Parado, na esquina de uma rua em Londres, G. K. Chesterton foi abordado por um repórter de jornal:
Senhor, sei que recentemente se tornou cristão. Posso fazer uma pergunta?
Certamente — replicou Chesterton.
Se o Cristo ressurreto aparecesse repentinamente, e nesse mesmo instante estivesse em pé atrás do Senhor, o que faria?
Chesterton olhou bem nos olhos do repórter e disse: — Ele está.
Introdução Histórica
Esse é o fato mais real a respeito da vida! Da nossa vida!
O ressurreto entre nós... É isso! É por isso que estamos aqui!
É o motivo, ou deveria ser, o motivo principal de um culto, do nosso culto...
O Cristo que andava pela Galiléia é o Único que permanece ao nosso lado hoje aqui e agora...
Nossa fé não pode, nunca, ser lógica ou teológica, o Cristo da história tem que ser o Cristo da fé.
Marcos 16:6 - “... Entrando no sepulcro, viram um jovem assentado à direita, vestido com um manto branco, e ficaram espantadas.
Ele lhes disse: - Não vos assusteis. Buscais a Jesus, o Nazareno, que foi crucificado. Já ressurgiu! Não está aqui. Vede o lugar onde o puseram...”.
1 – A vida de Jesus não pode ser apenas um acontecimento histórico. (Passado)
É por isso que, na maior parte do tempo, a ressurreição significa pouco para nós.
É algo remoto e isolado, que para a maioria das pessoas não significa nada...
A igreja o reverencia e homenageia uma vez por ano, ao invés de celebrar todos os dias.
Me preocupa... será que hoje o estamos reverenciando?
Não seria uma celebração pela vida, todos os dias?
Não seria por essa razão que o cristianismo é tão desprezado?
Nossa fé não seria teórica? Morta?
Vivendo à própria sorte?
2 – O foco da ressurreição de Jesus não pode ser a esperança na garantia da nossa ressurreição.(Futuro)
Deus não fez o homem para viver no futuro...
Isso não quer dizer perder a esperança da glória, mas após ter tido a compreensão dessa salvação, viver no presente...VIVER!
Viver com os olhos no céu empurra o Ressurreto para o futuro, sua ressurreição significa pouco para nós no hoje.
Limitar a ressurreição ao passado ou futuro torna a presença ressureta de Jesus irrelevante para nós.
Vivemos à sorte o hoje e perdemos sua presença nos acontecimentos comuns da nossa rotina diária.
3 – A ressurreição tem que ser sentida, percebida com a presença do ressurreto, não pode ser um ato de saber, isso não é fé.
A percepção da presença de Jesus não acontece com o conhecimento histórico.
Esse conhecimento nem deveria interferir, ou mesmo ter importância.
Isso não é uma apologia à preguiça do saber, tampouco não diminui o fato, não menospreza o preço pago.
Mas “saber para crer” não seria uma inversão perigosa?
Se nosso encontro com Jesus tivesse sido em cima de um cavalo...
Como o teve o apóstolo Paulo, com sua visão contrária ao cristianismo, nossa fé seria viva, indestrutível!
Sem ter noção de quem era Jesus, sem o nosso “precioso saber”, teve “o encontro” com o ressurreto.
Será que com o conhecimento que temos hoje do “Jesus histórico”, Paulo teria a mesma fé?
Baseado em nossas vidas tacanhas – um sonoro – NÃO!
Ele seria mais um cristãzinho dos nossos dias.
DESFECHO – Mateus 28:20 – “...E certamente estou convosco todos os dias, até a consumação do século..”.
Devemos ter a fé de que Ele está ativamente presente em nossas vidas.
Se a nossa fé for viva e luminosa, estaremos alertas para os momentos, eventos e ocasiões em que o poder da ressurreição se manifesta em nossas vidas.
Nossa fé distraída deixa de notar as maneiras sutis pelas quais Jesus nos chama a atenção...
Nossa fé atenta ao presente deixa nossa esperança vívida quanto à vida eterna, não fica tão distante e perdível para a nossa vida falha.
Uma vez um teólogo me disse:
“... A salvação a gente perde e ganha todos os dias...”.
Que vida perdida, infeliz, medida pelo próprio insucesso humano, muito conhecimento, nenhuma vivência com o Ressurreto.
O que Jesus propõe com esse texto, é viver no presente com Ele.
É o despertar para sua presença!
Porque temos que afirmar sempre que “Ele está no meio de nós”?
Porque por mais que falamos, não acreditamos.
Existe um Tomé em nós, que olha para o futuro duvidoso, que tenta acreditar no passado e nos empurra para uma vida presente vazia.
A presença do Ressureto é aquela que segura nossa mão nas horas mais tenebrosas de nossas vidas, nas falências, fraudes e perdas irreparáveis.
Ele não é uma memória, é uma presença!
É um amigo que compreende o que é ser humano e viver nesse mundo tenebroso.
“...As aparentes frustrações em situações, previstas ou imprevistas, de doença, desentendimentos, mesmos nossos pecados, não frustram a realização de nossas vidas escondidas com Cristo em Deus...”.
“... É a oração da consciência simples, que não temos de chegar a lugar algum porque já chegamos lá, o encontramos e isso basta...”.
“...Existe um impulso de contar a história da salvação quando começamos a escutar o coração de Jesus pulsar dentro de nós.
Contar a história não requer que nos tornemos ministros ordenados ou pregadores empolgados nas praças, nem exige que tentemos convencer as pessoas por meio de marretadas da bíblia.
Significa apenas compartilhar como era nossa vida e o que aconteceu quando conhecemos o Jesus ressurreto vivo e amigo...”.
“...Viva a vida, comece hoje, perceba Jesus e conte a “tua” história, o mundo precisa ver a fé viva, agindo em você, por meio de um comportamento diário comum porém vivo e cheio do Ressurreto...”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário