sexta-feira, 11 de março de 2011

Acampamento Identidade – Nazireus de Deus

   Texto: Números 6:1-12 “... Disse o SENHOR a Moisés:
2  Fala aos filhos de Israel e dize-lhes: Quando alguém, seja homem seja mulher, fizer voto especial, o voto de nazireu, a fim de consagrar-se para o SENHOR,
3  abster-se-á de vinho e de bebida forte; não beberá vinagre de vinho, nem vinagre de bebida forte, nem tomará beberagens de uvas, nem comerá uvas frescas nem secas.
4  Todos os dias do seu nazireado não comerá de coisa alguma que se faz da vinha, desde as sementes até às cascas.
5  Todos os dias do seu voto de nazireado não passará navalha pela cabeça; até que se cumpram os dias para os quais se consagrou ao SENHOR, santo será, deixando crescer livremente a cabeleira.
6  Todos os dias da sua consagração para o SENHOR, não se aproximará de um cadáver.
7  Por seu pai, ou por sua mãe, ou por seu irmão, ou por sua irmã, por eles se não contaminará, quando morrerem; porquanto o nazireado do seu Deus está sobre a sua cabeça.
8  Por todos os dias do seu nazireado, santo será ao SENHOR.
9  Se alguém vier a morrer junto a ele subitamente, e contaminar a cabeça do seu nazireado, rapará a cabeça no dia da sua purificação; ao sétimo dia, a rapará.
10  Ao oitavo dia, trará duas rolas ou dois pombinhos ao sacerdote, à porta da tenda da congregação;
11 o sacerdote oferecerá um como oferta pelo pecado e o outro, para holocausto; e fará expiação por ele, visto que pecou relativamente ao morto; assim, naquele mesmo dia, consagrará a sua cabeça.
12  Então, consagrará os dias do seu nazireado ao SENHOR e, para oferta pela culpa, trará um cordeiro de um ano; os dias antecedentes serão perdidos, porquanto o seu nazireado foi contaminado.

        Introdução Histórica:

Na mensagem anterior do Pré-Acampamento Observamos os Recabitas – Homens com identidade adquirida do ancestral Jonadabe, filho de Recabe.
Vimos o posicionamento deles em relação à forma de vida e ordenanças do pai Jonadabe – Não beber vinho, não possuir terra, não plantas vinhas, não possuir casas, viver em tendas.
Quando desafiados a beber vinho pelo profeta Jeremias a mando do próprio Deus, não aceitaram pelo posicionamento familiar, pela consagração a um mandamento de Jonadabe, pela identidade que possuíam.
Esse posicionamento chamou tanto a atenção de Deus que prometeu à família dos recabitas, presença permanente diante de Deus, isto é, nenhum dos descendentes viveriam longe da presença de Deus, Ele os escolheu para servi-lo.
Pacto de Deus para homens separados e comprometidos com a própria palavra, posicionamento inegociável, mesmo que o próprio Deus pedisse o contrário.

Nazireu (do hebraico nazir, da raiz nazar "consagrado", "separado"), dentro da Torá é o termo que designa uma pessoa que se consagra a Deus por um tempo determinado. A marca mais comum da separação desta pessoa - que podia ser um homem ou uma mulher - era o uso do cabelo não cortado e a abstinência do consumo de vinho. O nazireu poderia também ser um escravo.
O voto de nazireado (ou nazireato), foi institucionalizado e regulamentado na Torá no Livro de Números 6:1-21. Em virtude desta consagração, o nazireu devia abster-se de comer certos alimentos e bebidas fermentadas, de cortar o cabelo e tocar em cadáveres.
Estas exigências particulares parecem traduzir os seguintes princípios: manter-se mentalmente são ("abster-se de vinho e de bebida fermentada") e em sujeição a Deus e testemunho (simbolizado pelo não cortar o cabelo) e manter-se cerimonialmente puro (não tocar em cadáveres).
Após a conclusão do seu voto, o nazireu realizava o ritual de purificação e fazia três oferendas no Santuário. Um voto dito "à semelhança de Sansão" era um voto para toda a vida.

