segunda-feira, 28 de maio de 2012

Carpe Diem

     Introdução Histórica


Carpe Diem é uma frase em latim de um poema de Horácio, e é popularmente traduzida para colha o dia ou aproveite o momento. É também utilizado como uma expressão para solicitar que se evite gastar o tempo com coisas inúteis ou como uma justificativa para o prazer imediato, sem medo do futuro.

Tornado célebre junto ao grande público desde a antiguidade, o excerto Carpe diem é objeto de uma má interpretação: “Aproveita o dia presente” (quando as duas palavras significam “colhe o dia”), é compreendido como uma incitação ao mais forte hedonismo (prazer como bem supremo, comportamento humano animal motivado pelo desejo de prazer), talvez o mais cego, ele perde toda relação com o texto original que, ao contrário, incita a bem saborear o presente (sem, porém recusar toda e qualquer disciplina de vida), na ideia de que o futuro é incerto e que tudo é destinado a desaparecer.

Poema de Horácio

Tu não indagues (é ímpio saber) qual o fim que a mim e a ti os deuses tenham dado, Leuconoé,
nem recorras aos números babilônicos.
Tão melhor é suportar o que será!
Quer Júpiter te haja concedido muitos invernos,
quer seja o último o que agora debilita o mar Tirreno nas rochas contrapostas,
que sejas sábia,
coes os vinhos e, no espaço breve, cortes a longa esperança.
Enquanto estamos falando,
Terá fugido o tempo invejoso;
 colhe o dia, (carpe diem)
quanto menos confiada no de amanhã.

Como estamos levando a vida?
Como a estamos aproveitando realmente?
Será que aproveitar a vida e fazer tudo o que dá prazer?
Como estamos gastando nosso tempo?
Realmente aproveitamos o dia?
Quanto tempo ainda temos?
Quanto tempo até o final da festa?

Havia um fazendeiro da agricultura muito trabalhador que resolveu aproveitar o dia, devido a algo extraordinário que aconteceu em um de seus plantios, ele teve êxito muito acima da média, acertou na qualidade das sementes, o solo foi meticulosamente preparado, o plantio foi nos dias certos e a chuva veio na época perfeita e em quantidade e intensidade exatas...

Texto: Lucas 12:16-21  “... E lhes proferiu ainda uma parábola, dizendo: O campo de um homem rico produziu com abundância.
17 E arrazoava consigo mesmo, dizendo: Que farei, pois não tenho onde recolher os meus frutos?
18 E disse: Farei isto: destruirei os meus celeiros, reconstruí-los-ei maiores e aí recolherei todo o meu produto e todos os meus bens.
19 Então, direi à minha alma: tens em depósito muitos bens para muitos anos; descansa, come, bebe e regala-te.
20 Mas Deus lhe disse: Louco, esta noite te pedirão a tua alma; e o que tens preparado, para quem será?
21 Assim é o que entesoura para si mesmo e não é rico para com Deus.

01 – E se não houver amanhã para você?

Vamos melhorar um pouco essa questão, e se semana que vem, você for a um médico para uma consulta de prevenção e ele descobrisse que você possui uma doença incurável?
E se depois desse diagnóstico aterrorizante você procurasse todos os melhores especialistas da área e todos dessem o mesmo parecer?
Qual seria sua pergunta? Eu respondo:
 - Quanto tempo doutor?
E se nesse caso todos os médicos lhe dessem exatamente um ano?

Quando Jesus falou esta parábola ele nos leva para um futuro incerto, nos adverte quanto ao que estamos fazendo com nosso dia, parafraseando ao “carpe diem”, o que estamos fazendo com nossas vidas.
Com certeza estou facilitando bem sua vida, ou melhor, nossas vidas, Jesus deu apenas uma parte de um dia eu estou propondo um ano inteiro, quatro estações.

Mais uma equação, você decidiu não contar nada a ninguém, para que não fizessem seu funeral antecipado, ficassem de luto ou mesmo te tratassem bem por dó.

