quarta-feira, 21 de julho de 2010

Vamos Jogar Golfe?

Ilustração

Há alguns anos, o jogador de golfe profissional Arnold Palmer participou de uma série de partidas de demonstração na Arábia Saudita. Ao concluir a série, o rei estava tão impressionado com a perícia de Palmer, que desejou dar-lhe um presente. Palmer, multimilionário por seus próprios méritos, opôs objeções: “Na realidade, não é necessário. Foi um prazer conhecer seu povo em seu país”.
            O rei manifestou seu grande desapontamento por não poder dar ao profissional do golfe um presente. Palmer sabiamente reconsiderou e disse: “Bem que tal um taco de golfe? Um taco de golfe seria uma recordação maravilhosa de minha visita aqui”. O rei ficou satisfeito.
No dia seguinte, um mensageiro entregou no quarto de hotel de Palmer um documento de posse de um clube de golfe, com 36 buracos, árvores, lagos e edifícios.

Texto: Marcos 10:46-52 – “... Depois foram para Jericó. Saindo ele de Jericó com os seus discípulos e grande multidão, Bartimeu, o cego,filho de Timeu, estava assentado à beira do caminho, mendigando.
47 – Ouvindo que era Jesus de Nazaré, começou a clamar: Jesus, filho de Davi, tem misericórdia de mim!
48 – Muitos o repreendiam, para que se calasse, mas ele cada vez gritava mais: Filho de Davi tem misericórdia de mim!
49 – Jesus parou, e disse: Chamai-o. Chamaram o cego, dizendo-lhe: Tem bom ânimo! Levanta-te! Ele te chama.
50 – Lançando de si a capa, levantou-se de um salto e foi ter com Jesus.
51 – Perguntou-lhe Jesus: Que queres que te faça? O cego respondeu: Rabi, eu quero ver.
52 – Disse-lhe Jesus: Vai, a tua fé te salvou.
Imediatamente ele tornou a ver, e seguia a Jesus pelo caminho...”.

Introdução Histórica

Um fato curioso sobre Bartimeu é que ele tinha parentela, porque então era um mendigo?
Que abandono é esse, que parecia comum ao povo da cidade?
Como Marcos sabia seu nome e o nome de seus pais?
O que essas duas histórias têm em comum?

1 – Maldita mendicância...
A verdade é que em qualquer lugar temos os nossos mendigos, em qualquer cidade, principalmente as cidades pequenas de interior onde conhecemos nossos mendigos.
São os mendigos da cidade, é como um marco turístico/social.
Jericó tinha um marco turístico/social na cidade, na sua saída um homem cego chamado Bartimeu filho de Timeu, família conhecida da região, não por sua influência ou posses, conhecida pelo ícone de miséria: O cego Bartimeu.

Quantos de nós já fomos rotulados?
Em nossa família, trabalho, e principalmente na igreja...
 - Olha aquela irmã! A que ficou endemoninhada!
20 anos depois e a mesma fofoca velha:
- Sabe aquela irmã?...

- Esse ai, uma vez foi visto bebendo... 20 anos depois...

Crueldade e Conformidade são os sobrenomes da mendicância.
O que seria dos que enxergam sem o cego?
Como eu perceberia minha prosperidade sem sua miséria?

Bartimeu era assim conhecido e filho de uma das cidades mais ricas da Palestina, um ícone, uma maldição devido a seus pecados... Ou de seus pais...
Um cego na Palestina do primeiro século era considerado um amaldiçoado por Deus. As famílias os lançavam nas ruas.

2 – Filho de Davi! Tem misericórdia de mim...

Que clamor é esse?
Porque esse pedido?
O que exatamente Bartimeu queria dizer com isso?
Uma revelação chocante e contundente vem até nós nessas palavras:
A palavra usada por Bartimeu foi em grego “eleew / elleo”
Sentir a miséria e ajudar um miserável.

Já imaginou? Um cego e mendigo nos chamar aos berros dizendo:
Sejam cegos como eu, passem fome como eu e me ajudem.
         Foi isso que Bartimeu gritava! Vivam a minha vida! Experimentem!
Bartimeu estava cansado de “dormir na praça”, de se cobrir da chuva e do frio com sua capa, único bem precioso que possuía.
         Quantos Bartimeus vivem entre nós?
Quantos de nós somos um Bartimeu de terno e gravata? Capitalistas cegos, selvagens, mendigos de amor, vivendo só com a capa da prosperidade.
Hoje é dia de clamar a Jesus Filho de Davi para ver.
Ver o que estamos perdendo longe do amor de o Abba.
Ver o que não vemos por estarmos nas trevas, trevas do egoísmo, da teimosia, da fuga, das realidades virtuais que gratuitamente nos são oferecidas.

3 – Tem bom ânimo. Levanta-te. Ele te chama.

Imediatamente ele lançou a capa de si, saltou e foi em direção a Jesus.
Um fato lógico sobre nós é que estamos assentados, cobertos em nossas capas protetoras e completamente cegos.
Mas hoje tenho boas novas para nós:
Anima! Levanta! Ele te chama!

Quantos de nós não gritamos em nosso silêncio a Deus:
Você realmente conhece minha vida? Se soubesse sobre mim me deixaria assim? Morrendo? Morto? Nada sabes sobre mim, com certeza tens muitas coisas pra fazer, para se preocupar com um ser desprezível como eu.
Ou dentro de nossa vaidade:
Se existisses de fato e soubesses quem sou não terias me deixado assim.

Anima! Levanta! Ele te chama!
Ele não está preocupado com o que achamos de nós mesmos, ele sabe quem somos por dentro da capa.
Quando as luzes se apagam, quando tiramos a maquiagem.
Quando está frio e escuro, sem ninguém.
Quando nossa mente entorpecida pelo álcool não está mais satisfeita.
Quando nosso estômago está cheio e nosso coração vazio.
Quando depois do sexo bom fica um buraco maior ainda.
Quando a última fumaça queima os dedos queimados.
Quando nosso nariz está escorrendo e a cabeça livre está escrava.

Ele sabe que mesmo dentro da religião, oramos pra ficar igual a todo mundo, ele conhece os pastores, teólogos, bispos, apóstolos enfim, líderes que por dentro da capa têm dúvidas sobre a existência de Deus.
Lance a capa e corra! Corra o mais rápido que puder corra pra Ele. Ele existe, Ele te vê, Ele te ama. Ele sente o que você sente...

Desfecho: – A tua fé te salvou...

Mais do que ver... De que adianta ver?
E é neste ponto que as histórias se juntam, pedidos pequenos para um grande Rei. Quando vamos ao encontro de Jesus, mais que curar nos está preparado.
Não sabemos o que precisamos, e o mais interessante é que nossos pedidos pequenos são aceitos mesmo longe do merecimento.
O convite:
Tem bom ânimo. Levanta-te. Ele te chama.
Vai ter que jogar fora a capa, não dá pra andar com ela.
         Mais do que ver, ao saltar para encontrar-se com Jesus você se encontrará com a salvação dele.
         Jesus vai além do que pedimos, Ele não está preparando um taco de golfe como memorial de um encontro, ele prepara um campo, para voltar sempre e jogar com ele pra sempre. Bartimeu passou a seguir a Jesus depois da salvação.
E ai?Vamos jogar golfe?
Anima-te, tem bom ânimo, ele te chama!

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