos, e teremos lucros.
14 Vós não sabeis o que sucederá amanhã. Que é a vossa
vida? Sois, apenas, como neblina que
aparece por instante e logo se dissipa.
15 Em vez disso, devíeis dizer: Se o Senhor quiser, não só
viveremos, como também faremos isto ou aquilo.
16 Agora, entretanto, vos jactais das vossas arrogantes
pretensões. Toda jactância semelhante a essa é maligna. (manifestação de
arrogância, alta opinião de si mesmo, fanfarrão).
17
Portanto, aquele que sabe que deve fazer o bem e não o faz, comete pecado...”.
Tenho uma questão
central para nossa reflexão:
E se tudo isso
for verdade?
Sabemos quanto
tempo temos?
Quem garante que
assim como a parábola, esta noite pedirão aminha ou a sua alma?
Como o próprio
texto, somos jactantes em nossas pretensões.
Quem garante que
você vai ser formar? Ou casar? Ter filhos?
Como podemos
garantir o amanhã?
Somos apenas uma
neblina, dissipa-se ao raiar do sol; diante dessa poética, o “Sol da Justiça”
precisa raiar em nós até o ponto de que nossa vida desapareça diante de sua
importância e magnitude, seus propósitos sempre serão mais importantes e a
eternidade que nos aguarda merece uma atenção considerável de nosso tempo e
esforços nessa vida passageira.
Um pensamento que
me inquieta é, que " se mudaríamos tanto diante da notícia de uma morte iminente,
significa que nossa vida não está de acordo com o que deveria realmente " .
Significa que
nossas prioridades estão equivocadas e que nossos valores distorcidos, a busca
pelo prazer, posse e poder não valem nada no túmulo que nos aguardam.
É hora de mudança
radical, o tempo se encerra e sua vida para quem será?
Passou da hora de
acertar as contas, de concertar os relacionamentos, de romper esse ciclo de
rebeldia infinita e construir o que realmente vale a pena.
É hora de lutar
com todo mesmo esforço presumido pela morte para com aqueles que ainda não
encontraram o caminho, nossos amigos e parentes tão amados.
Parar de julgar o
próximo e incluí-lo em nossas vidas.
Parar de escolher
os relacionamentos e realmente fazer a diferença na vida de todos quantos cruzarem
nosso caminho.
É preciso uma
notícia real ou vale o alerta de hoje?
Entendamos, nossa
vida é uma surpresa, não sabemos o amanhã, mas como vivemos hoje é toda a
diferença, “Carpe Diem” é a pura expressão da verdade, temos realmente “Colhido
o Dia”?
Diferente de
Aproveitar o Dia colher o dia requer a responsabilidade de viver na felicidade
que só Jesus pode dar.
Então... Carpe Diem.