O que você faria?
Talvez de rápida resposta algum “revoltadinho” diga:
- Vou beber e transar até morrer...
Mas oque você faria realmente se essa proposta fosse real?
Passaria mais tempo com a família?
Concertaria os relacionamentos quebrados?
Faria aquela viagem tão adiada?
Casaria? Teria filhos?
Pularia de paraquedas?
Mas vamos além...
Partindo da primícia de que é sua vida, que você está aqui, e que isso é real, como seria então sua postura de vida espiritual diante dessa notícia de 1 ano de vida?
O que faria pelo Reino de Deus na terra?
Pense bem, se sua família dependesse de sua atitude para salvá-los?
Se os amigos que você realmente ama ainda não estivessem a caminho do céu?
Pessoas que você ama, longe de Deus e você com pouco tempo, o que faria?
Você adiaria definitivamente aquela viagem para que de forma intensa e inteligente, levasse o máximo de pessoas para Deus?
Iria mesmo beber e transar até morrer ou faria uma reflexão de vida e mudaria a conduta? Seria mais tolerante?
Você realmente iria continuar a ser tão teimoso, grosseiro, arrogante e narciso?
Afinal de contas, não irá comprar o tal carro sonhado, mesmo que compre, desfrutará muito pouco.
Não seguirá a carreira pública, se for um sucesso da música, gospel ou não viverá o bastante para desfrutar do sucesso.
Você preferiu ajuntar para si as quinquilharias da vida, construiu cofres cada vez maiores para guardar as tais riquezas e agora, o que vai fazer?
Continuaria a ajuntar, trabalhar feito louco, ignorar o ser humano, ultrapassar os limites emocionais em favor de coisas que nem chegará a tocar?
Fico a pensar na quantidade de religiosos correndo para Deus de verdade, com coração sincero, com medo de irem para o inferno, tendo um restante de vida diante de Deus, e oque de certa forma é uma maneira de tentar comprar a salvação.
Penso também que Deus não dá a data de vida e morte do homem exatamente para que ele tenha a escolha de fazer o certo sem a pressão de que o dia está chegando...

Já percebeu que deixamos tudo para a “última hora” que procrastinamos a vida deliberadamente e irresponsavelmente?

Desfecho: Tiago 4:13-17 “... Atendei, agora, vós que dizeis: Hoje ou amanhã, iremos para a cidade tal, e lá passaremos um ano, e negociaremos, e teremos lucros.
14 Vós não sabeis o que sucederá amanhã. Que é a vossa vida? Sois, apenas, como neblina que aparece por instante e logo se dissipa.
15 Em vez disso, devíeis dizer: Se o Senhor quiser, não só viveremos, como também faremos isto ou aquilo.
16 Agora, entretanto, vos jactais das vossas arrogantes pretensões. Toda jactância semelhante a essa é maligna. (manifestação de arrogância, alta opinião de si mesmo, fanfarrão).
17 Portanto, aquele que sabe que deve fazer o bem e não o faz, comete pecado...”.

Tenho uma questão central para nossa reflexão:
E se tudo isso for verdade?
Sabemos quanto tempo temos?
Quem garante que assim como a parábola, esta noite pedirão aminha ou a sua alma?
Como o próprio texto, somos jactantes em nossas pretensões.
Quem garante que você vai ser formar? Ou casar? Ter filhos?
Como podemos garantir o amanhã?
Somos apenas uma neblina, dissipa-se ao raiar do sol; diante dessa poética, o “Sol da Justiça” precisa raiar em nós até o ponto de que nossa vida desapareça diante de sua importância e magnitude, seus propósitos sempre serão mais importantes e a eternidade que nos aguarda merece uma atenção considerável de nosso tempo e esforços nessa vida passageira.



Um pensamento que me inquieta é, que " se mudaríamos tanto diante da notícia de uma morte iminente, significa que nossa vida não está de acordo com o que deveria realmente " .
Significa que nossas prioridades estão equivocadas e que nossos valores distorcidos, a busca pelo prazer, posse e poder não valem nada no túmulo que nos aguardam.

É hora de mudança radical, o tempo se encerra e sua vida para quem será?
Passou da hora de acertar as contas, de concertar os relacionamentos, de romper esse ciclo de rebeldia infinita e construir o que realmente vale a pena.
É hora de lutar com todo mesmo esforço presumido pela morte para com aqueles que ainda não encontraram o caminho, nossos amigos e parentes tão amados.
Parar de julgar o próximo e incluí-lo em nossas vidas.
Parar de escolher os relacionamentos e realmente fazer a diferença na vida de todos quantos cruzarem nosso caminho.

É preciso uma notícia real ou vale o alerta de hoje?

Entendamos, nossa vida é uma surpresa, não sabemos o amanhã, mas como vivemos hoje é toda a diferença, “Carpe Diem” é a pura expressão da verdade, temos realmente “Colhido o Dia”?
Diferente de Aproveitar o Dia colher o dia requer a responsabilidade de viver na felicidade que só Jesus pode dar.
Então...  Carpe Diem.

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