quarta-feira, 30 de março de 2011

Tu me amas?


  Texto: João 21:15-17 “... Depois de terem comido, Jesus perguntou a Simão Pedro: Simão, filho de João, amas-me mais do que estes? Ele respondeu: Sim, Senhor, tu sabes que te amo. Disse-lhe: Apascenta os meus cordeiros.
16 – Tornou a perguntar-lhe: Simão, filho de João, amas-me? Ele respondeu: Sim, Senhor, tu sabes que te amo. Disse-lhe Jesus: Apascenta as minhas ovelhas.
17 – Perguntou-lhe pela terceira vez: Simão, filho de João, amas-me? Simão entristeceu-se por Jesus lhe ter perguntado terceira vez: Amas-me? E respondeu: Senhor, tu sabes tudo, tu sabes que eu te amo. “Disse Jesus: apascenta as minhas ovelhas...”


Introdução Histórica

Vivemos em um mundo de respostas prontas e imediatismo.
Hoje nos encontramos diante da rapidez dos fatos, das notícias on-line em tempo real.
Sabemos do que acontece no mundo todo em apenas um clique.
O mundo a nossa volta não tem paciência de esperar por respostas que gastam tempo.
O tempo é um material escasso nesse processo.
Se estamos na escola, na faculdade, as respostas precisam ser rápidas e precisas.
Nós mesmos não temos paciência para esperar uma resposta que exija reflexão, que exija tempo de análise.
Aprendemos que o tempo é mais importante que a resposta.
Embora algumas matérias exijam do tempo como objeto de análise, e que a resposta correta é aquela que observa todas as hipóteses, ainda sim existe uma pressão psicológica em relação ao tempo.
Mesmo que seja uma resposta que exija pensamento, mais sábio não é aquele que tem a resposta mais completa, é aquele que a tem com rapidez.
Como respondemos às questões?
Como responderemos às questões da vida?
Você está com pressa?
Somos imediatistas?

01 – Ágape? Esta foi à primeira pergunta de Jesus para Pedro.

Ágape em grego significa o amor de Deus, é o mais sublime amor, é o termo usado para descrever um sentimento totalmente puro, abnegado.
Ágape quer dizer amor sacrificial, aquele que prova com a própria vida se necessário. É o amor mais puro, incondicional.

Pedro você me ama? Essa foi a pergunta inicial e filosófica.
Pedro você me ama como Deus me ama?
Pedro você me ama como Deus nos ama?
Pedro você me ama como Deus provou que te ama?

Precisamos entender que esta pergunta foi feita depois da morte de Jesus, Jesus tinha sumido do túmulo, Pedro estava frustrado por tê-lo negado.
Dentro de Pedro havia um vazio insuportável, imagine você declarar para uma pessoa que demonstra amor por você, uma pessoa que você sabe que te ama, cujo amor é real.
Imagine você responder a esse amor com palavras de fidelidade, com juras de amor, com pacto de morte por esse amor.
Foi o que Pedro disse a Jesus:
 - Nem que preciso seja morrer, não te negarei...
Agora imagine que essa pessoa tão querida que te quer tão bem, te veja negando, fugindo da amizade, negando a amizade, rejeitando o que você mesmo declarou como pacto de morte.
Imagine essa pessoa te vendo trair a amizade e logo após a decepção provada, essa pessoa morra cruelmente, você, embora tenha sido covarde e omisso, o amasse só não teve coragem de enfrentar a identidade que possui.
Imagine o peso de não ter pedido perdão em vida, de não poder explicar que foi um momento de fraqueza, uma decepção consigo mesmo pela covardia.
Essa era a culpa de Pedro, esse era o seu peso, não poder se retratar, não poder pedir outra chance, tudo perdido, só o esmagador peso da culpa.

