terça-feira, 9 de novembro de 2010

Se Eu Pudesse Imaginar...


Texto: Lucas 15:11 “... Jesus continuou: Certo homem tinha dois filho.
12 - O mais moço deles disse ao pai: Pai, dá-me a parte dos bens que me pertence. E o pai repartiu os bens entre os dois.
13 – Poucos dias depois, o filho mais novo, ajuntando tudo, partiu para uma terra longínqua, e ali desperdiçou os seus bens, vivendo dissolutamente.
14 – Tendo ele gastado tudo, houve naquela terra uma grande fome, e começou a padecer necessidades.
15 – Então ele foi e se chegou a um dos cidadãos daquela terra, o qual o mandou para os seus campos a apascentar porcos.
16 – Ele desejava encher o estômago com as alfarrobas que os porcos comiam, mas ninguém lhe dava nada.
17 – Então, caindo em si, disse: Quantos trabalhadores de meu pai têm abundância de pão, e eu aqui pereço de fome!
18 – Levantar-me-ei, e irei ter com meu pai, e dir-lhe-ei: Pai, pequei contra o céu e perante ti.
19 – Já não sou digno de ser chamado teu filho; faze-me como um dos teus trabalhadores.
20 – Então, levantando-se, foi para seu pai. Quando ainda estava longe, viu-o seu pai, e se moveu de íntima compaixão e, correndo, lançou-se-lhe ao pescoço e o beijou.
21 – O filho lhe disse: Pai, pequei contra os céu e perante ti, já não sou digno de ser chamado teu filho.
22 – Mas o pai disse aos seus servos: Trazei depressa a melhor túnica e vesti-o com ela, e ponde-lhe um anel na mão, e sandálias nos pés.
23 – Trazei o bezerro cevado, e matai-o. Comamos, e alegremo-nos.
24 – Pois este meu filho estava morto e reviveu, tinha-se perdido, e foi achado. E começaram a alegrar-se.

1 – Separação – Quanto vale a comunhão? Vs 11- 13

Interessante como o homem passa sua vida em busca da independência, tomar as próprias decisões, fazer o próprio futuro.
Nossa vontade é e sempre será a independência de tudo.
Quando bebês queremos vencer o andador e caminhar sem apoio.
Quando crianças queremos a liberdade de brincar, sem banho, sem hora de dormir.
Quando adolescentes queremos a liberdade de poder sair e se divertir, sem hora de voltar para casa.
Quando jovens queremos sair de casa, ter o nosso espaço, sem interferência dos pais.
Essa foi à questão principal do coração daquele jovem, ele queria poder fazer o que quisesse com sua herança, não queria esperar seu pai morrer, desejava usar o dinheiro como bem quisesse.
O pai bondoso, amoroso, mesmo sabendo que sua atitude iria trazer conseqüências, liberou o dinheiro.
Como próximo passo o jovem foi embora, fico imaginando o pai, com o coração triste, partido e vazio, seu filho foi embora, ele não estava preocupado com a partilha da herança, agora era um pai de coração partido, triste.
O jovem sem sabedoria, sem maturidade para usar o dinheiro como fonte de renda e sustento, nem pensou que um dia o dinheiro acabaria.

E a pergunta que me vem à mente:
Será que vale a pena trocar relacionamentos por dinheiro e prazer?
Vale realmente o preço, dar as costas para o relacionamento em função de desejos pessoais e egoístas?
Quanto vale nossa comunhão? Por quanto seríamos capazes de vendê-la?
Que moeda paga nosso preço? Temos preço?

2 – Vão-se os anéis... Vs 14-19

“... Como é a mais pura verdade humana, somos materialistas, egoístas, avarentos, e os anéis podem ir, desde que os dedos fiquem para colocar novos anéis...”.
Não é um apelo à inércia, ou crítica à motivação que tira o homem do buraco para a virada, é o egoísmo dos dedos mesmo, sempre ter um lugar para ostentar autoridade, poder e prosperidade.

Foi o que aconteceu com o jovem agora um pródigo, pródigo não significa arrependido ou qualquer coisa do gênero, pródigo significa: aquele que dissipa seus bens, que gasta mais que necessário, esbanjador.
Gastou tudo com a prodigalidade que morava em seu coração, não estava feliz com sua casa, com seu pai, inda que extremamente amoroso, não achava necessário toda aquela administração.
O jovem queria viver a vida, queria respirar.

