Ilustração
Um executivo arruinado que foi até um sacerdote que vivia no deserto e se queixou de sua frustração na oração, sua virtude violada e seus relacionamentos falhos. O ermitão escutou atentamente a descrição que o visitante fez de suas lutas e decepções na tentativa de levar uma vida cristã. Então, foi ao recôndito escuro de sua caverna e saiu de lá com uma bacia e um jarro de água.
"Agora, observe a água enquanto a derramo na bacia", ele disse. A água esparramou no fundo e junto aos lados do recipiente. Estava agitada e turbulenta. No início, a água agitou-se, fez um redemoinho em torno da parte interna da bacia; então, gradualmente começou a se acalmar, até que, no final, as pequenas e rápidas oscilações se tornaram ondas maiores que se moviam para frente e para trás. Depois de um tempo, a superfície se tornou tão lisa que o visitante pôde ver seu rosto refletido na água tranqüila.
"É isso que acontece quando se vive constantemente em meio aos outros", disse o ermitão.
"Você não se vê como realmente é por causa de toda a confusão e perturbação. Deixa de reconhecer a presença divina em sua vida, e a consciência de ser amado lentamente desaparece."
Leva tempo para a água se acalmar. Atingir a tranqüilidade interior exige espera.
Qualquer tentativa de apressar o processo apenas agita, novamente, a água.
Introdução Histórica
Porque nos sentimos tão inseguros?
Porque parece que hoje a religião, que era pra trazer paz, nos deixa ainda mais perturbados? De onde vem essa perturbação?
Porque de tanto desespero?
Porque a palavra fé cada vez mais está atrelada a curas e finanças?
Onde a igreja perdeu seu Deus?
Fé não deveria trazer Deus para perto?
Isaías 54:10 “...As montanhas podem desaparecer, os montes podem se desfazer, mas o meu amor por você não acabará nunca, e a minha aliança de paz com você nunca será quebrada.” É isso o que diz o SENHOR, que tem amor por você...”.
1 – As montanhas podem...
Eventos que nos apavoram.
Situações que nos deixam sem proteção.
Quando as motanhas se movem, desaparecem, perdemos a segurança.
Montanha é proteção, é garantia permanente de segurança.
Quem não busca hoje a segurança?
Quem não quer um emprego seguro, uma casa, saúde, família?
Por mais que nossa boca negue, buscamos em todo o tempo a segurança.
Segurança é artigo raríssimo hoje, é peça de colecionador...
Como obter então? Se o pais não dá? Já que nem a religião pode dar?
Onde encontrar?
2 – Os montes podem...
Podemos ver os montes como os eventos de nosso controle pessoal.
E quando perdemos o controle?
E quando perdemos o domínio sobre nossas vidas, trabalho, saúde?
Claro que inda são eventos controláveis, existem os médicos, a atitude positiva da vida, o mover em direção à saída.
Mas e quando o evento se torna menos ainda? E nos pega no campo da mente?
Montes podem parecer pequenos, damos pouca importância, mas normalmente e inconscientemente, é onde “colocamos nossa casa”...
Quando nossa estrutura mental/emocional se perdem, perdemos o controle de tudo, é como um carro em alta velocidade que perde os freios e o volante.
Um fato importante sobre montanhas e montes é que cada um tem muita importância e não podem ser desprezados pela aparência visível.
Podemos perder a segurança, mas podemos recuperá-la (correr para outra montanha).
Quando perdemos nosso valor consciente, nada de todas as coisas materiais ou religiosas podem resolver. Não resolvem.
Daí tantos decepcionados com a cidade, com a religião, com os amigos...
Essa é a falta de paz. Sentimento tão raro, engodado por máscaras materiais e emocionais.
Só uma visão clara de onde está a segurança, de onde estamos, pode nos assegurar a paz, mas não se engane, a verdadeira paz só se tem com o príncipe da paz, o reto é placebo.
Só se tem paz quando nos aconchegamos nos braços do Amado, só sendo amado, só sabendo que esse amor não vai acabar por nada, nem por nossos erros.
