Introdução Histórica
Uma vez um
parente resolveu nos presentear com uma viagem para Camboriú, com tudo pago,
iríamos com o meu carro, mas a gasolina, pouso, alimentação, passeios
totalmente pagos, foi muito bom, muito prazeroso e divertido, dentre todas as
coisas lindas que me chamaram a atenção, uma em particular marcou minha vida,
uma daquelas lições de vida que só aprendemos na prática da vida.
Creio que
nunca mais esquecerei, e fica aqui seu registro, foi durante a inda para lá,
Durant a viagem de ida, quando mudamos de Estado, a velocidade permitida
aumentou e eu como bom motorista apertei o pé e fui rapidamente para a máxima,
durante o caminho ao longe avistei um pássaro na pista, ele estava no meio da
rodovia nas faixas, não dei muita importância e continuei, à medida que me
aproximava aquele pássaro não alçava vôo, continuava ai parado.
Era como
se estivesse desafiando o próprio medo, não voava, quando consegui definir o
pássaro era um “Quero Quero”, fiquei chocado:
– Ele não
vai voar?
– Esse
bicho voa por qualquer coisa!
Tudo isso
em questão de segundos, mas lembro de cada imagem e pensamento.
À medida
que o carro se aproximava, mais intrigado ficava com aquela atitude:
- Porque
ele não voa? Ele pode morrer!
- Se ele
vir para o meio da via não poderei desviar!
Quando eu
estava a uns 20 metros ele abriu as asas, não para voar, abriu como se quisesse
aumentar de tamanho, como se quisesse me intimidar, abriu as asas e colocou a
cabeça para frente como se fosse me atacar.
Fiquei
espantado! Ele não voou! Passei por ele e ele acompanhou o carro no chão!
Passei a
mais ou menos um metro dele, ele só girou acompanhando o carro, como se tivesse
me vencido e me espantado.
Porem avia
mais de um desafio em jogo, havia mais que um duelo por território ou “ego”,
era uma fêmea e quando passei por ela consegui ver perto dela dois filhotes,
bem pequenos, como pintinhos.
Eles ao
verem o carro correram pra perto dela, e ela ficou lá, dura, intacta.
Quando
olhei pelo retrovisor ela estava lá, no chão, olhando meu carro, de asas
abertas, encaminhando os seus filhotes para o outro lado da pista.
Em meus
pensamentos muitas coisas passaram, mais um da parte de Deus atingiu meu
coração em cheio, Ele falou alto e claro sobre um texto que explicou tudo.
Confesso
que fiquei pasmo diante daquele pássaro, ele estava disposto a morrer para
salvar seus filhotes, a sabedoria de Deus inundou minha alma e me trouxe um
texto belíssimo dito por Jesus:
Texto: Lucas 13:34 “... Jerusalém, Jerusalém, que matas os profetas e apedrejas os que te
foram enviados! Quantas vezes quis eu reunir teus filhos como a galinha ajunta
os do seu próprio ninho debaixo das asas, e vós não o quisestes!...”.
01 – O convite:
Esse texto em Lucas é
um convite ao órfão, ao solitário e errante.
É como um jovem
estranho que olha para nós estende os braços, abre um sorriso e espera.
Quando nos atemos
àquele ato, vemos em sua camiseta um convite:
- Abraço Grátis!
O problema com esse
tipo de convite é tudo o que implica: um toque em um estranho, a desconfiança
baseada em nossas malícias interiores, o fato interno de alto-afirmação, a
“desnecessidade” do próximo, nossas alto-afirmações de que não precisamos do
outro, de que somos uma ilha e ainda a ingênua e medíocre interpretação de que
o carente é esse coitado implorando por abraço:
- Deve ser órfão!
- Não deve ter nenhum
amigo!
- Deve ser odioso!
Não é estranho esse
raciocínio, Jesus ofereceu o abraço, mas nós só conseguimos ver a sua
comparação:
Uma galinha, uma “burra”
galinha que não tem quase cérebro e que não enxerga um palmo de seu bico; não
enxergamos sua coragem, seu enfrentamento.
Para muitos hoje
acostumados a comprar frango no mercado, cujo conhecimento se estende à
avicultura industrial:
Ovos – Chocadeira –
Pintinhos “Órfãos” – Engorda e Abate.
Tem gente que nunca
viu uma galinha cuidando de um filhote.
A galinha pode ser
“burra”, mas tem um “amor” por assim dizer incrível.
Ela põe os ovos e fica
no ninho chocando, porem para que os ovos nasçam ela precisa deixá-los
aquecidos e para isso ela fica “doente”, atinge seu limite vital em febre, tudo
isso pelos ovos.
Quando nascem ela os
ensina a caminhar e se alimentar, os protege com a própria vida se preciso for.
Quando chove ela os
abriga de baixo de suas asas, ela fica toda molhada mais seus filhotes secos e
aquecidos.
À noite ela não sobe
mais no poleiro seguro, ela fica no chão com seus filhotes sempre debaixo de
suas asas.
Ela pode ser “burra”,
mais “ama” mais que a própria vida.
Desfecho: Texto: Mateus
23:37-39 “... Jerusalém, Jerusalém, que matas os profetas e apedrejas os que te
foram enviados! Quantas vezes quis eu reunir os teus filhos, como a galinha
ajunta os seus pintinhos debaixo das asas, e vós não o quisestes!
38 Eis que a vossa casa vos
ficará deserta.
39 Declaro-vos, pois, que,
desde agora, já não me vereis, até que venhais a dizer: Bendito o que vem em
nome do Senhor! ...”.
Parece o mesmo texto, mas o primeiro foi
dito durante sua vida como um convite:
- Vinde a mim.
Como a galinha chamando seus filhotes para
debaixo de suas asas.
Agora este texto é uma despedida e uma
promessa de amor:
- Vou morrer por vocês e vocês ficarão sós.
- Só me verão novamente quando eu voltar
pra vos buscar.
Poderíamos caminhar para uma vasta gama de
interpretações e exortações, mas eu quero separar apenas uma semente, uma única
semente para finalizar esse assunto.
Não quero empobrecer o texto, apenas
separar uma única semente do pote e plantá-la no fundo do seu coração.
O primeiro texto foi um convite e uma
despedida:
- Eu quis trazer vocês para debaixo das
minhas asas.
- Vocês estão só quero vos proteger,
acolher e amar.
- Eu vou morrer por vocês e vocês sentiram
minha falta, a casa vai ficar vazia, mais não para sempre, vou voltar pra vos
buscar.
Hoje um convite especial:
- Eu provei o meu amor por você, e o
convite esta de pé, venha para debaixo de minhas asas.
- É você que não quer, eu continuo de
braços abertos.
Texto: Mateus 11:28“... Vinde a mim, todos os que estais cansados e
sobrecarregados, e eu vos aliviarei...”
Parafraseando:
- Vinde a mim os órfãos, os perdidos, os
desorientados, os cheios de justiça própria, os que acham que um pouco de
dinheiro, poder ou beleza possuem alguma coisa.
- Vinde a mim os homossexuais e os homo
fóbicos, as prostitutas e os prostitutos.
- Vinde a mim os certinhos e os errados,
bêbados, adúlteros e fracos.
- Vinde! Eu quero acolhe-los como a galinha
acolhe seus filhotes, quero protegê-los como o “Quero-Quero” que de braços
abertos enfrentou o impossível por você.
- Vinde a mim!
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