quarta-feira, 27 de abril de 2011

Sem Lenço e Sem Documento...

       Introdução Histórica:

Caminhando contra o vento,
Sem lenço e sem documento,
O sol de quase Dezembro
Eu vou...

Uma canção de protesto, de reivindicação, uma declaração de anseio pela liberdade, uma afronta à ditadura.
Mesmo em palavras soltas, no texto segue a mensagem de que mesmo com uma vida perdida e sem sentido, vale a pena morrer com o poder de escolher o desvio ao caminho imposto.
Independente da intenção ou não do compositor, ficou a interpretação que pertence ao consciente coletivo de anseio pela liberdade.
Vivemos hoje em uma sociedade que tem como memorial as proibições, o “não pode” o “censurado”, essa postura militar veio para dentro a igreja, igreja que na época da ditadura tinha em seus pensamentos nada religiosos a intenção de golpe de estado.
Uma milícia armada se preparando para dar um golpe no regime militar e com a intenção de que se houvesse sucesso, criar um governo como o Vaticano.

“... Um absurdo é inimaginável, um país do tamanho do Brasil, sob o domínio de uma religião...” – Comentário de uma historiadora em rede nacional.

Em outras palavras, sairíamos de uma tirania para outra ainda maior.

Essas palavras são apenas para trazer movimento ao pensamento, quero trazer ao raciocínio o desejo de liberdade a qualquer custo. O Objetivo não é uma crítica ao regime militar ou ao quase Vaticano brasileiro, ele depõem por si, ou melhor, contra is mesmos.
Está certo, também desejaria ardentemente a liberdade para fazer o que quisesse, mesmo que me destruísse, só pelo fato de estar preso, e impedido de escolher.
A religião tem provado infelizmente que essa tirania maquiada de santidade nada mais é que uma prisão de pensamento; usamos em nome da fé, em nome de Deus, artifícios para manipular a massa ao nosso interesse.
Assim como a ditadura a religião que deveria “religar o homem a Deus”, impõe regras e preconceitos que impedem o homem de pensar racionalmente.
Não adianta gritar que tudo é por fé, pois na irracionalidade da fé existe a razão dos fatos inexplicáveis que nos levam ao desejo de ter fé.
Desejamos o que nos leva a liberdade, esse sempre foi o desejo do homem, mesmo que seja uma liberdade que leve a destruição, queremos o poder de escolher o caminho.

Agora com o pensamento formado em uma ideologia de liberdade, vamos para um nível mais profundo.
Na própria canção de liberdade há a declaração, “sem lenço e sem documento” só a liberdade, e é exatamente aonde, vamos nos focar para trazer uma mensagem sobre Jesus tão maravilhosa quanto suas palavras e promessas, uma promessa em especial que despertará nosso desejo pelo seu retorno. Maranata.

1ª Tradição: O Casamento
Existe um costume de um povo, não se sabe ao certo qual povo, conta-se que os casamentos são arranjados pelos pais, semelhante ao que foi aqui no Brasil a algumas gerações, porém com uma diferença, a última palavra era a do noivo.
Para isso acontecia um ritual secreto, um código, entre o noivo e a noiva, quando os pais do noivo vêm visitar a família da noiva, e o noivo vem para vê-la pela primeira vez. Se ele se agrada da jovem, durante sua visita ele discretamente deixa escondido na sala um “lenço branco”.
Quando esse lenço branco é deixado uma resposta é dada à família da noiva e à noiva, significa que o noivo voltará para desposar sua noiva, significa que ele a escolheu, que ele a aceitou.
O lenço deixado é uma declaração de amor para com aquela jovem noiva, é uma mensagem de que ela foi aceita e agora desejada.
É uma mensagem poética, secreta, é uma garantia de esperança, de que ele vai voltar.

