Introdução Histórica
Diante de um contexto tão claro como o que vivemos, não tem como não falar em fim dos tempos, existe uma questão equivocada em relação ao fim afirmada pela igreja, confundimos os sinais dos tempos com a iminente volta de Jesus.
Tenho uma opinião pessoal sobre o fim e sua volta; não afirmo como expert em escatologia ou como estudioso da palavra.
Penso que diante dos fatos da vida e da palavra Jesus não vai voltar nesta geração e nem nas próximas.
Eu explico: afirmamos sua volta baseado em profecias de que o quando houver anomalias na natureza, quando o amor esfriar, quando a maldade imperar, enfim, uma soma de situações ruins acontecendo, são sinais claros de seu retorno à terra para buscar sua igreja.
Com o advento da internet e as notícias on-line, o que se passa já se passava, e a maldade do mundo é a mesma de antes, quer coisa pior que queimar cristãos em fogueiras públicas?
Ou solta-los em uma arena para serem devorados por leões como espetáculo de entretenimento?
Sabemos hoje através da tecnologia que os terremotos acontecem por causa da fenda nas placas tectônicas, e que nos lugares onde elas existem, acontecem os terremotos, uma “ação natural” de assentamento.
Enfim as pestes aconteceram e acontecem pelo aumento da população, seus meios de transporte e por assim dizer, a melhor forma de tornar global uma praga local.
Bastam algumas horas para uma conjuntivite espalhar-se pelo mundo.
Seriam esses anúncios do fim?
Penso que não, esses sinais de forma diferente já eram interpretados pelos apóstolos ainda em vida, as cartas nos mostram que eles já encontravam esses sinais por todos os lados, quando começaram suas viagens missionárias, implantando o evangelho pelo mundo, estabelecendo igrejas, começaram a conhecer a vida fora dos muros de Jerusalém, conheceram os povos estrangeiros e comesse conhecimento a verdade:
O mundo está acabando, é muita maldade e catástrofes, sua volta está próxima...
O objetivo desta abordagem não é falar do fim, mas segundo a ótica dos apóstolos na palavra de Deus, algumas situações encontradas causaram preocupação, é o que vamos abordar hoje.
Em minhas mensagens gosto muito de tratar o relacionamento íntimo com Deus e seus benefícios na vida de quem experimenta, mas preciso trazer algumas causas de destruição em massa, e “hoje’ assim como “ontem” afetam diretamente o homem e seus relacionamentos.
Um dos problemas em estabelecer relacionamento íntimo com Deus é que a referência de “relacionamento” está no homem com seu semelhante.
Se o homem tem um relacionamento distorcido com o próximo, sem consciência, sem o conceito real de vida, de respeito, de tolerância, de dispor-se em favor do próximo, fica difícil, ou melhor, quase impossível essa prática.
O homem sempre usa referenciais para viver, mesmo que tenha sido criados por macacos, sua vida e instinto serão baseados no meio em que vive, onde cresceu e se desenvolveu.
Vamos fazer uma viagem de alerta e espero, como otimista, que traga muito incômodo, que amargue o estômago e produza cura, hoje o remédio é amargo para que vivamos uma vida doce.
Texto: II Timóteo 3:1-5 “... Sabe, porém, isto: Nos últimos dias sobrevirão tempos difíceis;
2 – pois os homens serão amantes de si mesmos, gananciosos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a pais e mães, ingratos, profanos,
3 – sem afeição natural, irreconciliáveis, caluniadores, sem domínio de si, cruéis, sem amor para com os bons,
4 – traidores, atrevidos, orgulhosos, mais amigos dos prazeres do que amigos de Deus,
5 – tendo aparência de piedade, mas negando-lhe o poder. Afasta-te também destes.
Ganancioso: Aquele que visa exclusivamente o lucro, lícito ou ilícito.
Para nós, é só vantagem?
Não abrimos mão de sempre ter lucro? Quem não abre mão de sempre ter lucro não consegue ser fiel com as finanças da comunidade em que vive.
Presunçoso: Aquele que se supõe melhor, mais bonito, superior, inteligente, capaz.
Sentimos-nos melhores dos que os outros, e nossa aparência física?
Quando você vê alguém obeso, isso incomoda você?
Você logo pensa que aquela pessoa é relaxada? Descuidada?
“... O conceito de beleza, não é baseado em nossa aparência física, existem muitos “belos e fortes” cujos espelhos são distorcidos e as mentes corroídas, malham sempre, fazem dietas irresponsáveis, nunca satisfeitos...”