Essa é a beleza e o perfume da graça, nunca acaba, não se baseia em nós, baseia-se no Eterno e Amoroso Deus que fez “tudo” absolutamente tudo para nos dar a paz.
Independe de nossos pecados, transcende nossa carnalidade, vai além do véu da ignorância humana.
3 – Mas o amor de Deus não acaba nunca...
Para Deus quebrar sua aliança com a humanidade ele precisa invalidar seu sacrifício e isso não custou “qualquer coisinha” para Ele, custou seu filho, o seu amado filho, o seu único filho.
Custou perder uma pessoa da trindade.
No tempo da eternidade, por causa do homem, Deus abriu mão da companhia de Jesus.
Já pensou... Eles nunca se separaram! Nunca ficaram sem conversarem. Derrepente, sem Jesus! Que vazio!
Quanta dor! Que sentimento de separação, sem amor, abandono, trevas.
É por isso que Deus pode prometer algo assim, e é por isso que podemos confiar.
Sua garantia é que nos gera a fé, e não esses placebos religiosos de hoje.
Nossa fé não pode, nunca pode ser baseada naquilo que recebemos de Deus, nas coisisnhas do dia a dia.
Nossa fé precisa ir além do que os olhos podem ver, predisam alcançar a eternidade, caso contrário nunca conseguiremos perceber esse amor.
Seremos religiosos sem Deus, indo à sua casa, usando suas coisas, dormindo em sua cama, porem sem o mais importante:
Sua presença, seu amor, seu inconfundível abraço.
DESFECHO – A aliança de paz nunca será quebrada.
Pare de agitar a água!
Quando Deus derrama sobre nós seu amor, seu perdão, sua reconciliação é claro que tudo vai se agitar!
Se abrirmos para que ele derrame, qualquer coisa que estiver em nossa bacia, em nossas vidas, que não deveria estar ali, será arremessada para fora, é entulho.
Como receberemos de Deus se nossas vidas estão cheias de tantas coisas, de tantos conceitos e preconceitos que não cabe mais nada?
Como vamos crer se temos conceitos pré-determinados sobre a fé?
“... Para crer é preciso disso ou daquilo, fazer isso ou aquilo...”.
Para crer é preciso crer, só isso!
Estamos tão cheios, inchados, inflados com nossos pensamentos e fórmulas que não cabe nada de amor e paz.
Claro que a vida é uma constante guerra: - “um leão por dia”, um dia mau de cada vez, vamos ver no que é que dá...
“...Enquanto estivermos tentando acalmar as águas, sempre se agitarão...”.
Só Jesus tem as palavras de calmaria para nossas tempestades.
Pare de agitar, até quando essa bacia vai ficar balançando?
Deixa Deus derramar e espere a água parar.
Quando olharemos para a água e conseguiremos os ver como somos?
Não sabemos quem somos, suspeitamos que não somos o que mostramos, não queremos ver a realidade, mas a verdade liberta, a maior libertação é a de nós mesmos, é assumir nossa falha, impotente e torta vida, daí tanto desespero ou auto-segurança.
Se entregue ao derramar...
Deixe a água lavar, deixa retirar o que atrapalha, deixa te encher.
É a única forma de sentir o amor de Deus e sua paz.
O amor é a fé que seu derramar, embora turbulenta é para nosso bem, nossa saúde espiritual, nossa construção de amizade com ele.
Embora seja avassalador, está jogando fora o que não presta.
Sabemos que é amor, pois nos deu prova.
Quando as águas se acalmam vem a paz.
Olhamos para nós e descobrimos quem somos.
Vemos nosso reflexo mas vemos também que não estamos mais sozinhos.
O reflexo de Jesus está conosco, sorrindo para nós.
Podemos ver sua mão em nosso ombro e seu rosto se aproximando do nosso para se encaixar no espaço do reflexo, como se fosse tirar uma foto.
Que olhar é esse?
Que amor é esse?
Que sorriso!
Que aconchego, dá até pra sentir agora!
Hum! É bom não é?
Dá pra ver agora!
Vamos lá! Você consegue.
Se entregue a Ele... Faça hoje, faça agora.
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