segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Porque Ele Não Me Ouve?


  

 Introdução Histórica


Assista ao vídeo:

            O Tapete (clique aqui)

É uma questão muito delicada e controversa, vivemos dias em que as necessidades se acumulam e as inquietações se multiplicam com a mesma velocidade que o mundo do imediatismo corre.

A Igreja Fast-Food não consegue atender a demanda crescente por soluções que se avolumam perversamente sobre o ser humano.

Uma verdadeira enchente de conhecimentos e soluções paliativas para o que está dentro do homem, e por mais que corram para a verdade mais se afastam dela, as igrejas até correm para Cristo, porém correm pelo caminho largo, apontam falsas soluções e obviamente o Deus injusto e castigador aparece no cenário para justificar aquilo que não dá certo.

Não satisfeita em causar mais caos ainda sobrepõem o peso sobre os homens pelos seus pecados que, conforme a injusta medida, precisam de castigo, anulando a graça, fazendo da vida uma vam-premier do inferno.

O homem pós-graduado grita por socorro, pois em meio a tanta inteligência nada encontram para suprir tamanha carência e vazio.

Embriagam-se em seus próprios desesperos, drogam-se e batem no peito dizendo que a própria filosofia da ilusão é a solução, “a solução é abafar as vozes interiores e viver o que a vida tem de melhor a oferecer, quanto mais prazer melhor à vida” e o coração já rasgado de dor agora sufocado para não gritar socorro!

O maior problema com a igreja hoje é que adotou a mesma filosofia de prática, sucesso e prosperidade se tornaram sinônimos de vida com Deus, e por falar em Deus, totalmente esquecido e abandonado na gaveta de bagunças ficou ali, perdido entre as ferramentas, talheres velhos, contas pagas e sacolas de supermercado.

A verdade, “a real” é que nas escrituras existe uma diferença gritante entre esse falso evangelho, essa igreja cor de rosa e a vida escondida em Deus, ele jamais prometeu o que andam prometendo e buscam N’Ele.

Essa igrejinha medíocre mais trabalha para gerar desespero e tormento que proporcionar alívio e consciência de vida em Deus, as mesmas facilidades que lúcifer ofereceu a Jesus, contra partida do texto onde o Apóstolo pediu alívio e...

Texto: II Corintios 12:9-10 “... Então, ele me disse: A minha graça te basta, porque o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza. De boa vontade, pois, mais me gloriarei nas fraquezas, para que sobre mim repouse o poder de Cristo.
10  Pelo que sinto prazer nas fraquezas, nas injúrias, nas necessidades, nas perseguições, nas angústias, por amor de Cristo. Porque, quando sou fraco, então, é que sou forte...”.

Em outra versão:

9  Mas ele me respondeu: “A minha graça é tudo o que você precisa, pois o meu poder é mais forte quando você está fraco.” Portanto, eu me sinto muito feliz em me gabar das minhas fraquezas, para que assim a proteção do poder de Cristo esteja comigo.
10  Eu me alegro também com as fraquezas, os insultos, os sofrimentos, as perseguições e as dificuldades pelos quais passo por causa de Cristo. Porque, quando perco toda a minha força, então tenho a força de Cristo em mim.
                                                                                                  (Nova Tradução da Linguagem de Hoje)
                                                                                     
01 – Do que precisamos?

“... Em resumo a resposta que ouvimos na TV é saúde e paz o resto à gente corre atrás, e de fato essa lacuna do tamanho de um abismo nos faz escravos, com pás e enxadas, escavando de um lugar para tampar o outro, quando olhamos o buraco só mudou de lugar...”.

É uma resposta que com certeza vai variar de pessoa a pessoa e cada uma possui uma necessidade diferente, mas a Grande Triste está lá, abafada para não ser ouvida, reprimida, porém insatisfeita, triste e vazia.

É incrível quantas mirabolantes soluções são apresentadas nos livros de autoajuda, nas palestras de motivação e sucesso, nas igrejas que vendem riqueza, saúde mesmo que com motivações nobre apontam o caminho errado.

