segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Verso e Prosa


Introdução Histórica

Durante o pequeno período que tive a oportunidade de tirar férias depois de poucos dias comecei a ter sonhos espirituais à noite durante meu sono.
Em uma das noites tive vários sonhos em um deles eu estava em um congresso e o líder daquele evento veio até a mim e me entregou um saquinho com moedas, depois disso eu agradeci, ao me distanciar aquele homem me chamou pelo nome estendeu sua mão para a minha e quando a peguei ele começou a orar pela minha vida.
Suas palavras foram tão profundas que comecei a chorar e chorar tão alto que acordei com a emoção do momento, sinceramente gostaria de ter ficado mais tempo recebendo aquela oração.
Acordei cheio do Espírito Santo com sentimentos extremamente agradáveis na alma, memorizei tudo e voltei a dormir.

Tive outro sonho de treinamento de batalha espiritual, memorizei-o como o primeiro e voltei a sonhar eu estava pregando para um grupo de universitários e enquanto eles chegavam ao lugar em que eu traria a palavra, eu dava uma introdução histórica sobre a temática, como aqueles sonhos em que a gente fica a procurar algo, repentinamente o texto principal havia sumido.
Passei um bom tempo a procura-lo e acabei por acordar com aquela sensação de perda, rapidamente corri para minha bíblia e comecei a procura-lo, sabia que era importante, indispensável para aquele grupo que esperava por ouvir em meu sonho.
Lembro-me que na introdução eu os havia prevenido que a palavra para eles naquele dia não seria prazerosa de ouvir, que os incomodariam bastante, mas era necessária e indispensável para eles e era a vontade de Deus para eles.

Bem cedinho enquanto procurava o texto tive uma conversa bem próxima com meu Abba me deparei com um texto que me choca e ao mesmo tempo traz movimento aos ossos secos:

Entretenimento essa é a palavra.

Texto: Ezequiel 33:30-33 “... O SENHOR disse: —Homem mortal, quando os seus irmãos conversam perto das muralhas da cidade ou na porta das suas casas, eles falam de você. Eles dizem: “Vamos saber o que o SENHOR tem para nos dizer agora.”
31  Assim o meu povo se ajunta em grande número para ouvir o que você tem para dizer, mas eles não querem pôr em prática o que você diz. “Ele fala bonito” — eles dizem, mas o que querem é ganhar dinheiro.
32  Para eles você não passa de um cantor de canções de amor ou tocador de harpa. Eles ouvem o que você diz, porém não fazem nada daquilo que você manda.
33  Porém, quando acontecer tudo o que você diz—e vai acontecer mesmo—,aí eles ficarão sabendo que um profeta esteve no meio deles.
                                                                                                (Nova Tradução da Linguagem de Hoje)

30  Quanto a ti, filho do homem, os filhos do teu povo falam de ti junto às paredes e nas portas das casas, e dizem uns para os outros: Vinde, rogo-vos, e ouvi qual seja a palavra que procede do Senhor.
31  Eles vêm ter contigo como o povo costuma vir, e se assentam diante de ti como o meu povo, e ouvem as tuas palavras, porém não as põem em prática; pois com a sua boca professam muito amor, mas o seu coração segue a sua ganância.
32  Eis que tu és para eles como quem canta canções de amor, que tem voz suave e toca bem; porque ouvem as tuas palavras, mas não as põem em prática.
33  Quando isto suceder, eis que está para suceder, saberão que houve entre eles um profeta.

   1º – O que ir ao culto quer dizer para nós?

Nós vamos à igreja para quê?
Qual é nossa real motivação de estar em um culto?
Realmente queremos saber o que Deus tem para nos dizer?
Acreditamos de fato que Deus fala alguma coisa?

Existe uma diferença entre “ir a um culto” e “prestar culto”, quando “vamos” a um culto nós o assistimos, estamos ali por entretenimento e cada um “curte” o que gosta e critica o que não gosta, quando o culto não foi “satisfatório” logo aparece nossa real motivação:
- Muito parado, faltou agitação no louvor!
- Agitação demais, esse povos não tem solenidade diante de Deus.
- O som estava muito alto esse povo é surdo?
- Hoje o pastor não estava ungido, não falou nada para mim...
- O povo desse lugar não carrega a bíblia?

