Introdução Histórica
Assista
ao vídeo:
É uma
questão muito delicada e controversa, vivemos dias em que as necessidades se
acumulam e as inquietações se multiplicam com a mesma velocidade que o mundo do
imediatismo corre.
A
Igreja Fast-Food não consegue atender a demanda crescente por soluções que se
avolumam perversamente sobre o ser humano.
Uma
verdadeira enchente de conhecimentos e soluções paliativas para o que está
dentro do homem, e por mais que corram para a verdade mais se afastam dela, as
igrejas até correm para Cristo, porém correm pelo caminho largo, apontam falsas
soluções e obviamente o Deus injusto e castigador aparece no cenário para justificar
aquilo que não dá certo.
Não
satisfeita em causar mais caos ainda sobrepõem o peso sobre os homens pelos
seus pecados que, conforme a injusta medida, precisam de castigo, anulando a
graça, fazendo da vida uma vam-premier do inferno.
O
homem pós-graduado grita por socorro, pois em meio a tanta inteligência nada
encontram para suprir tamanha carência e vazio.
Embriagam-se
em seus próprios desesperos, drogam-se e batem no peito dizendo que a própria
filosofia da ilusão é a solução, “a solução é abafar as vozes interiores e
viver o que a vida tem de melhor a oferecer, quanto mais prazer melhor à vida”
e o coração já rasgado de dor agora sufocado para não gritar socorro!
O
maior problema com a igreja hoje é que adotou a mesma filosofia de prática, sucesso
e prosperidade se tornaram sinônimos de vida com Deus, e por falar em Deus,
totalmente esquecido e abandonado na gaveta de bagunças ficou ali, perdido
entre as ferramentas, talheres velhos, contas pagas e sacolas de supermercado.
A
verdade, “a real” é que nas escrituras existe uma diferença gritante entre esse
falso evangelho, essa igreja cor de rosa e a vida escondida em Deus, ele jamais
prometeu o que andam prometendo e buscam N’Ele.
Essa
igrejinha medíocre mais trabalha para gerar desespero e tormento que
proporcionar alívio e consciência de vida em Deus, as mesmas facilidades que
lúcifer ofereceu a Jesus, contra partida do texto onde o Apóstolo pediu alívio
e...
Texto: II Corintios 12:9-10 “... Então, ele
me disse: A minha graça te basta, porque o meu poder se aperfeiçoa na
fraqueza. De boa vontade, pois, mais me gloriarei nas fraquezas, para que sobre
mim repouse o poder de Cristo.
10 Pelo que sinto
prazer nas fraquezas, nas injúrias, nas necessidades, nas perseguições, nas
angústias, por amor de Cristo. Porque, quando sou fraco, então, é que sou
forte...”.
Em outra versão:
9 Mas ele me
respondeu: “A minha graça é tudo o que você precisa, pois o meu poder
é mais forte quando você está fraco.” Portanto, eu me sinto muito feliz em
me gabar das minhas fraquezas, para que assim a proteção do poder de Cristo
esteja comigo.
10 Eu me alegro também
com as fraquezas, os insultos, os sofrimentos, as perseguições e as
dificuldades pelos quais passo por causa de Cristo. Porque, quando perco
toda a minha força, então tenho a força de Cristo em mim.
(Nova Tradução da Linguagem de Hoje)
01 – Do
que precisamos?
“... Em resumo a resposta que ouvimos na TV
é saúde e paz o resto à gente corre atrás, e de fato essa lacuna do tamanho de
um abismo nos faz escravos, com pás e enxadas, escavando de um lugar para
tampar o outro, quando olhamos o buraco só mudou de lugar...”.
É uma resposta que com certeza vai variar
de pessoa a pessoa e cada uma possui uma necessidade diferente, mas a Grande
Triste está lá, abafada para não ser ouvida, reprimida, porém insatisfeita,
triste e vazia.
É incrível quantas mirabolantes soluções
são apresentadas nos livros de autoajuda, nas palestras de motivação e sucesso,
nas igrejas que vendem riqueza, saúde mesmo que com motivações nobre apontam o
caminho errado.