   Texto: Lucas 22:54-62 “... Então Prenderam a Jesus, o levaram e o fizeram entrar na casa do sumo sacerdote. Pedro, entretanto, os seguia à distância.
55 – Mas, quando acenderam um fogo no meio do pátio e se sentaram ao redor dele, Pedro assentou-se com eles.
56 – Uma criada o viu sentado ali à luz do fogo e olhando fixamente em seu rosto o acusou: ‘ Este homem também estava com ele!’.
57 – Contudo, Pedro negou, assegurando-lhe: ‘ Mulher, não o conheço!’.
58 – Pouco depois, um homem também o viu e afirmou: ‘ Tu também és um deles!’. Mas Pedro o contradisse: ‘ Homem, eu não sou!’.
59 – Então, havendo passado cerca de uma hora, outro homem o identificou: ‘ Com toda a certeza, também esse homem, estava com ele, porquanto também é Galileu!’.
60 – Ao que Pedro exclamou: ‘ Homem, não sei do que está falando!’. E falava ele ainda, quando o galo cantou.
61 – e aconteceu que o Senhor encontrou-se com Pedro e o olhou diretamente nos olhos. Então Pedro se lembrou da palavra que o Senhor lhe havia predito: ‘ Antes que o galo cante, hoje, tu me negarás três vezes’.
62 – Então Pedro, retirando-se dali, chorou amargamente...”.

   01 - Pedro o seguia a distância. Verso 54-55
Existem vária formas de seguir a Jesus.
Existem vários níveis de compromisso. Em qual nível nós estamos?
Existe algum nível em que estamos?
Seguimos a Jesus, mesmo que seja à distância?

     Pedro se assentou com eles. Verso 55
Às vezes nos sentamos para nos aquecer na fogueira do mundo.
Carências, desejos, medo do compromisso, medo de uma “cara” decisão.
Que tipo de carência, desejo ou medo nos faz parar para nos aquecer?
Porque estamos com frio? Que frio é esse que invade a alma e nos faz caminhar livres, porém, perdidos pela vida.

“... Quando estamos nos aquecendo no fogo do mundo nos tornamos vulneráveis, abrimos mão dos princípios para nos sociabilizar, essa carência somada ao envolvimento tem levado muitas vidas a negar a fé em nome do prazer...”.

   02 - Negou 3 vezes e o galo cantou. Verso 56-60

Quando servimos a Jesus, sua palavra nos influencia, pouca ou muito, mas influencia, deixamos “rastros”, as pessoas notam.
Porém, estar perto do fogo nos faz negar, é uma reação automática de quem precisa ser aceito.

Porque precisamos ser aceitos? Você ainda precisa ser aceito?
Fomos aceitos? Ou ainda estamos procurando como nos aquecer?
Até quando vamos caminhar sem lenço e sem documento?
Não é um preço alto levar uma vida descontrolada?
É claro que ser controlado pela religião também é um erro, falta no mínimo um raciocínio lógico para a questão.
Não estou dizendo que devemos nos submeter à religião, mas sim ao convite de liberdade que Ele proporciona “com lenço e com documento”.

   04 – Quando o olhar de Jesus encontra o olhar de Pedro. Verso 61-62

Mais doloroso que nossa defesa automática de nos misturar ao ambiente.
É quando o olhar de Jesus nos encontra.
Não existe mentira que fique de pé diante do seu olhar.
Não tem como disfarçar, não existe camuflagem.
Apenas o olhar, Seu maravilhoso olhar.
Olhar de amor,
Olhar de perdão,
Olhar capaz de transformar, olhar que nos traz esperança.
Muda por dentro, nos choca e nos faz decididos.

“... Depois desse olhar, Pedro saiu dali para chorar, havia se decepcionado, descobriu suas limitações, percebeu que nem todo o ambiente servia para ele, descobriu que a única forma de ser firme era estar andando com Jesus que agora preso, seria morto e sua última visão foi vê-lo negar, para Pedro só o lamento...”.