Repentinamente aquele homem frustrado consigo mesmo, se xingando por dentro, aquele homem que se intitulou novamente um pescador e voltou para o seu ofício anterior ao chamado, aquele homem que se olhou, que olhou para o espelho da alma e não gostou nada do que viu, repentinamente percebe ter outra chance.
Quando Pedro ouviu a voz de Jesus ressurreto na praia, ele pulou do barco e foi em direção a Ele.

Quando decepcionamos a Ele vamos ao seu encontro ou fugimos de seus olhos?
Quantas vezes abandonamos a Jesus por percebemos que não cumprimos nossas promessas com Ele.
Usamos o desânimo e a frustração como desculpa para não enfrentar e assumir que erramos.

Agora imagine aquele homem ferido por dentro contemplando a Jesus ali, vivo! Que incrível!
Mas um fato sobre o amor de Jesus, Ele nos encaminhará para o enfrentamento de nossos medos para os vencermos.
Sua atitude não é castigadora, repressora ou vingativa, é totalmente amorosa.
Sua pergunta foi um tanto inconsistente do ponto de vista lógico:
“... Pedro você me ama como Deus te ama?...”

Sabe qual foi sua Resposta?
“... Jesus, tu sabes, ágape não, fileo, eu te amo como um irmão ama outro irmão...”
A resposta de Pedro no grego não foi ágape foi fileo.
Fileo significa amor familiar, amor de amigo, a mor de irmão, amor humano, não divino.
Pedro respondeu:
“... Te amo como um amigo...”
Jesus replicou:
“... Então cuide dos meus cordeirinhos...”

02 – Ágape? Mas você não disse que era ágape?

Porque a insistência?
Realmente Jesus sabia de todas as coisas, então por que novamente a pergunta?
Jesus foi vítima de abandono, tinha o direito de perguntar, de questionar a afirmação de Pedro anteriormente:
“... Senhor porque não posso seguir-te agora? Por ti darei a minha vida (ágape)...”
                                                                                                                          João 13:37
Pedro declarou que agiria com amor ágape por Jesus e não fez.
O próprio Jesus no verso 38 afirmou que Pedro o negaria 3 vezes.

Sabe aquela nossa resposta pronta para quando somos abordados sobre quem somos?
Nossa resposta pré-programada é:
Eu? Eu sou Cristão, sou músico na casa de Deus, sou o Pastor...
Eu? Já sou cristão a 30 anos, não preciso ser questionado sobre minha fé, meu tempo de cristão já é a prova de quem sou eu, 30 anos não é o suficiente para dizer se sou da fé ou não?

A dificuldade logo começa a aflorar-se, se somos questionados novamente, seguidamente, nossa mente sai do programado para um questionamento um pouco mais profundo.
Interiormente nossas perguntas e racionalizações são:
Porque está me perguntando novamente?
Pedro racionaliza:
- Obviamente eu precisava salvar minha vida, você não viu tudo?
- Se eu assumisse seria crucificado com você, era isso que você queria?
- Um companheiro para a cruz?
- É assim que você diz que me ama? Eu fui pego de surpresa, respondi automaticamente que não te conhecia, me defendi.
- Me desculpe, mas é Fileo!

Pedro, assim como todos nós temos o péssimo habito de falar sem nos conhecer, e mesmo sabendo de nossa pouca força, insistimos em assumir o papel de superman.
Tem um fato sobre nós, sobre mim, sobre você:
 - Você não é o superman!

A segunda pergunta de Jesus tinha o objetivo de fazer Pedro sair do automático e olhar para dentro.
Não era uma cobrança sobre as “juras de ágape”, era um brado:
- Olha para dentro!
- Quem é você? O que você é? Já sabe a verdade?
- Ou não está a fim de saber?

Jesus não o castigou por isso, sua afirmação foi à mesma:
“... Então cuide das minhas ovelhinhas...”