Nos dias de hoje
            Texto – I Pedro 2:9 -“... Mas vós sois geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido, para que anuncieis as virtudes daquele que vos chamou das trevas para Sua maravilhosa luz...”
Nos dias de hoje Deus está desafiando uma geração de “nazireus”.
Homens e mulheres, crianças, jovens e velhos, pessoas dispostas a serem propriedade exclusiva de Deus. Separados para Ele em santidade.

Seus valores são inegociáveis?

         01 – O vinho: Vs 3 e 4

Deus está desafiando esta geração, não para terem, mas para serem o caráter de Deus na terra.
Não é um desafio simples, não é um apelo de domingo para alguma mudança visível, para algum defeito de postura ou compostura, é um desafio para ser Deus na terra.
Não é um voto para deixar de beber, fumar, mentir ou qualquer coisa do gênero, é um desafio para um caminho sem volta, sem retrocesso, sem desistência, o desafio em si é para banir a desistência do vocabulário para sempre.
É o compromisso que poderá custar a própria vida, nada menos que isso.
É assustador do ponto de vista de perder a própria vida por um propósito maior, e esse desafio é real, está aqui presente em cada palavra deste acampamento.
Não é um compromisso de domingo com faxinas ou ensaios, é um compromisso com a vida.
É abrir mão da própria vida para que o caráter de Deus apareça impresso e expresso em nós.
É um nível de santidade que fará com que as pessoas olhem para nós e nos confundam com o próprio Deus.
É viver a vida no limite da existência, comparável aos êxtases das drogas ou ao clímax do sexo, é viver “no pico”, no alto, acima das nuvens e sem preocupações com a altura do tombo.
É subir, subir e subir, descer não é uma opção, a não ser para dar rasantes de salvação para os povos.

Como um ser humano pode se submeter à escravidão por toda a vida para poder entrar em um país fechado para o Evangelho a fim de levar a salvação de Jesus para pessoas que não tem acesso como o temos hoje?

Segundo contatos da Missão A Voz dos Mártires (VdM), houve um assassinato no dia 21 de setembro de 2009.
A vítima é o Pr. Manuel Camacho que foi assassinado por guerrilheiros São José de Guaviare.  Os guerrilheiros marcaram um encontro com pastor Manuel e sua família. “Ele pensou que iria receber autorização para ter uma igreja em um lugar onde tinha pedido anteriormente”.
Um soldado das FARC entrou na casa e ficou com a esposa e filhos do pastor, enquanto ele ficou do lado de fora conversando com outros homens. De repente eles escutaram cinco tiros.  O soldado que estava dentro da casa gritou: “Tenham certeza de que esse cachorro esteja realmente morto”.
         Então atiraram novamente no pastor, mas agora na cabeça dele. Após os tiros a esposa do Pr. Manuel correu para fora e limpou a face de seu marido morto. Com a ajuda de sua filha, colocou-o embaixo de uma árvore. Ela voltou para casa e buscou a Bíblia do Pr. Manuel e começou a pregar para todas as pessoas que estavam ao redor olhando o que tinha acontecido.
O Pr. Manuel e sua esposa pastoreavam uma igreja no vilarejo de Chopal, ao sul de San Jose del Guaviare há uns oito anos. Eles enfrentaram muitos desafios e muitas igrejas nesta área estavam fechadas por causa das FARC.
Então, ele decidiu abrir uma igreja apesar das constantes ameaças e riscos. Em abril deste ano o Pr. Manuel ganhou para Jesus três guerrilheiros e sete membros de uma milícia paramilitar. Glória Deus por isso.
A VdM ajuda cristãos perseguidos na Colômbia através do Action Packs (Pacote de Ação), do suporte para famílias de mártires e transporte para que pastores possam pregar o Evangelho para os guerrilheiros das FARC e paramilitares. Outro método utilizado para evangelizar é o lançamento, com pára-quedas, de bíblias, literatura cristã, rádios e bíblias em mp3. Vamos orar para que Deus venha confortar o coração da esposa do Pr. Manuel e também seus filhos.
Que o testemunho dele possa trazer mais pessoas ao conhecimento de Cristo.