“... A característica de um presunçoso é que, o que incomoda nos outros é o que ele tem por dentro...”
Soberbo: Arrogante, Orgulhoso.
Somos? Nosso orgulho nos impede de pedir perdão pelo que fazemos?
Só os outros precisam de admissão de culpa?
Blasfemo: Aquele que insulta a divindade ou o que é considerado digno de respeito.
Quantas vezes insultamos a Deus com nossas atitudes?
Deduzimos que blasfemar é declarar desrespeito para com Deus, mas e nossas atitudes; onde vamos, o que fazemos?
Desobedientes aos pais e mães.
A maior característica dos jovens de hoje é a desobediência, começam em casa e terminam com Deus, muitos estão caminhando para o inferno porque aprenderam em casa a desobediência, hoje expressam para com Deus.
Ingratos: Aquele que não aprecia o favor prestado, que não retribui o amor que lhe é dedicado.
Ingratidão é uma palavra que habita o coração daqueles que dirigem um povo, dos sacerdotes em qualquer parte do mundo.
Não existe um único líder que não tenha provado desse fruto amargo.
Somos ingratos? Somos sim!
Profanos: Aquele que deturpa ou viola a santidade.
Quando pensamos em profanação pensamos logo em templo, em santuário, pois bem, a palavra nos garante que somos santuários de Deus; quando nos embriagamos não o estamos profanando?
Quando usamos drogas (lícitas ou ilícitas), não é uma profanação?
Deturpamos a santidade pelo egoísmo do prazer.
Sem afeição natural: Não tem afeto “natural” pelo próximo.
Somos completamente frios com relação ao ser humano, na realidade é um paradoxo:
“... Os seres humanos não possuem humanidade, os animais irracionais possuem mais atitudes semelhantes do que o homem é por isso que um “pet” é tratado como um membro da família e uma pessoa não, as duas coisas são abomináveis...”
Irreconciliáveis: negadores do sacrifício de Cristo, incapazes de se renovarem.
Quantos se rebelam deixam a comunhão; por causa de problemas com o ser humano rompem com Deus, negam o sacrifício de Cristo a cada balada, a cada noitada, não assumem quem são.
Caluniadores: Afirmadores de falsidade e desonra a respeito de alguém.
Falar mal é fácil, é só começar, a desonra habita o coração de quem não tem identidade.
Sem domínio de si: sem controle das vontades.
Os desejos mandam.
Cruéis: Gostam de fazer o mal, atormentar, maltratar, insensível, causador de infelicidade.
Sem amor para com os bons.
A bondade incomoda, é melhor perseguir a assumir a maldade dentro de si.
Traidores: Capazes de romper relacionamentos pelo prazer da vantagem pessoal.
Existe uma infeliz e verdadeira frase de para choque de caminhão:
“... Os amigos se vão, os inimigos se acumulam...”
A traição sempre traz alguma vantagem para quem a pratica, é um ato desumano e egoísta.
Atrevidos: Sem respeito pelos outros.
O atrevimento hoje caminha livremente pelas escolas, pelas ruas, nos lares, nos asilos, enfim onde o homem “acha que pode”.
Orgulhosos: Aqueles que desvalorizam, que reagem com desprezo ao que não considera à sua altura, vaidade.
Incapacidade de admitir erros e promover reconciliação.
02 – De quem somos amigos?
Vs 4b – “... Mai amigos dos prazeres do que amigos de Deus...”
Enquanto trabalhei em uma casa noturna como caixa, pude ver o quanto a juventude está assim, a satisfação pessoal está acima de qualquer coisa, está acima da própria saúde, da família e do próprio Deus.
Jovens se drogando; embriagar-se é sinônimo de ser descolado, de que a balada foi boa.
Um final prostituto e infeliz em um motel qualquer é a noite completa.
Não lembrar-se de que transou a noite toda com várias pessoas por causa da embriaguês é sinônimo de vida bem vivida; bem vivida?
Infelizmente depois desse trabalho temporário, onde fiz muitos amigos, conversei com muitos bêbados, ouvi suas frustrações, suas dores, suas vidas loucas; vejo isso no meio dos jovens intitulados “cristãos”.
Vejo isso Nas baladas da vida se soltam, revelam seus desejos íntimos, à medida que o copo fica seco e o cérebro úmido do álcool que não devia estar ali.
Não é uma apologia ao: Diga não à balada e more na igreja!
Ma um protesto à essa “falsa liberdade” conseqüente das descrições do texto de II Timóteo.
Fico a me perguntar se um dia descobrirem uma vacina para a AIDS como serão as noites.