Deus tem a resposta, está na mesma bíblia das igrejas televisivas, nas igrejas exclusivistas onde Deus tem hora marcada com a “bênção”, lugares da exclusiva presença de Deus, onde Ele se “manifesta” no meio da pirotecnia das teologias insanas e revelatórias, onde se revela tudo, tudo o que o diabo sabe e oculta o caminho.

Deus tem a resposta, clara como o texto, com contexto ou não a expressão do próprio Deus é clara:
A minha graça te basta!
Mais nada!
Nada!
Somente a graça, única suficiente, preenchedora, satisfatória, absoluta!
A graça é absoluta!

Se não preenche é porque ainda não a experimentou, ou melhor, ainda não a recebeu, talvez até a experimentou, mas as outras necessidades falam mais alto, o coração ainda está confuso, desorganizado.

Queremos a graça, e teoricamente a recebemos, mas nossa vida não sofreu mudança, não se acomodou a essa forma de viver a vida, simplificada, satisfeita, plena e sua existência.

O homem que pediu alívio recebeu um sonoro “Não”, mas houve uma explicação, uma visão mais ampla, Deus educadamente afirmou que o que Paulo pedira não iria resolver o problema com as mudanças internas.

Deus tinha um objetivo com os sofrimentos daquele homem, queria vê-lo crescer, amadurecer e principalmente ser um vencedor.

Meu Sen-Sei de Jiu Jitsu costuma dizer que quando nós vencemos uma luta não aprendemos nada, nós aprendemos quando perdemos, quando erramos, quando concluímos que deveríamos ter tomado outra decisão, pois aquela nos levou a derrota.

Meu Sem-Sei se parece com Deus, os dois falam a mesma coisa...
Deus diz: Meu poder é mais forte quando você está fraco, quando você fica impotente, vulnerável, fraco mesmo... A própria bíblia afirma que as os pensamentos de Deus são loucura para os homens.
Louca forma de viver a vida, sem perspectivas, vou corrigir, sem perspectiva humanas, falíveis em sua existência filosófica e fisicamente morta, Fernando Pessoa afirma:
O homem é um cadáver adiado...
Do que você precisa? Qual seria seu pedido a Deus diante desses fatos?
Do que realmente você precisa?
A graça não basta?
O que estamos fazendo na igreja se a graça que basta, não basta mais? Deixemos então a igreja? Ou voltemos para a vida simples que se satisfaz com o amor de Deus?

Desfecho: II Corintios 12:10   “... Eu me alegro também com as fraquezas, os insultos, os sofrimentos, as perseguições e as dificuldades pelos quais passo por causa de Cristo. Porque, quando perco toda a minha força, então tenho a força de Cristo em mim...”.

Sabe qual é o maior desafio deste assunto?
Se perder.
Exatamente se perder, perder todas as forças, esvaziar-se, alegrar-se com as fraquezas, com os insultos, com as perseguições, ficar feliz pelas dificuldades...
Sabe por que isso soa estranho?
Porque aprendemos completamente errado, o prazer não é ser rico, ter um carro do ano, uma casa ampla, móveis novos, eletrobugingangas tecnológicas, a alegria é Cristo e sua cruz, não o ter, e sim o ser o estar nas mãos de Deus, sempre.


A verdade controversa e absurdamente real é que seremos felizes à medida que o mundo não tiver mais prazer em nós, quando nossa fraqueza nos tornar completamente impotentes e insuficientes, é exatamente nesse limite de se exaurir em que Jesus entra em cena, ressurreto, vitorioso, abundante e supridor.


“... A vitória que vence, a fé que vence é aquela que não precisa de nossa ajudinha...”.

A graça nos basta, e a força chega quando o nosso saber se torna esterco assim como o homem é, sofremos porque esquecemos que somos pó, queremos ser algo mais; a etimologia da palavra humildade é húmus, de onde o homem (húmus) veio e vai voltar, a graça nos basta e pronto, e ponto.


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