Não beber vinho é abdicar do prazer pessoal pelo divino.
Os nazireus de hoje, são pessoas que não se envolvem e não se iludem com a alegria passageira que o mundo oferece.
Homens e mulheres dispostos a serem propriedade exclusiva de Deus, separados para Ele.
I Pedro 2:9 “...Vós, porém, sois raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus, a fim de proclamardes as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz...”
O nosso prazer não deveria estar nas coisas deste mundo, no amor humano, na religião, no sexo ou nas drogas.
O que verdadeiramente satisfaz um nazireu é poder estar na presença do Senhor gerando um sorriso nos Seus lábios.
É o que deveria nos satisfazer completamente...

         02 – Os Mortos Vs 6-12

Romanos 6:23ª – “... Porque o salário do pecado é a morte...”
Não tocar em mortos, nem mesmo parentes, tem um significado extremamente importante para nós; baseado em Romanos o pagamento pelo pecado é a morte, a recompensa por pecar é a separação.
Isaías 59:2 – “... Mas as vossas iniqüidades fazem separação entre vós e o vosso Deus...”
Vivemos dias em que o povo de Deus deliberadamente sai da presença de Deus para o motel, para os vícios, para a prostituição.
Alega-se santidade, mas o coração anseia pelo pecado.
Um nazireu rompe com esse círculo vicioso, ele quebra paradigmas, o posicionamento é de anarquia geral com o Eu, e com o mundo.

Não é um convite ao ridículo da falsa santidade, não é um convite ao que fazemos para que, a postura, o palavreado, a conduta tenha mudanças visíveis para a religião, e ou para os líderes religiosos.
Essa posição é fingimento deliberado, é rompimento com o divino a favor do profano, mesmo que seja para a igreja.
Não tocar em mortos é não profanar o próprio corpo.
Como anda seu corpo, o que faz com ele?
“... Toda a vez que você dorme com uma pessoa, você também dorme com o passado dela...”

Em quantos mortos tocamos todos os dias?
Um nazireu faz o pacto de não perder sua pureza, de corpo, alma e espírito.
Você está disposto a ser um nazireu?

Desfecho - O Cabelo Vs 5 “...Todos os dias do seu voto de nazireado não passará navalha pela cabeça; até que se cumpram os dias para os quais se consagrou ao SENHOR, santo será, deixando crescer livremente a cabeleira...”

O corte de cabelo para um nazireu era a prova de seu pacto, uma forma visível de mostrar seu compromisso com Deus.
De forma simples e atual, ser um nazireu é possuir conduta condizente, é mostrar ao mundo seu compromisso.
Interessante que ao contrário do que se espera, não é uma conduta de interna, religiosa, dentro da esfera do templo, da vivência com os cristãos.

Deixei propositadamente este tópico em terceiro porque o resultado final de um nazireu é seu cabelo comprido.
Como estamos em relação a este aspecto de servo de Deus desta geração?
De que adianta dizer ser de Jesus e ter comportamento igual ao mundo perdido?
Onde está a “cabeleira”?
Onde está a “diferença” que faz a diferença?
Como posso tratar o patrão ou empregado como trato?
Não é o caso de “negócio é negócio, religião é religião”?
Esse é o problema, fazemos uma dicotomia da vida, na realidade usamos perucas e dizemos ser espirituais.
Um nazireu “não usa peruca, tem cabelos comprido”, não finge ser Ele é.
Não é uma característica plantada, é um comportamento de que tem o caráter de Deus dentro, vem de dentro.

É um valor inegociável, INEGOCIÁVEL...
Entendemos o significado da palavra?
Você negociaria seus olhos?
Negociaria sua família?
Negociaria seu coração? Por quanto? 1 bilhão de dólares por seu coração?
Entendemos agora?

Ser Nazireu é inegociável, não pode ser dispensado depois do domingo a noite ou na segunda brava, ou o dia de correr atrás; de segunda a segunda sou nazireu e pronto.
Sem acordo, Vale o céu.
Negociaríamos o céu?

Se você quer ser um nazireu, hoje começa o processo, o início de tudo, mudança radical, santidade total, vida visível aos homens...

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