     Desfecho: João 20: 1-7 “... Ao amanhecer o primeiro dia da semana, estando ainda meio escuro, Maria Madalena foi ao sepulcro e viu que a pedra que fechava a entrada havia sido removida.
02 – Então saiu correndo em busca de Simão Pedro e do outro discípulo, a quem Jesus amava, e disse-lhes: ‘ Eles tiraram o Senhor do sepulcro, e não sabemos onde o colocaram!’.
03 – Imediatamente Pedro saiu em direção ao sepulcro, acompanhado pelo outro discípulo.
04 – Ambos corriam juntos, entretanto o outro discípulo correu mais do que Pedro e chegou primeiro ao sepulcro.
05 – E inclinando-se, viu as faixas de linho ali, mas não entrou.
06 – Em seguida, chegou Simão Pedro, que vinha atrás dele. Pedro entrou no sepulcro e também viu as faixas de linho,
07 – bem como o lenço que estivera em volta da cabeça de Jesus, e que não estava com as faixas de linho, mas dobrado à parte.


2ª Tradição: O Lenço dobrado.
O lenço dobrado tem a ver com o Amo e o Servo, e todo judeu conhece a tradição. Quando o Servo colocava a mesa de jantar para o seu Amo, ele buscava ter certeza em fazê-lo exatamente da maneira que seu Amo queria.
A mesa era colocada perfeitamente e o Servo esperaria fora da visão do Amo até que o mesmo terminasse a refeição. O Servo não se atreveria nunca tocar a mesa antes que o Amo tivesse terminado a refeição.
Se o Amo tivesse terminado a refeição, ele se levantaria, limparia seus dedos e sua boca, limparia sua barba, embolaria seu lenço e o jogaria sobre a mesa. Naquele tempo, havia uma regra de etiqueta, o lenço embolado queria dizer: “Eu terminei”.
Porém se o Amo se levantasse e deixasse o lenço dobrado ou enrolado ao lado do prato, o Servo não ousaria em tocar a mesa, porque o lenço nesta situação queria dizer: “... Eu voltarei!”.

Na primeira tradição um noivo que se agrada da noiva e deixa sua declaração escondida:
“... Gostei de você, fique com meu lenço, voltarei para buscá-lo e ficarei para sempre com você...”.
            Alguns afirmam que essa tradição era conhecida do povo judeu, não sabemos se Jesus a conhecia.
Tenho uma mensagem para você, o mesmo Jesus que morreu e ressuscitou vai voltar para buscar sua noiva para o grande casamento e quero deixar um convite a você. Venha fazer parte dessa festa.
Para ser livre você não precisa caminhar contra o vento, sem lenço e sem documento, ao contrário, você precisa:
- Caminha pelo vento do Espírito Santo que quer levar você.
- Encontrar o lenço escondido que é oferecido a você como compromisso, como pacto.
- E com documento, com a identidade que temos de Filhos de Deus.

A segunda tradição era um aviso, eu vou voltar, me espere, espere, Jesus conhecia a tradição, foi muito utilizada em seu tempo, tempo de Amos e Servos, a prova disso está no texto, foi bem observado pelos discípulos que também a conheciam.
Porque Jesus deixou o lenço dobrado à parte, já que jogou suas faixas em qualquer lugar? Porque se deu ao trabalho de dobrar especificamente o lenço?
Se fosse como hábito de organização não dobraria também as faixas?
Jesus deixou um recado, Ele sabia que Pedro entraria no sepulcro, sabia que seria o primeiro a observar o lenço dobrado à parte.
Pedro que estava decepcionado consigo mesmo, que agora tinha uma noção real de quem era, que se frustrou estava decidindo a deixar tudo e voltar para sua vida antiga de pescador.
Jesus deixou uma mensagem a ele:
Não arrume a mesa, não retire os talheres, não guarde os alimentos, eu voltarei, deixe tudo como está. Não volte para sua velha vida, meu amigo, aqui está o meu lenço, não limpei os dedos, não limpei a boca, não limpei a barba, não embolei o lenço, veja ele esta aqui dobrado à parte, espere que eu voltarei.

Jesus morreu e ressuscitou ao terceiro dia, Ele voltará, veja seu lenço dobrado, caminhe para Ele, não se aqueça em outros lugares, Ele voltará para te buscar, encontre o lenço e guarde bem.
Espere que ele voltará.

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Raios e Trovões!

