quinta-feira, 13 de maio de 2010

É Ouro ou Bijuteria?

Ilustração

Um certo camponês, tinha um hábito saudável, todas as manhãs bem cedo antes do café que sua esposa preparava com muito amor, saía para andar pelos campos.
Um homem simples porém sábio, sabia que caminhar pelas manhãs oxigenava suas idéias e trazia-lhe uma paz incrível, durante essas caminhadas o camponês fazia suas orações longe de tudo, só ele e Deus.
Este homem fez isso por anos, hábito esse, que também deixava sua esposa feliz, afinal ela ficava na cozinha podia falar sozinha sem parecer uma louca. Ela gostava de orar pela manhã, era um pacto entre eles, sem contrato ou acordo os dois sabiam que precisavam desse tempo a sós com Deus.
Tinham uma vida comum e muito apertada, o dinheiro era contado, decendentes de famílias pobres só possuíam o pequeno pedacinho de terra onde moravam com simplicidade, uma casinha, alguns animais e uma pequenina fonte de água que supria as necessidades da sua terra.
Um belo dia no seu hábito matinal o camponês empolgado com a conversa com Deus, caminhou para bem mais longe, era uma terra mais seca, não tinha fonte de água, mas tinha uma boa vista, por ficar na parte mais alta dava pra ver bem ao longe na parte baixa do vale a fumaça saindo da chaminé de sua casinha que parecia mais uma foto de postal.
- Hum! Dava até pra imaginar o cheiro do café fresco e o pão caseiro quente com manteiga se desmanchando...
Depois de lembrar da mesa posta e o sorriso de sua esposa resolveu voltar, apertava o passo a medida que o apetite ia aumentando, derrepente um tropeção, caminho novo, um belo tombo que o fez rir de si mesmo e concluir que o que faz a fome fazer... – Ô pressa!
Ao levantar e se estapiar para tirar o pó de terra das roupas, olhou para o chão e viu o canto de cima de um baú de madeira e cantos de ferro como aqueles de navios piratas, a curiosodade o levou ao chão, pelo aspecto do local fazia muito tempo que não passava ninguém por ali, o baú era bem velho e parecia fazer parte o terreno a anos...
Começou a cavar, um baú grande, caberia uma pessoa encolhida dentro, ao terminar de escavar pegou nas alças... Pesado! Um cadeado velho! O que será? Perguntava-se, achou rapidamente uma pedra e quebrou a tranca que o separava de uma grande surpresa:
Ouro, jóias, moedas de ouro antigas da época de seus ancestrais, seus olhos brilhavam, seu peito se encheu de uma mistura de emoções, mas era um homem correto, não poderia simplesmente arrastar o baú para casa; como explicaria sua fortuna repentina?
Uma decisão estranha, cavou ainda mais e enterrou completamente o baú, cobriu com pedras e arbustos fez uma verdadeira montanha em cima do tesouro de forma que nem os animais pudessem escavar o lugar.
Voltou para casa e completamente calado tomou seu café, sua esposa vendo a sujeira em que se encontrava nem arriscou perguntar a razão de seu estranho estado, após o café e litros d’água, contou a esposa e tomaram uma decisão.
Vender sua propriedade tão querida, seu bens e animais, teriam que vender tudo para poder comprar a terra de cima, assim seriam donos do que encontrassem no terreno e os fariam legítimos...
O restante da história você pode criar...

Introdução Histórica

Porque nos sentimos tão inseguros em relação a Deus?
Que valor damos realmente a igreja? O que ela é para nós?
Que valores atribuímos aos nossos conceitos?
Temos certeza de que nosso raciocínio é correto, ou é somente cômodo?
Como reagiríamos diante de uma situação que mudaria nossas vidas para sempre?
Haveria reação? Ou somente o desconforto e posterior desprezo ao novo?

Mateus 13:44 Disse Jesus “...O reino dos céus é semelhante a um tesouro escondido num campo. Achando-o um homem, escondeu-o de novo, então em sua alegria foi, vendeu tudo o que tinha e comprou aquele campo...”.