Assim somos nós em relação ao Pai, por mais amoroso que ele é, mesmo diante da maior prova do seu amor, queremos independência, não queremos viver em comunhão com nossos irmãos, não queremos saber sua vontade, afinal teremos que fazer ou deixar de fazer algo...
Queremos fazer nosso destino, não queremos a “obrigação com a comunidade”: freqüência, horário, dar satisfação, amar que não gostamos, testemunho, dízimo...
Queremos fazer as coisas do nosso jeito, no nosso tempo, queremos ir à igreja quando dá vontade, apesar de nunca a termos, e as coisa funcionam assim: Não aperta que eu espano!
Já observou que somos assim?
Que em nosso íntimo desejamos a independência de Deus?
O problema com a independência é que ela nos leva a miséria nos relacionamentos, não vivemos mais no amor e começamos como o jovem pródigo a desejar a ração dos porcos, perdemos o respeito, em todos os sentidos, pelo ser humano, por nós mesmos e por Deus.
Responda com verdade: Você já está na fase da grande fome?
Insaciada e desejosa de qualquer coisa?
Deus tem coisa melhor que alfarrobas de porcos, com certeza, mas é necessário fazer o caminho de volta mesmo que seja com a intenção de saciar a fome, assim como o jovem, não se importava mais em ser filho só queria comida e dignidade de ser gente.
E nós já estamos na fase de voltar mesmo que seja para ser servo e não filho?

3 – Que Pai é esse? Vs 20

“... Então, levantando-se, foi para seu pai. Quando ainda estava longe, viu-o seu pai, e se moveu de íntima compaixão e, correndo, lançou-se-lhe ao pescoço e o beijou...”.

Não se trata de um pai comum, Jesus falava de seu Abba, não falava de outro, inda que em uma parábola, esse é o coração de Abba.
Um Pai que olhava todos os dias para a porteira e para o caminho de seu sítio à espera de seu filho.
Um coração apaixonado, esperando todos os dias que seu filho já dado como morto aparecesse ao longe.
Um Pai esperançoso de seu filho sem esperança.
Ele não queria saber o que o filho fez com o dinheiro da partilha, ou que conduta teve, ele só queria o filho de volta!

Que dia feliz, aquele, inda mais sabendo das notícias da fome onde seu filho estava, notícias de mortes e desesperança, em seu íntimo ele esperava que seu filho voltasse e assim aconteceu.
Quando avistou seu filho, sabendo de toda a possível desgraça que sofrera seu coração se moveu para a “íntima compaixão”.
Que saudade! Ele correu e pulou no pescoço do moço e o beijou!
Esse é o Deus que tenho tentado conhecer, não faz o menor sentido o que Ele faz, loucuras em cima de loucuras, mas do fundo do meu coração não quero que pare.
Não mereço toda essa preocupação, não merecemos, e muitas e muitas vezes no achegamos ao Pai por interesse na sua provisão, seja ela de qualquer espécie.
Incrível é o que Papai faz e fez por nós, nos espera olhando sua porteira, estendendo os olhos para o fim do caminho esperando nosso regresso.
Quando aparecemos cheios de interesses e carências, tentando posar de arrependidos, Ele vem surpreendendo, correndo, sorridente chamando nosso nome, o grande abraço e o beijo de amor incondicional que só ele dá.
O Abraço Grátis nasceu de Deus, o Pai abraçando seus filhos independentemente da intenção de seus corações, abraçando por amor.
Será que podemos imaginar um amor tão profundo? Doador, eterno, expansivo, vivo, quente, eu preciso desesperadamente desse amor.

Desfecho: Se eu pudesse imaginar o preço...
“... 22 – Mas o pai disse aos seus servos: Trazei depressa a melhor túnica e vesti-o com ela, e ponde-lhe um anel na mão, e sandálias nos pés.
23 – Trazei o bezerro cevado, e matai-o. Comamos, e alegremo-nos.
24 – Pois este meu filho estava morto e reviveu, tinha-se perdido, e foi achado. “E começaram a alegrar-se...”.

Não encerra no abraço, começa por ele.
Primeiro Ele nos abraça dizendo que está tudo bem, que tudo ficará bem, mas
A melhor túnica:
Vestiduras brancas para seus filhos, nos despindo do velho homem e revestindo do novo homem. Tirando nossas vestes de pecado e revestindo do perdão.
Anel no dedo:
Restituição da autoridade, anel real, selo de poder, Deus devolvendo ao homem sua autoridade sobre si e o mundo.
Sandálias nos pés:
Causando os pés com a preparação do evangelho da paz, restauração das boas novas, reconciliação que traz a paz perdida no pecado, de pés descalços agora calçados para a salvação, nossa e do mundo.

Bezerro Cevado sua morte.
Jesus pagando com sua vida, nossa separação, nossa luta por independência,
Sua aliança de vida através de seu sangue; é o interminável poder da salvação.
O corpo, a carne comida para celebrar o retorno, a reconciliação e a vida, a oferta do corpo de Jesus para nossa justificação.

“... 24 – Pois este meu filho estava morto e reviveu, tinha-se perdido, e foi achado. E começaram a alegrar-se...”.

Estávamos mortos, agora revivemos, perdidos, agora achados e amados.
Esse é o Deus que servimos, este é o Pai que nos ama, que faz tudo por nós!
Vale à pena votar par o centro do amor do Papai.
Faça isso filho, venha. Você Pode!

Assista esse vídeo, você vai entender o que é um amor de pai.
VÍDEO:

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