Introdução Histórica
Você já teve dores de crescimento?
Você já perdeu ou estragou algo que não é seu?
Já se viu na situação de ter que contar que as coisas não saíram bem como estava planejado? Que deu errado?
Já teve medo da dar a notícia? Da reação? Do castigo?
Já realizou uma tarefa profissional que falhou e esperou a demissão?
Texto: II Reis 6:1-7 “... Disseram os filhos dos profetas a Eliseu: O lugar em que nos encontramos contigo é estreito demais para nós.
2 – Vamos até o Jordão, e tomemos de lá, cada um de nós, uma viga, e construamos ali um lugar, para habitarmos. Disse ele: Ide.
3 – Então um deles disse: Serve-te de ires com os teus servos. Respondeu Eliseu: Eu irei.
4 – E foi com eles. Tendo eles chegado ao Jordão, cortaram madeira.
5 – Enquanto um deles estava derrubando um tronco, o ferro do machado caiu na água. Clamou ele: Ai! Meu senhor! Era emprestado.
6 – Perguntou o homem de Deus: Onde caiu? Mostrando-lhe ele o lugar, Eliseu cortou um pau, lançou-o ali, e fez flutuar o ferro.
7 – E disse: Levantai-o. Então o homem estendeu a mão e o tomou...”.
1 – Crescimento traz estreitamento. (1-3)
Todo o crescimento gera inevitavelmente um estreitamento, estreitamento físico, material, emocional.
Físico-material: Na sua natureza físico-material o crescimento proporciona a preocupação com espaço e recurso, é uma lógica natural.
É preciso de mais espaço para desenvolver os trabalhos, os projetos precisam de re-planejamento, o re-planejamento exige mais recurso e assim a expansão nos força a movimentar.
O crescimento traz movimento.
Estamos em movimento? Você está em movimento?
Essa é uma ciência lógica aplicável em praticamente todos os campos.
Não existe um crescimento que não traga movimento, o próprio crescimento é o movimento
Emocional: Na sua natureza emocional o crescimento gera consolidação, fortalecimento, solidificação.
Todo processo de crescimento nos traz maturidade, produz confiança, agrega valores e pessoas solidárias ao processo.
Não existe crescimento saudável sem consolidação das bases, a consolidação é necessária para suportar o crescimento.
Os relacionamentos se estreitam, o envolvimento torna-se próximo, o peso do crescimento nos faz aproximar para suporte.
Seus laços relacionais estão se estreitando ou afastando?
Se estreitando, você está no caminho certo.
Se afastando, é sinal de superficialidade, de individualismo e isso é nocivo, tanto para o crescimento, quanto para você mesmo.
Existem dois caminhos para escolher diante do crescimento:
- Tornar-se suporte e consolidar-se ou
- Tornar-se indiferente e superficializa-se.
“...O problema com a superficialidade é que nesse processo inevitavelmente existe uma transferência para Deus, automaticamente nosso relacionamento com tudo e com Ele torna-se indiferente e frio...”.
Nos versos de 1 a 3 tudo isso aconteceu:
O ministério de Eliseu estava em processo de expansão.
Fisicamente não tinha mais espaço para a habitação dos seus discípulos.
Havia um relacionamento de liberdade entre “líder e liderado”, não havia supervalorização do líder, o relacionamento era “vertical” (os discípulos tinham liberdade para expor opiniões e necessidades sem constrangimento),
Sinal de consolidação, fortalecimento, solidificação = Confiança e maturidade.
Eliseu não só concordou com a necessidade, como aprovou o projeto e ainda acompanhou-os sem o menor sinal de descontentamento ou orgulho ferido, na realidade Eliseu se agradava de seus discípulos, ele tinha orgulho.
2 – Vida sustentável ou machado sem cabo?(4-5)
Você já ouviu a expressão:
Estou como machado sem cabo?
Esse é o problema com o crescimento, ele nos força a trabalhar no limite da capacidade, torna-nos acelerados e nos faz agir muitas vezes sem planejamento e sem gerenciamento.
Quando nos prontificamos a fazer parte da sinergia do grupo, vamos com força, com tudo e repentinamente, no meio do caminho, nos vemos batendo com o cabo, sem o ferro do machado.
Isso ocorre em nossas vidas, corremos como loucos, quanto mais ganhamos, mais corremos para ganhar mais, sem faturamos um montante por algumas horas de trabalho, logo começamos a calcular o quanto ganharíamos se trabalhássemos o dobro.
Você em sua vida dá pausas para o laser, para a família?
Você em seu dia dá pausas para conversar com Deus?
Você costuma cochilar nos cultos?
“...Se sua vida consiste em trabalhar, pagar contas, fazer “bicos” para suprir casa, se não há parada para descanso, se não há tempo para Deus, para a leitura para a oração, para os cultos...
Sinal Vermelho de Alerta:
Seu machado vai sair do cabo e você vai interromper bruscamente sua vida.
Vai trocar pausas de laser por doença.
Vai trocar pausas de leitura e oração por depressão.
Vai trocar cultos de adoração e renovo por internação e estafa.
Vai trocar algumas horas de meditação por sessões no terapeuta...”.
“...Não existe crescimento saudável sem pausa saudável...”
“...Até a mecânica e a robótica precisa parar para esfriar e dar manutenção...”.
3 – E se já estou assim, um cabo sem machado?(5)
Parte b do versículo 5:
- Ai meu Senhor! Era emprestado!
Esse é o clamor de quem tem confiança em Deus para suas frustrações mais profundas.
Quando é que nós vamos aprender a confiar em Deus?
Quando vamos deixar ele nos ajudar em nossos problemas?
O problema conosco é a auto-culpa, ela traz a memória que estamos nessa situação por nossa própria teimosia e rebeldia.
Mas a auto-culpa não é a voz do Espírito Santo é a do homem.
Deus não traz mais peso ao fardo!
Ele já o carregou por nós.
Querido saia já dessa roda viva, comece como o jovem discípulo:
Ai meu Senhor!
Pode clamar:
Ai meu Pai! Minha oração não tem mais efeito!
Ai meu Pai! Fazem meses que não leio, fui engolido pelo meu próprio tempo!
Ai meu Pai! Me tornei amargo, turrão, mentiroso, crítico, nem eu me suporto!
Ai meu Pai! Peco mais hoje do que quando comecei a vir à igreja!
Ai meu Pai! Não tenho mais tempo nem para conversar com você!
Era emprestado!
Tudo é teu, nada é meu, fiz mau uso do que tu me deste.
Não cuidei, não dei manutenção, agora se perdeu.
“...Não existe vida espiritual sem manutenção...”.
“...Não existe comunhão sem diálogo e partir do pão...”.
No livro O Pequeno Príncipe existe uma frase célebre e verdadeira:
“...Você é responsável por aquilo que cativas...”.
Como queremos ou ousamos dizer que temos vida com Deus sem comunhão com os irmãos, sem envolvimento na comunidade?
Em nosso conceito carnal de espiritualidade ainda achamos que:
vir aos domingos,
abraçar as pessoas da direita e esquerda,
cantar,
orar,
ouvir a mensagem,
conversar superficialmente no final do encontro,
é sinônimo de vida cristã, de que está tudo bem. (Tradição)
“...A segunda feira é a realidade de quem somos e não os domingos.Domingo sem a segunda é maquiagem...”.
“...Muitos dizem que o sábado é o dia do Senhor, outros afirmam que é o domingo, e os outros 6 dias de quem são?...”.
Desfecho: Pergunta que dói a alma.- Verso(6-7).
Onde caiu?
Pergunta que incomoda o ser, incomoda tanto que preferimos viver uma vida seca, morta, maquiada, uma vida comendo migalhas a ouvi-la.
Quando Deus faz essa pergunta, temos que fazer todo o caminho de volta e lembrarmos-nos de quando vivíamos de fato e verdade.
Temos que inevitavelmente comparar o caminho de hoje com o de ontem.
Temos que expor nossa face sem a pintura que nos embeleza.
Onde caiu?
Pergunta que nos amedronta, fomos criados com a culpa, tudo nos levou a esse preconceito, nosso pais, avós, líderes, chefes.
Quando essa pergunta é feita, logo esperamos:
- Não te falei?
- Não te avisei?
- Como você é burro? Não viu que o machado estava frouxo?
- Se não sou eu, você só faz lambança.
- Incompetente!
Esse é o conceito que temos de Deus:
- “Raios e Trovões”!
Errado! Totalmente errado em gênero, número e grau!
Deus nos ama, sempre amou e sempre amará!
Ele não está preocupado com a “bronca”, Ele quer ajudar, Ele quer socorrer, Ele quer restituir, Ele quer devolver a alegria.
Deus não nos fez para essa vida louca que vivemos.
Deus não que te ver estressado, preocupado, desesperado.
Sua atitude é imediata, não tem paliativos, nem placebos.
Querido é a cruz!
Ela nos deu vida, esperança e um futuro.
“Quando o homem se viu em perda total de sua alma, a atitude de Deus foi real, foi para a cruz!”
“...Quando Deus coloca sua cruz em nossas vidas, nossos sonhos saem das profundezas do rio para a superfície...”.
Hoje e agora é o momento de mostrarmos onde perdemos os sonhos e esperanças, Deus está aqui, não para o apontar de dedos ou castigos, Ele está aqui para devolver a alegria e a esperança.
Onde caiu?
Mostre a Ele, você se surpreenderá.
Ele é todo amor, por todos os lados, nem vai dar confiança aos seus medos de desaprovação, simplesmente levará a cruz até seu problema, até sua perca, e com poder fará um milagre!
Suas palavras finais:
Pegue de volta.
Continue.
Eu estou aqui.
Te amo meu filho.
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