     Desfecho – O problema é quando a pergunta aperta o cinto:

“... Pedro seu amor por mim é Filéo?...”
A pergunta de Jesus assim como esse diálogo dá uma guinada, Pedro então evasivo, superficial, cheio de autocomiseração, cheio de auto-piedade, foi então confrontado pelas próprias palavras;
- Você me ama como um amigo?
- Você me ama como um irmão?
- É verdade isso que você diz?
- Você garante que não é mais ágape, que é fileo, garante que se conhece, que prometeu algo que só Deus pode fazer, que agora está consciente de que conhece os próprios limites?
- Eu te pergunto então meu amigo Pedro, você me ama como amigo?
- Me ama como irmão? É fileo então?

Jesus mexeu com Pedro, Pedro cheio de si, teve que olhar para dentro, no íntimo, no profundo, precisou olhar para os erros, teve que encarar os próprios pecados e medir seus sentimentos.
Jesus não questionou o abandono desta vez, ele questionou se Pedro aprendera a olhar para dentro de si, questionou quando é que assumiria seu “Eu Impostor”, questionou quando é que ele iria parar de responder a estímulos externos e assumir quem era.

Jesus queria fazer Pedro viver.
Pedro tinha medo do que os outros pensavam dele.
Pedro tinha muita preocupação com as aparências, com ser agradável a todos, essa postura o estava matando por dentro.
Essa postura estava roubando seu chamado, sua identidade.
Essa postura de ser legal com quem está perto o estava distanciando de Jesus.

Jesus lhe deu um choque com seu desfribilador, seu coração estava parando, estava voltando para a velha vida morta, Pedro estava voltando a ser um pescador de peixes, por ter se decepcionado consigo, cauterizou uma ferida que estava infeccionada.
O que Jesus fez foi abrir tudo tirou para fora a infecção, a podridão das máscaras de companheirismo, de heroísmo, de altruísmo, de abnegação, de superman.
Todas elas voltadas para ser aceito, ser acolhido, ser respeitado, ser venerado.
Pedro queria ser venerado como corajoso, pelos companheiros, ele realmente acreditava em suas mentiras, mesmo Jesus afirmando suas fraquezas.

Quando suas fraquezas são apontadas você nega?
Você tenta provar que não é verdade?

Vamos assumir, “todos” fazemos isso.
Todos nós temos medo do que os outros vão pensar de nós se assumirmos as fraquezas, se não dermos uma resposta à altura.

Pedro ficou triste por ter que se olhar, mas ele extraiu a verdade sobre si:
“... Jesus você sabe tudo, sabe tudo sobre mim, você sabe que eu te amo como irmão, sabes que é fileo, sinceramente gostaria que fosse ágape, gostaria que fosse divino o meu amor, mas não é...”

Não é provado na bíblia, mas a história afirma que o apóstolo Pedro foi crucificado de cabeça para baixo em foram de “X”, sua menção à própria condenação à morte de cruz seria de que ele não era digno de morrer como o Mestre morreu, então o crucificaram de cabeça para baixo por volta de 64 DC.

Verdade ou não ele teve a chance de experimentar o amor ágape em sua vida, seja pela prova de morte, ou não, mas com certeza pela prova de morte do próprio Jesus.

            Querido Jesus afirma que a verdade liberta:
“... Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará...”
                                                                                                                       João 8:32
      Afirmamos que a verdade é Jesus, e é, mas sua declaração vai além de olhar para Ele, Ele afirma sobre “toda a verdade”, isso inclui quem somos, onde estamos.
Jesus em nenhum instante o condenou pelos seus atos, ele o levou ao autoconhecimento, e sua afirmação foi à mesma:
“... Apascenta as minhas ovelhas...”
Ele afirmou: - “Não pare! Continue Sempre!”
E você vai parar?

quinta-feira, 24 de março de 2011

Reserva Ambiental


Texto: I Crônicas 22:19 “... Disponde agora o vosso coração e a vossa alma para buscardes ao Senhor vosso Deus. Levantai-vos, e começai a edificar o santuário do Senhor Deus, para que a arca da aliança do Senhor, e os utensílios sagrados de Deus sejam trazidos para a casa que será edificada ao nome do Senhor...”