Introdução Histórica

Tenho uma observação sobre a pergunta acima, durante minha mocidade e infância de meu filho, assistíamos a um programa da TV o Castelo Ra-Tim-Bum, tinha personagens incrivelmente divertidos e curiosos.
Dentre eles os 3 personagens principais me chamaram a atenção:

Dr. Victor (Victor Astrobaldo Stradivarius Victorius), um poderoso feiticeiro, amigo das máquinas, animais e crianças, Tio de Nino, mas com atitudes de Pai, um ser com milênios de idade, que diante de situações de irritações expressava o tal bordão: “Raios e Trovões” o qual causava os próprios.

Dona Morgana (Morgana Astrobaldo Stradivarius Victorius), outra poderosa feiticeira, paciente, simpática, Tia avó de Nino, mas também com atitudes de Mãe, em um dos episódios completou 6000 anos, sua especialidade eram as estórias da história, esteve presente em todos os eventos importantes da história, bem mais paciente do que Dr. Victor.

Nino (Antonino Stradivarius Victorius II), Nascido em 11 de dezembro de 1692, em São Vicente, província da Terra de Vera Cruz. Filho de Antonino Quântico Stradivarius II e de Ninotchka Astrobaldo Stradivarius (Nino usa o número do nome do pai - II - por honra). Personagem principal da série, presente em todos os episódios. Um menino de 300 anos de idade Nino vive com seu tio Victor e sua tia-avó Morgana. Inconformado com o fato de não poder ir à escola (afinal, nenhuma escola poderia aceitar um aluno com 3 séculos de idade), Nino utiliza um feitiço que aprendeu com seu tio, enfeitiçando a bola de Zeca, atraindo a ele e seus amigos Biba e Pedro para o Castelo. Desde então, os quatro se tornaram grandes amigos.

É uma trindade, não quero aqui demonizar nada, muitos procuram demônios em marcas de tudo, em rótulos de tudo na TV, nas músicas, não estou levantando bandeira mística de nada, apenas usarei esses personagens para ilustrar algo que experimentamos como filhos de Deus.
Não estou preocupado com a elaboração do programa, se foi “misticamente maligna ou não”, o fato é que como o ser humano se identifica com a trindade divina nos moldes acima, ficou fácil o programa se tornar um sucesso na época e atingir seu objetivo.
Não se espante, a trindade de Deus criada pelo homem é muito parecida com a desse programa:

Temos um Deus soberano e eterno, criador de tudo, inclusive da inteligência humana e suas invenções, capaz de controlar o nada e fazer surgir o tudo, como o grande bruxo Dr. Victor, eterno e criador de tudo. É também um ser de pouca paciência com o ser humano, e quando seu sobrinho (filho) Nino passa da linha:
“Raios e Trovões!!!” e surgem os mesmos. O medo pavoroso do castigo e a aproximação dos humanos em meio a medos e desconfianças.
Um desejo grande de intimidade que escapa a cada olhar irado e brilhos dos relâmpagos.

Temos uma bruxa soberana e também eterna, presente em cada criação, em cada evento da terra, totalmente envolvida com tudo que foi criado. É um ser flutuante, expansivo, com mais paciência, caminha mais de perto com Nino o “bruxinho humano”.

E agora, o garoto de 300 anos, Nino, esse tinha início, 11 de dezembro de 1692, ele tinha um desejo enorme de se relacionar com os humanos, atraiu-os para o castelo (reino) a fim de fazer deles seus amigos íntimos.
Tinha uma paixão especial pelos humanos, e sempre fazia de tudo para estar perto deles, e durante todos os episódios se relacionavam e viviam aventuras especiais.

E não podemos esquecer o ser do mal: Dr. Abobrinha cujo objetivo era retirar o castelo das mãos do herdeiro Nino.

Texto: Salmos 143:2 “... Mas não leves o teu servo a julgamento, pois ninguém é justo diante de Ti...”

Isso tudo pode até parecer loucura, mas não consigo deixar de pensa em Deus, o Espírito Santo e Jesus; não consigo evitar ver as semelhanças das atitudes da Morgana com as do Espírito Santo, as atitudes de Nino com as de Jesus, usando seus poderes para atrair as pessoas para perto de si.
Chamando alguns para serem seus amigos íntimos e estabelecendo um relacionamento especial com eles.
Eles vendo todos aqueles sinais e maravilhas, rindo e conversando com o Homem-Deus, herdeiro de tudo.
Vejo também o inimigo tentando por todos os jeitos roubar o castelo das mãos do herdeiro (Reino de Deus).

