segunda-feira, 22 de novembro de 2010

A Melhor de Todas as Escolhas



Texto: Lucas 10:38-42 “... Caminhando Jesus e os seus discípulos, chegaram a um povoado, onde certa mulher chamada Marta o recebeu em sua casa.
39 – Maria, sua irmã, ficou sentada aos pés do Senhor, ouvindo o que ele ensinava.
40 – Marta estava inquieta, ocupada com os muitos afazeres. E aproximando-se de Jesus inquiriu-lhe: “Senhor, não te importas de que minha irmã tenha deixado só com todo o serviço? Peça-lhe, portanto, que venha ajudar-me!”
41 – Orientou-lhe o Senhor: “Marta! Marta! Andas ansiosa e te afliges por muitas razões.
42 – Todavia, uma só causa é necessária. Maria, pois, escolheu a melhor de todas, e esta não lhe será tirada...”. Tradução King James

1 – Todos recebemos Jesus em casa... Vs 38

Esse é um fato quase unânime, de alguma forma, e em quase todas as religiões, se perguntarmos sobre Jesus, responderão que o receberam sim.
É o mesmo caso com Marta, foi ela que o recebeu em sua casa, Ela aceitou sua presença, e ao que tudo indica, devido ao fato dessa atitude altruísta, Jesus se tornou amigo intimo da família.
Foi devido à sua que Lázaro tornou-se um amigo amado e íntimo de Jesus, foi sua escolha que ressuscitou Lázaro, foi sua escolha...

Qual é a sua escolha?
Talvez respondamos de pronto: É claro que escolho Jesus!
Escolhemos mesmo?
Não seria essa escolha uma atitude religiosa, mecânica ou político/social?

Religiosa porque nascemos aprendendo a escolher para satisfazer as expectativas do Pastor, do Padre ou ancião, ou mesmo um patriarca praticante.

Mecânica porque foi automatizada em nosso sistema de defesa, implantamos isso como necessidade primária, talvez você pense:
- Mas não está certo? Não é uma necessidade primária?
- Sim e não! Precisamos de Jesus, precisamos muito mais e além de nossa compreensão, mas jamais pode ser mecânica, nunca pode ser automática.
Precisamos escolher, precisamos decidir com a razão e emoção.
Você ficaria feliz se lembrassem de seu aniversário e lhe trouxessem um presente? Você se alegraria se a pessoa lembrasse-se de você durante a semana e te ligassem ou enviassem uma mensagem?
Mas e se o lembrete de aniversário fosse programado em seu computador? Se soubesse que o presente de aniversário dado na empresa fosse uma ordem do departamento pessoal e cujo emprego estaria em risco, caso a funcionária responsável não o fizesse?

E se a saudação de aniversário foi enviada para seu email, por uma empresa cujo cadastro você mesmo preencheu e a mensagem em questão, nem passou pelos olhos de algum funcionário, mas foi executada por um programa de computador?
Você já recebeu um cartão de Feliz Aniversário, enviado por um político em véspera de ano eleitoral?
Vai me dizer que escolher Jesus é algo que tem que ser automático?

Político/social porque sempre tem alguém perto de nós que desejamos agradar, ou por assim dizer, “fazer média”, ou “pontuar”...
Achamos mesmo que o escolhido em questão está feliz com nossa escolha, sendo Ele objeto de interesse para um fim pessoal?
Você gostaria de ser um degrau na vida de alguém?
Jesus Objeto, essas são nossas escolhas.

Marta não recebeu em casa Jesus o Cristo, ou o Messias, O seu Salvador, Marta por tradição cultural recebeu um peregrino em sua casa, ela não tinha consciência revelada de quem era aquele homem.

No Maximo ela recebeu conscientemente um mestre peregrino, como um monge budista de aeroporto.
Com certeza ela não sabia quem era que estava em sua casa.

Você sabe quem é Jesus para escolhê-lo?

2 – Olhando nos olhos... Vs 39

O contraponto da questão de consciência revelada acima é que Jesus tem brilho próprio, sua voz é como a voz da vovó cantando pra gente dormir, ou como o cheiro doce do bolo de chocolate saindo do forno, ou então o cheirinho de café que entra pelas frestas do quarto qual desenho animado e quase nos leva flutuando para a cozinha onde a caneca está cheia, o pão de queijo quentinho, a mesa farta e a companhia amada à frente.

Era isso que estava acontecendo com Maria, estava “encantada”, aquela voz era como um copo d’água gelada em meio a um dia sequíssimo e quente, estava apaixonada por aquele homem estranho, de olhar doce, voz aveludada, sorriso puro e presença firme que traz segurança.
Como eu queria ver esse olhar!
Queria do fundo do meu coração estar naquele lugar, com inocência de alma, sem a contaminação da religião, da mecânica ou política/social, só estar ali, com a mente vazia de protocolos, sentado no chão, cotovelos nos joelhos segurando o queixo, completamente encantado, como uma criança hipnotizada pela história do bom contador.
Dá pra compreender que a situação já demonstrava um milagre, ela não sabia quem era Jesus e suas palavras estavam penetrando sua alma sedenta, ela nunca tinha escutado algo assim de alguém em toda a sua vida.

O verdadeiro amor fluindo no ambiente, sem expectativa alguma, só amor, ela não esperava nada de Jesus, não sabia quem ele era, ao contrário de nós, que se isso acontecesse hoje, com toda a nossa consciência religiosa, no mínimo lhe entregaríamos uma lista de necessidades como as crianças fazem para os Papais Noéis dos Shopping Centers, mesmo que em meio a cânticos de adoração e tudo mais. Isso me lembra dos nossos cultos e nossas igrejas...
Você realmente consegue olhar nos olhos de Jesus como diz a canção, se jogar em seus braços e sorrir em meio ao giro D’Ele conosco, rindo e sorrindo?
Conseguimos realizar essa façanha infantil, pura e desprovida de religião?