Se aquilo que nos separa de ter relações sexuais até com um chipanzé é o medo de contrair uma doença que mata.
Já imaginou um mundo sem DST? Que liberdade? Que Woodstock?
Afinal de quem somos amigos? Se o que nos separa desse evento não são os princípios de respeito pelo ser humano, mas apenas o medo das doenças pessoais?
De quem somos amigos? Se só imaginar que depois de uma noitada com tudo liberado é só tomar uma “pílula do dia seguinte” e pronto: Sem AIDS, sem DSTs, sem gravidez indesejada, sem ressaca! Já pensou? Uma pílula que devolvesse a saúde banisse a morte, acabasse com o mal estar, tudo novo?
O que me preocupa não é a invenção dessa droga, é que enquanto descrevo estas situações, muitos se contorcem na alma, com água na boca de vontade de chegar esse dia...
O que me preocupa é que poucos, muito poucos, diante desse relato, sentiram nojo de uma vida livre dos males que acompanham a noite, poucos sentiram incômodo com a possibilidade de tudo ficar “liberado” porque a medicina encontrou uma saída para que o homem tire o máximo de prazer do próprio corpo sem conseqüências.
De quem somos amigos?
Somos amigos de Deus?
Será que o anticristo não achará essa “pílula do dia seguinte”?
Será que quando ela for criada, seja em fora de uma droga ou de várias, muitos se venderão pela oportunidade de viver a vida “livre”? Livre?
De quem somos amigos?
Desfecho – Texto: II Timóteo 3: 7 – “... que aprendem sempre, mas nunca podem chegar ao conhecimento da verdade...”
Pessoalmente gosto muito dos trocadilhos, mas esse em particular gera pavor quando usado dessa maneira, nunca e sempre são palavra que levam o homem para o eterno, tem relação com Deus, conforme a forma usada nos coloca para “sempre” com Ele ou “nunca” perto D’Ele.
Diante de tantos fatos do texto, agora vamos usar o verso 7 a nosso favor.
Realmente se os pregadores escatológicos estiverem certos, dois fatos estão próximos a acontecer:
O fim dos tempos está ás portas, repentinamente chega amanhã!
O segundo fato é que é muito provável que até esses pregadores não vão subir para a glória.
Ora sejamos verdadeiros, de tudo que se relacionou no texto, não escapamos em nada!
Somos tudo aquilo e algo mais...
Não adianta posar de “bom moço” de pastor, bispo, apóstolo, porque isso é título que envaidece e atrapalha um bocado as mudanças pessoais.
Não adianta negar, é engano para si mesmo.
O desejo de pecado está no homem, a prática também, só nos resta a graça.
Quanto ao texto aprender sempre é uma característica positiva de quem, pelo menos nessa área, não é soberbo, não acha que sabe tudo.
Aprender sempre é bom, mas tem um alerta no texto, um giroflex de aviso:
Perigo
Aprender sempre sem objetivo gera a morte!
O objetivo de aprender é chegar...
Chegar ao conhecimento da verdade.
Verdade sobre nós.
Verdade sobre o mundo.
Verdade sobre o próximo.
Verdade sobre Deus
Verdade sobre a Verdade que liberta.
De que adianta conhecer a Verdade e não ser liberto por Ela?
Onde foi que a liberdade nos escravizou? Quando chegamos ao conhecimento da verdade, podemos até desejar tudo que o texto nos oferece, mas somos livres para dizer não.
A prova de que somos livres, de que chegamos ao conhecimento da verdade é o fato de rompermos com essa escravidão de ser “amante de si mesmo” (Verso 2) e ser amigo de Deus.
Convido-te para uma vida livre, te desafio para ser livre, para que o desejo do eu interior seja a amizade co Deus.
O restante? Tudo é acrescentado, não vai faltar nada!
“... O mais difícil não é romper com o “mundo” é romper consigo mesmo...”
O “conhecimento da verdade” está mais próximo do que o “fim dos tempos” está a um passo do hoje, basta reconhecer quem somos, e correr para a graça salvadora de Cristo.
Corra agora, fuja o mais rápido que puder do seu Eu, venha para Jesus o autor e consumador da nossa fé.
Nele não há nem sombra de variação, só segurança.
Se você não consegue, ficar sem “certas coisas” a melhor forma de se libertar é ficar longe delas definitivamente e ficar perto de Deus, Ele que ser seu amigo, mas teremos que romper com os prazeres.
Vale cada segundo perto de quem verdadeiramente nos ama,
Ele te ama,
Venha para Ele.
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