Deus tem a resposta, está na mesma bíblia
das igrejas televisivas, nas igrejas exclusivistas onde Deus tem hora marcada
com a “bênção”, lugares da exclusiva presença de Deus, onde Ele se “manifesta”
no meio da pirotecnia das teologias insanas e revelatórias, onde se revela
tudo, tudo o que o diabo sabe e oculta o caminho.
Deus tem a resposta, clara como o texto,
com contexto ou não a expressão do próprio Deus é clara:
A minha graça te basta!
Mais nada!
Nada!
Somente a graça, única suficiente,
preenchedora, satisfatória, absoluta!
A graça é absoluta!
Se não preenche é porque ainda não a
experimentou, ou melhor, ainda não a recebeu, talvez até a experimentou, mas as
outras necessidades falam mais alto, o coração ainda está confuso,
desorganizado.
Queremos a graça, e teoricamente a
recebemos, mas nossa vida não sofreu mudança, não se acomodou a essa forma de
viver a vida, simplificada, satisfeita, plena e sua existência.
O homem que pediu alívio recebeu um sonoro
“Não”, mas houve uma explicação, uma visão mais ampla, Deus educadamente
afirmou que o que Paulo pedira não iria resolver o problema com as mudanças
internas.
Deus tinha um objetivo com os sofrimentos
daquele homem, queria vê-lo crescer, amadurecer e principalmente ser um
vencedor.
Meu Sen-Sei de Jiu Jitsu costuma dizer que
quando nós vencemos uma luta não aprendemos nada, nós aprendemos quando
perdemos, quando erramos, quando concluímos que deveríamos ter tomado outra
decisão, pois aquela nos levou a derrota.
Meu Sem-Sei se parece com Deus, os dois
falam a mesma coisa...
Deus diz: Meu poder é mais forte quando
você está fraco, quando você fica impotente, vulnerável, fraco mesmo... A
própria bíblia afirma que as os pensamentos de Deus são loucura para os homens.
Louca forma de viver a vida, sem
perspectivas, vou corrigir, sem perspectiva humanas, falíveis em sua existência
filosófica e fisicamente morta, Fernando Pessoa afirma:
O homem é um cadáver adiado...
Do que você precisa? Qual seria seu pedido
a Deus diante desses fatos?
Do que realmente você precisa?
A graça não basta?
O que estamos fazendo na igreja se a graça
que basta, não basta mais? Deixemos então a igreja? Ou voltemos para a vida
simples que se satisfaz com o amor de Deus?
Desfecho: II Corintios 12:10 “... Eu me alegro também com as fraquezas, os
insultos, os sofrimentos, as perseguições e as dificuldades pelos quais passo
por causa de Cristo. Porque, quando perco toda a minha força, então tenho a
força de Cristo em mim...”.
Sabe
qual é o maior desafio deste assunto?
Se
perder.
Exatamente
se perder, perder todas as forças, esvaziar-se, alegrar-se com as fraquezas,
com os insultos, com as perseguições, ficar feliz pelas dificuldades...
Sabe
por que isso soa estranho?
Porque
aprendemos completamente errado, o prazer não é ser rico, ter um carro do ano,
uma casa ampla, móveis novos, eletrobugingangas tecnológicas, a alegria é
Cristo e sua cruz, não o ter, e sim o ser o estar nas mãos de Deus, sempre.
A
verdade controversa e absurdamente real é que seremos felizes à medida que o
mundo não tiver mais prazer em nós, quando nossa fraqueza nos tornar
completamente impotentes e insuficientes, é exatamente nesse limite de se
exaurir em que Jesus entra em cena, ressurreto, vitorioso, abundante e
supridor.
“...
A vitória que vence, a fé que vence é aquela que não precisa de nossa ajudinha...”.
A
graça nos basta, e a força chega quando o nosso saber se torna esterco assim
como o homem é, sofremos porque esquecemos que somos pó, queremos ser algo
mais; a etimologia da palavra humildade é húmus, de onde o homem (húmus) veio e
vai voltar, a graça nos basta e pronto, e ponto.
Nenhum comentário:
Postar um comentário