1 – O reino dos céus é semelhante:

Um tesouro escondido no campo.
Um campo fora dos nossos domínios.
Sempre esteve lá, mas é preciso acha-lo.
Mesmo que por “acidente” é preciso achá-lo, não está exposto em vitrines religiosas, o que a religião expõe é bijuteria.
O reino dos céus está escondido no campo, sempre óbvio, porém oculto.
Como achar, como obter?

2 – Preparado para o homem achá-lo.

Inda que casual o homem precisa procurar, não se acha o que não se procura.
É preciso haver inquietação, de alguma forma um inconformismo interior.
Algo que nos faça passear pelo campo.
Mas sair dos nossos domínios.
Conhecemos bem nossa terra, não tem tesouro lá.
Nossa vida pode até ser aconchegante e tranquila, pode ser simples, comum, ou mesmo turbulenta; não existe esse tesouro lá.
Está fora de nossos domínios filosóficos e teológicos.
O campo é incomum aos nossos hábitos cotidianos.
Vem por um convite a passear por terra estranha...
E derrepente: Está lá! Uau!
O reino dos céus foi escondido para ser achado por aqueles que saem de sua acomodação e passeiam pelo campo das novidades.
O reino dos céus é encontrado por quem precisa, a oportunidade é dada a todos, mas só encontra quem sai, quem vai, quem olha...
Não está na ora de olhar?

3 – Achado e escondido, vai e vem estranho...

Porque esconder?
Não seria mais fácil, levar o tesouro para casa e dizer que encontrou em suas terras? Ou mesmo gastá-lo devagar sem que percebam?
Guardar faz parte do processo de proteção ao patrimônio.
É o primeiro passo, guardar e legitmar a posse.
Realmente guardamos o que encontramos?
Guardar é primeira reação daquele que deu verdadeiro valor ao tesouro.
Guardamos? Que tipo de valor você deu ou dá ao reino dos céus?
O que é o reino dos céus para você?
Se realmente tem valor você vai guardar.

4 – Alegre, vendeu tudo o que tem e comprou o lugar do tesouro...

Legitimar a posse.
É o valor maior, indiscritivelmente maior.
Porque comprar o terreno? Porque nada nosso pode pagar o tesouro.
Vender tudo é desprezar o que tenho o que sou.
É reconhecer o valor do tesouro, acima de tudo, absolutamente tudo.
Só é possível legtimar a posse se abdicar tudo pelo tesouro.
Para fazer isso só se realmete sabemos o quanto vale.

Quando não agimos assim não estamos trocando ouro por bijuterias?
Não estamos nós valorizando o nossos pedaços de vidro mais do que deveria?

O que temos realmente vale mais do que o reino dos céus?
Realmente queremos esse reino?
Porque nossa vida diz diferente do que nossa boca fala?
Dizemos ser do reino e nem passamos pelo campo do tesouro!

“Se soubéssemos o quanto vale o reino, jamais trocaríamos o encontro com Deus em nossos cultos por qualquer bujuteria barata!”

DESFECHO – “...vendeu tudo o que tinha e comprou aquele campo...”.

Quando vamos legitimar nosso campo?
Quando iremos dar o devido valor ao Reino de Deus?

Nada do que temos ou somos vale algo perto desse tesouro.
Alguém trocaria o céu pelo sucesso, dinheiro, família, amigos?
Iríamos par o inferno por essas coisas?

Ausência do Reino dos Céus é perdição.
Que valor real damos às nossas vidas?

Esconda dentro de si o reino, não abra mão por nada.
Comece a comparar o reino com sua vida.
Desfaça de tudo e fique com o tesouro.

Deixe as bijuterias da vida e compre a posse do tesouro real.
Veja a verdade, saia da acomodação e busque. Ande pelo campo...

Se você encontrou de fato o tesouro, percebeu o seu valor.
Mesmo que não possa saber o valor real e total, percebe que está diante de algo que vai mudar sua vida para sempre.

Se você encontrou de fato o tesouro, sabe que custa mais que tudo que você tem...

Se você encontrou de fato o tesouro, irá despojar de tudo para legitimar a posse do lugar onde está e possuir o direito ao tesouro...

É um passo radical, muda tudo na vida, mas não vale à pena?
Não é a decisão certa? Ou a metáfora vale mais que a realidade?

Encontramos o tesouro?

O que vamos fazer para tê-lo?

Hoje é o dia de vender tudo e comprar o reino!

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