Mas quero chamar a atenção para a figura que aparece maior em tudo, Deus, é exatamente como o Dr. Victor, um ser que nem sempre aparece nos episódios, ou melhor, na vida das pessoas, está sempre a viajar para ver o passado e o futuro.
Como conhece bem o ser humano, sabe o que faz, e a cada aprontar das crianças: - Raios e Trovões!!!
Um ser que dá vontade de se aproximar se não fosse o medo de acontecer alguma coisa de ruim com a gente.
Como sabemos que ele é perfeito e como somos imperfeitos, e diante de tantos fatos da história, temos um verdadeiro pavor de achegar a Ele.

Davi reconhecia os próprios defeitos e temia o castigo de Deus, e durante sua vida experimentou isso, não o castigo de Deus, mas seu incrível amor.
Quando seu adultério e assassinato do marido traído vieram a público e ainda sofreu a perda do filho nascido desse caso, Davi teve um encontro com o amor de Deus:

Texto: Salmos 51:17 “... Os sacrifícios que agradam a Deus são: um espírito quebrantado; um coração quebrantado e contrito, ó Deus, não desprezarás...”

A grande verdade sobre o homem e Deus é que ao mesmo tempo em que as escrituras mostram como alcançar a graça de Deus, também mostra que não existe bondade o suficiente para alcançá-la.
Só Jesus a alcançou, só Ele foi capaz disso.

“... Por mais que tentemos desesperadamente alcançar os favores de Deus, nunca conseguiremos, quanto maior o esforço maior a distância fica...”

A questão é nossa compreensão equivocada de Deus e de como agradá-lo com favores.
Essa atitude tem levado o homem para o desespero de sempre fazer mais, ou enganar a si mesmo criando conceitos justificáveis em uma balança de bom e ruim com critérios totalmente humanos. Autocomiseração e auto-congratulação.

02 – Raios e trovões!!!

Outra história:
Ainda jovem, ele já havia conquistado muito mais do que seus pares. Educado nas melhores escolas, era considerado um dos mais influentes líderes religiosos de seu tempo, em uma das cidades mais conhecidas do mundo. Sua moral e sua sabedoria eram impecáveis.
Mas, no íntimo, nem tudo ia tão bem quanto parecia estar. Apesar de toso o seu zelo e sabedoria, algo o corroia por dentro. Ele era um homem raivoso. Raramente demonstrava isso, mas sabia que a raiva estava lá, obscurecendo a alma.
Seu empenho em tornar-se o melhor servo de Deus de sua geração não o levara ao colo do Pai, e sim à tirania cruel do próprio ego. Ele empreendera seus esforços com o desejo de servir a Deus, mas aquela paixão foi rapidamente consumida por sua ambição espiritual. Ele adorava os olhares de admiração e reverência que via nos olhos dos amigos e mentores.
Até que, certo dia, durante uma viagem a uma cidade distante, ele ficou frente a frente com o Deu vivo. Seu encontro foi dramático. Uma luz brilhante apareceu do nada, jogando-o no chão e cegando-o. Enquanto estava lá, caído na terra, uma voz trovejou sobre seu corpo:

Texto: Atos 9:4-5 “... E, caindo por terra, ouviu uma voz que lhe dizia: - Saulo, Saulo, porque me persegues?
05 – Ele disse: Quem és tu, Senhor? Respondeu o Senhor: Eu sou Jesus, a quem tu persegues...”

A expressão originariamente bíblica, agora ditado popular: “... A casa caiu...”

Já imaginou? Anos de dedicação a Deus, zelo, respeito, e repentinamente aquele a quem tentamos agradar grita:
“... Raios e Trovões!!!”