3 – A inquietação das escolhas erradas Vs 40

Quer deixar um irmão furioso é ter um irmão folgado, que fica com a dobrada tarefa de fazer o que o outro deveria.
Esse era o pensamento que enfurecia Marta, ela não deu confiança para Jesus, ela estava preocupada com a tribulação que ele trouxe, afinal, apareceu der repente, a casa estava suja, não havia nada especial para oferecer ao peregrino, e se os vizinhos soubessem que o peregrino não foi bem recebido?
E a tradição? Temos que receber como a um rei um peregrino!
Um dia nossa nação não tinha pátria e precisou de abrigo, devemos sempre dar abrigo a quem nos pede, essa é a lei...
“... - E a dona Zefa duas casas abaixo que espia tudo do muro baixo, já pensou se ela fica sabendo que um peregrino esteve em casa e a casa não estava preparada e a comida não foi bem servida?
A fofoca ia espalhar em toda a região...
E essa folgada ai, sentada, é uma preguiçosa mesmo! RRRR!
- Você não vai falar nada?! Explodiu Marta.
Manda ela me ajudar, to fazendo tudo sozinha! Quem ela pensa que é?...”

A questão que me chama atenção neste ponto de nossa peregrinação pelo texto é o que as nossas escolhas nos proporcionam.
Marta agora, de boa anfitriã, agora amarga, ranzinza, acinzentada, com o coração duro, raivosa, cheia de ansiedades e aflições por muitos motivos como disse Jesus no verso 41.

 “... O sentido das nossas vidas depende das escolhas que fazemos ao longo de nossa jornada...”.
“... São as nossas escolhas que norteiam nossas vidas, nosso futuro depende disso...”.

As suas escolhas estão te trazendo ansiedade e aflição?
Algo então está errado com suas escolhas.
Seja sincero se suas escolhas fosse outras, você estaria assim? Como Marta?
Você está amargo, ranzinza, acinzentado, coração duro, raivoso, ansioso, aflito?
Posso garantir, é o fruto de escolhas erradas.

Desfecho: Vs 41 – “... Orientou-lhe o Senhor: “Marta! Marta! Andas ansiosa e te afliges por muitas razões.
42 – Todavia, uma só causa é necessária. “Maria, pois, escolheu a melhor de todas, e esta não lhe será tirada...”.

O que tem te afligido?
Jesus estava ali, sua voz era a mesma ouvida pela Marta, mas ela estava com o coração tão poluído, com o pensamento tão atingido por muitas razões pessoais, e expectativas que não conseguia ouvir Jesus.
Conseguimos ouvir Jesus? Em nosso dia a dia?
Ou nossos pensamentos estão tão cheios de razoes pessoais que mesmo que Ele aparecesse em corpo, não o veríamos nem ouviríamos?
Como está sua vida?
O próprio texto é uma “orientação” de Jesus.

Como a música diz:
“... Troquei as cores ao redor pra te mostrar.
Criei formas pra fazer você ver e entender.
Eu tentei falar, dando sons a minha voz.
“Você não me ouviu, mas continuo a te esperar...”.

Percebo que Espírito Santo insiste nesse assunto, entendo que é prioridade para Deus se comunicar com o homem, se comunicar com você, comigo...
Tudo à nossa volta está envolto em sinais, nos chamando atenção para o seu amor incondicional, Ele continua a estender suas mãos...

“... - Uma só causa é necessária...” - Disse Jesus...

Qual é a sua causa?
Disse um pensador: Simplifique sua vida.
Pois eu digo que essas palavras são a expressão contextualizada do que disse Jesus para Marta.
“... - Você não precisa de mil razões, precisa de apenas uma...”.

A razão de Maria era e sempre será suficiente para quem tem sede, qual será sua escolha?
O próprio Jesus disse:
“- Ela escolheu a boa parte, não vou tirar isso d’ela, porque você não para tudo e senta aqui com sua irmã?”

Querido estamos cercados de escolhas todos os dias, corremos par todos os lados, desesperados, esperando um pouco de solidariedade, o Mestre dos relacionamentos nos diz em alto e bom som:
 “... - Para e senta, fica aqui comigo...”.

Sabe aquela voz é como a voz da vovó cantando pra gente dormir?

Ou aquele cheiro doce do bolo de chocolate saindo do forno?

O cheirinho de café que entra pelas frestas do quarto qual desenho animado e quase nos leva flutuando para a cozinha onde a caneca está cheia, o pão de queijo quentinho, a mesa farta e a companhia amada à frente?

É esse o convite!
Essa é a voz!
Essas são as cores que Ele trocou pra nos mostrar!

Ele continua a nos esperar...

Esse é o convite:
Sentar aos pés de Jesus e não sair mais...
Completamente “encantado”, hipnotizado pelo contador de histórias.
Ouvir a voz mais doce e aveludada do planeta.
Sentir as entranhas esfriarem do calor da vida dura, como o copo d’água gelada em meio ao dia quente.
Se apaixonar pela voz de um homem estranho, pelo menos para religião.
Encontrar o olhar doce, inexplicável.
Retribuir seu sorriso puro.
Se aconchegar em sua presença firme que nos traz segurança.
Ter um amigo verdadeiro.
Ganhar a paz que excede o entendimento.

“... Maria escolheu a melhor de todas as causas e não lhe será tirada...”.

E você? Qual causa vai escolher?

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