Introdução Histórica

Quando falamos de templo, falamos da casa de Deus, portanto se Deus tem uma casa, obviamente essa casa possui móveis, utensílios domésticos, é uma lugar de abrigo, descanso, um lugar para chegar, para ficar.
            Outro aspecto interessante sobre à casa de Deus é o fato de que ele afirma em sua palavra que seu templo, sua casa não é a igreja, somos nós:
               
“... Ou não sabeis que o nosso corpo é santuário do Espírito Santo, que habita (mora) em vós, proveniente de Deus? Não sois de vos mesmos...”
                                                                                                                                   I Coríntios 6:19
Conseguimos imaginar Deus morando dentro de nós?
Por este prisma imaginemos, pelo texto acima, que não nos pertencemos, que somos D’Ele, que o próprio Deus mora em nós.
Você consegue imaginar como é a casa de Deus aí dentro e você?
Que tipo de móveis existe?
Quais os utensílios?
É uma casa moderna?
É mais caipira?
É antiga?
Possui fogão de lenha ou forno microondas?
Tem rede? Sofá?
É uma casa de tijolos ou um chalé?
Ela está pronta? Em reformas?

Você já imaginou quando esse dia chega?
Quando a casa está pronta? O dia da mudança?
O dia em Deus se muda para sua casa?
Você já imaginou Deus trazendo para dentro de nós suas coisas, seu perfume preferido, sua escova de dente, se travesseiro especial, seu chinelo de descanso, seu pijama confortável, sua caneca de cappuccino?

O fato de sermos um “santuário”, “um templo”, logo imaginamos dentro de nós uma igreja cheia de bancos, um púlpito, lugar da banda, equipamentos de som.
Não é meio estranho tudo isso para uma só pessoa? Que seja a trindade, que sejam três, mesmo assim não é um lugar muito esquisito para se morar? Uma igreja?

Eu prefiro imaginar uma casa, um santuário sim, mas não com cara de igreja, com cara de casinha com varanda, cadeira de balanço, um fim de tarde friozinho o suficiente para uma deliciosa caneca cappuccino e pão de queijo quentinho, derretendo.
Imagino uma varanda com duas cadeiras, um papo agradável de fim de tarde, depois à noite, uma bela refeição de fogão de lenha, piso de madeira, um banho que lava a alma, que descansa o coração para mais uma noite de histórias ao fogo da lareira.
Imagino, já que a casa não é mais minha, Ele o anfitrião carinhoso e eu um hóspede permanente, O imagino me colocando para dormir, assentando-se ao lado da cama em uma poltrona confortável, cantando até que eu pegue no sono...
            Imagino um bom dia, com aqueles cheiros vindos da cozinha, cheirinhos de fome, uma mesa posta, guloseimas de vovó, tudo carinhosamente preparado pelo Papai para mais um dia...

01 – Disposição do coração e da alma.

A imaginação acima pode parecer um tanto louca, talvez para alguns, desrespeitosa, mas tenho certeza de que se conseguirmos imaginar uma vida tão viva e prazerosa como esta, fica atraente a idéia de ter Deus morando dentro de nós.
Com certeza aquele incômodo que embrulha o estômago se vai, afinal perdemos o medo de que Deus morando dentro de nós, estaremos correndo sérios ricos de sermos castigados a cada ato errado.
Não dá medo imaginar Ele morando dentro de nós, perdemos a liberdade, sempre servindo, mantendo tudo arrumado preocupadíssimos em não deixá-lo aborrecido?
Dispor o coração é mais profundo, é mais intenso, fazer de nossa vida uma morada para Deus é uma decisão que envolve reformas, é uma entrega, é doar a propriedade para alguém que mudará para lá permanentemente.

Dispor significa: (Dicionário Houaiss)
Colocar em certa ordem, arrumar, ajeitar, ordenar.
Juntar de modo harmonioso, harmonizar, combinar.
Planejar, programar, projetar.
Traçar linhas gerais, esboçar, delinear, preparar.
Predispor, tornar suscetível.
Despertar interesse, incentivar, estimular.
Decidir como dono absoluto de entregar.
Desfazer, doar.
Determinar, proporcionar, permitir.
Decisão categórica.
Aprontar-se par algum fim, preparar-se.
Aceitar, consagrar-se, dedicar.
Prontidão para servir.

Dispor o coração para buscar a Deus é tudo isso em ação, de forma completa, plena.
Buscar a Deus é procurá-lo, é fazer o convite, convite esse de fazer de nós sua casa, morar em nós, conosco.
02 – De Palafita à Santuário se houver disposição, levante-se e comece as reformas...

Bom já que falamos de dicionário, entendo que muito da palavra de Deus é perdida pela falta de conhecimento, muitos estudiosos da palavra de Deus, muitos teólogos fazem mais uso de enciclopédias, chaves bíblicas, comentários exegéticos, hermenêuticos e falta o mais importante, o dicionário.
Por ter sido estupidamente apelidado de “Pai dos Burros” o evitamos, afinal usá-lo e assumir a “burrice”; não sei o que é mais estúpido...
Tenho uma pergunta: Como um livro tão inteligente pode ser gerador de “burros”? Nada a ver esse apelido...
Feito meu comentário vamos ao nosso amigo o “Pai dos Inteligentes”

Santuário significa: (Dicionário Houaiss)
Lugar mais sagrado do templo Judaico onde era guardada a arca da aliança.
Lugar, templo ou edifício consagrado por uma religião; lugar santo.
Local recôndito ou vedado ao público para guardar e conservar objetos dignos de veneração.
A parte mais íntima de um ser.
Lugar de preservação de espécies, proibida a interferência humana.

Incrível! Não poderia ser tão esclarecedor e perfeito, a afirmação de I Coríntios é que nosso corpo é esse lugar, que convite interessante, diante da clareza do que é um santuário.
Um lugar especial para a morada de Deus.

A afirmação do I Coríntios é de que o somos, e eu pergunto somos?
Preparamos esse lugar?
Usamos tudo que a palavra “disposição” nos oferece?

“... Existem muitas afirmações sobre sermos templo de Deus, mas na realidade não sabemos o que isso significa, nem se realmente essa habitação está pronta para recebê-lo, muitas cobranças de certo e errado, nenhuma reforma, nenhuma parede derrubada, nenhum móvel que o agrade...”

“... Dizemos que ele mora em nosso barraco, sem fazermos dele um santuário, nenhuma disposição, será que Ele mora?...”

Esse questionamento não tem a ver com perfeição de atitudes, afinal isso gera expectativas, e o amor de Deus não se baseia em expectativas, caso contrário Ele jamais habitaria em nós.

Tem a ver com a disposição e o santuário.
Como Deus vai morar em nós sem ser convidado? Sem ser desejado.
Como Ele vai se mudar para nós sem um ambiente preparado?
Você já se sentiu indesejado em um ambiente?
Como Deus moraria em nós sendo indesejado?
Sendo desejado e convidado e virá.
Obviamente Ele nos ajuda na preparação do ambiente.

Tem a ver com intimidade, com liberdade, com a comunicação plena, quando o ouvimos mostrar onde a reforma precisa acontecer, onde a casa está imprópria e onde está linda.

Continuo a afirmar essas reformas tem mais a ver com um ambiente adequado para comunhão do que com pecados escondidos ou sujeiras.

Pecados na casa têm a ver com faxina e não reformas.
Pecados são sujeiras a serem limpas.
Ninguém vai derrubar uma parede porque está suja...

Reformas têm a ver com conforto, com prazer em estar no ambiente, tem a ver com aconchego, com alegria, com descanso, com pousada segura, com proteção.

“... Um santuário é um lugar onde nossa interferência não pode mais acontecer, é um lugar de preservação ambiental e, portanto, de tudo que nele contém. Nossas caçadas à comunhão, nossas pescarias de alegria e nossa irresponsável degradação da paz não são mais permitidas, torna-se um ambiente preservado...”

  Desfecho – É hora da mudança.

Deus agora o proprietário, traz sua mudança para o novo lar, além de seus pertences pessoais, traz também todos os seus utensílios como:
Batedeira própria para massas de pão.
Bacias e toalhas para limpeza dos pés.
Uma adega especial para guardar vinho.
Vara de pescar,
Furadeira, serrotes, martelos coisas de carpintaria que serão utilizados no processo de fabricação dos móveis sob medida para sua nova casa.

Ele traz seu cofre, contendo tesouros, peças raríssimas, únicas, guardadas em um baú especial, seu conteúdo riquíssimo gera segurança e traz incríveis mudanças.

São itens de valores inestimáveis, considerados patrimônios da humanidade por Ele, de suma importância e procurados por traficantes.

Esse baú ganhou o nome de Arca da Aliança, o nome em si é profundo, é um baú de compromisso, um recipiente único, o único da espécie e em seu interior encontra-se os pactos com a humanidade.

Três itens únicos e raros produzidos por milagre, estão em seu interior:
ü  A vara de Arão florescida.
ü  Uma porção do maná, a única porção que não estragou.
ü  As tábuas com os 10 mandamentos.

A vara de Arão: A prova de que Deus escolheu um povo, uma família para cuidar de tudo que se diz respeito a Ele na terra, através de um sinal; um graveto que milagrosamente produziu um broto e floresceu.
Significa Unção – Escolha de Deus.

O maná: O alimento que chovia do céu toda a noite, cujos hebreus pegavam todas as manhãs durante 40 anos no deserto.
Significa Provisão – Cuidado de Deus.

As tábuas dos Mandamentos: Tábuas de pedras escritas pelo dedo de Deus para guiar o homem para o caminho da salvação.
Significa Testemunho – Sacrifício de Deus.

Está esperando o que para dispor-se de sua casa, correr atrás de Deus e convidá-lo para morar com você.
            O acordo é esse:
- A casa é sua, mas eu quero morar com você!

Sabe qual a resposta de Deus?
“... - Mas é lógico! A casa ficaria muito vazia sem você. Vamos reformar juntos?
Quero te ensinar a fazer pão, partir e multiplicar.
Vamos pescar juntos, tenho tralha para os dois.
Tenho um vinho da melhor safra, já foi elogiado por especialistas.
Sei preparar um banho para os pés como ninguém. Quero te ensinar o segredo.
Eu quero aumentar aquele quarto de despejo, retirar todas as quinquilharias e fazer dele uma carpintaria, vou te ensinar o ofício e a primeira coisa que vamos fazer juntos são cadeiras de balaço, você precisa relaxar.

Estava ansioso pelo seu convite. Preparei um presentinho.
Este aqui é um mimo que mandei fazer, é uma caneca personalizada com seu novo nome, pra gente tomar cappuccino à tarde e comer pães de queijo.

Tenho um baú de tesouros que quero dividir com você, nele trago minha escolha, minha provisão e meu sacrifício.

Nunca mais se sentirá abandonado por que eu te escolhi antes que você me escolhesse!

Por pior que sejam os desertos estarei lá com você, não vai faltar provisão, mesmo que você se sinta só, estarei lá.

Tem algo mais, sabe aquele medo de morrer? Do que vai acontecer depois?
Tenho a solução aqui no meu baú, tenho um testemunho de salvação para você, em tábuas de pedras, escritas com meus dedos e cumpridas por meu filho, salvação para você e seus amigos...”

Bom diante dessas expressões maravilhosas que estão a nos esperar é hora de muita disposição, de euforia de entrega.
Vamos deixar que nosso ser seja transformado em reserva ambiental, em Santuário, não vai doer, somente seremos impedidos de destruir.
Vamos convidar ao Abba para fazer de nós, sua casa.

Abba sou a sua casa, mora em mim...