Que pavor! Tudo escuro, os olhos tão usados para julgar a capacidade de ser de Deus ou não agora cegos.
Tudo perdido, os ouvidos despreparados para uma vida cega, “pouco usados para ouvir o que realmente importa”, agora claramente ouvindo o brado do Criador, do Verbo:
Porque você está me perseguindo?
Os temores agora estão por toda a parte, a resposta de Saulo é prova disso:
“... Quem és tu, Senhor...” Verso 5.
Saulo conhecia o Dr. Victor e não a Deus, durante toda sua vida ele servira de forma equivocada a Deus, achava que era um expert em Teologia, e que a melhor forma de acabar com a heresia que se propagava (o Cristianismo), era erradicando seus disseminadores.
Saulo pensava que se ele matasse todos os cristãos essa seita passaria, supôs que esses ensinamentos sobre boas novas e relacionamento íntimo com Deus eram más intencionadas, e isso acontece nos dias de hoje.

Quando percebeu o que estava acontecendo seu coração gelou, por isso declarou à voz “Senhor”, percebeu a roubada em que se metera, descobriu pelo poder, força e a voz de trovões que o raio iria fulminá-lo a qualquer momento.
Seus piores medos se realizaram, as pessoas que ele matara em nome de Deus, eram o povo de Deus, e agora, que castigo ele receberia?
Nunca caiu a casa para você? Já teve medo do castigo de Deus?

Desfecho – Raios e Trovões? Texto: João 21:15 “... “Simão, filho de João, você me ama?... Pastoreie minhas ovelhas...”

“... Será que a certeza de que Deus nos ama acima de tudo não nos levará à indolência espiritual e a lassidão moral? Teoricamente, esse parece um medo sensato, mas na realidade ocorre justamente o contrário... Quanto mais apegarmos ao amor de Deus, mais generosamente viveremos nossa fé...”
                                                 Brennan Manning
             




As perguntas são claras:
                       
“... Porque você me persegue?
       Mas não te persigo!
       Todas as vezes que julga ou acusa um de meus pequeninos...”

“... Você me ama?
       Porque me pergunta isso? O que estou fazendo de errado desta vez?
       Onde foi que te neguei?...”

Como responder a essa pergunta se nossas atitudes depõem contra nós?
Como responder se acreditamos no Dr. Victor como Deus?

Sejamos sinceros, a pergunta de Jesus para Pedro, uma semana depois de tê-lo negado na hora em que mais precisava, e dias depois de ter prometido morrer por ele? Que resposta nós daríamos?

Se o sermão tivesse começado com o título: Você me ama?
 Tenho a absoluta certeza de que nosso coração pecador e errado iria gelar e nos afundaríamos nas cadeiras esperando à hora do apelo para vir para frente.
Mas este desfecho não é sobre nossa má conduta ou nossa latente maldade, é sobre o que Jesus falou depois de tudo isso:
“... Pastoreie minhas ovelhas...”
“... Pedro apesar de tudo, você ainda faz parte da família...”

Tenho outra pergunta:
Qual é o Deus que se preocupa em ser amado?Já pensou nisso?
“... Você me ama?...”
Agora não caberia melhor o Dr. Victor? “... Raios e Trovões...”
Ele perguntou 3 vezes, havia uma importância relevante á situação.
O Todo Poderoso, capaz de ordenar obediência, a força mais poderosa do Universo, preocupado em conquistar o amor de Pedro um humano que o abandonou.

Estamos acostumados com deuses que se alimentam do medo, todos os deuses são baseados em medo e sacrifícios que os aplacam a ira.
Em qual história de mitologias e religiões um deus esteve preocupado com ser amado?

“... Se você não ama a Deus, sinta-se a vontade para temê-Lo. Talvez isso pelo menos o mantenha afastado de comportamentos que destruirão a si e aqueles ao seu redor. Mas quando você souber quanto ele o ama, nunca mais precisará temê-Lo novamente...”
“... Esse Pai não deseja apenas sua obediência; ele almeja o seu afeto...”
“... Deus pode ter sua obediência sem o seu amor, mas Ele sabe que, se tiver seu amor, terá sua obediência...”                                                                Wayne Jacobsen

Texto: I João 4:18 “... No amor não há medo. Antes o perfeito amor lança fora todo o medo...”
                                Raios e trovões ou Amor Incondicional?