Prestar culto é diferente, a responsabilidade da adoração não é do ministro de louvor, não é da banda, o foco principal não é se Deus vai falar para mim, se vou chorar, se vou cair, o foco principal é a vontade de Deus:
- Será que Abba está gostando do meu canto?
- Vou bater palmas para Ele!
- Hoje os músicos estavam empolgados, o som tremeu tudo, será que Abba gostou?
- Mal espero a hora da pregação, quero ouvir Abba falar, o que Ele falará?
- Preciso ajudar meu irmão a adorar, assim Abba virá nos ver hoje?
- Aleluia!
- Glória a ti meu Pai!
- Meu Abba!
- Venha o teu Reino!
- Seja feita a Tua vontade e não a minha!

Sejamos francos, estamos mais para a primeira alternativa, somos apreciadores de culto e não prestadores.

   2º – Usos e Costumes o culto ao Ego.
   31  Eles vêm ter contigo como o povo costuma vir, e se assentam diante de ti como o meu povo, e ouvem as tuas palavras, porém não as põem em prática; pois com a sua boca professam muito amor, mas o seu coração segue a sua ganância.

Como vamos à igreja?
Como o povo “costuma ir”?
Somos cristãos de fato? De prática?
Ou apenas pasceremos cristãos?
Ouvimos a palavra, Gritamos “glória a Deus”, “fala Deus”, “queima Jesus”, mas se realmente Jesus nesse momento viesse queimar nossa obra sobraria alguma coisa além do eco de nossas palavras vãs?

Muito mais que apresentar nossos corpos apenas fisicamente presentes precisamos urgentemente de uma mudança de rota.
O povo está a passos largos para caminhos que supram seus próprios interesses, há muito tempo estão distante da verdade, professam a verdade, cantam a verdade, mas é apenas verso e prosa, nada mais.

“... O tal chamado culto ganhou novos nomes e promessas vis, vazias da vontade de Deus, atribuem a Ele os milagres somente e apenas porque se atribuíssem a si mesmos a massa cega pelo pão e circo começaria a enxergar algo errado, mas Deus não tem nada a ver com isso, o culto é ao deus Narciso, à deusa Fortuna e o deus Destino...”. (Isaías 65:11)

O que estamos fazendo? O que você está fazendo quando vai a um culto?
A quem vai ouvir, um poeta? Uma música nova?
O que convém? É um hábito?

Desfecho: Verso 32 e 33 “... Eis que tu és para eles como quem canta canções de amor, que tem voz suave e toca bem; porque ouvem as tuas palavras, mas não as põem em prática.
33  Quando isto suceder, eis que está para suceder, saberão que houve entre eles um profeta.

Praticar! Essa é a palavra!

“... Aquele que pratica é semelhante ao homem que construiu sua casa emocional e espiritual sobre a rocha, quando vieram as tempestades e as enchentes da vida e deram com força sobre a casa ela permaneceu em pé, havia algo mais que apenas uma casinha, seu alicerce de relacionamento do Deus estava firme, profundo...”.




“... Aquele que não pratica, entra e sai apenas ouvindo é semelhante ao homem que construiu sua casa emocional e espiritual sobre as areias da praia, tinha uma visão privilegiada do nascer do sol, mas quando vieram às ressacas do mar não aguentou a primeira batida das ondas, não havia nada debaixo daquelas paredes, apenas areia, nenhum relacionamento com Deus, apenas uma aparência rasa e superficial, uma máscara que esconde bem as verdadeiras intenções e nada mais...”.

Se a pregação está dizendo que este ano será ano de crescimento é porque será!
Se a pregação está dizendo que aqueles que obedecerem a Deus crescerão, que aqueles que se submeterem à vontade de Deus para suas vidas crescerão, significa também que aquele que não obedecer não crescerá, servirão de testemunho entre o que obedece e o que não obedece.

Chega de ouvir poesia, é hora de colocar em prática o que se escuta, não é para praticar apenas um dia, é para sair e fazer, então faça!
Quando começar a acontecer todos saberão que havia um profeta no meio do povo!
Como você quer ver o testemunho? No outros ou em você?
Exatamente agora é a hora de se arrepender e confessar o culto ao Ego e começar a prestar culto verdadeiro a Deus, estabelecer relacionamento profundo com Ele e fazer a sua vontade.
Comece!

Um comentário: