segunda-feira, 16 de maio de 2011

O homem Invisível


Introdução Histórica:

Era uma vez um escritor que morava numa praia tranqüila, junto a uma colônia de pescadores. Todas as manhãs, ele passeava a beira mar para se inspirar e, à tarde, ficava em casa escrevendo.

Um dia, caminhando pela praia, viu um vulto que parecia dançar.
Quando chegou perto, encontrou uma menina pegando as estrelas do mar da areia e jogando-as, uma por uma, de volta ao mar. -

- Menina por que está fazendo isso? - perguntou o escritor.

-Você não vê? - disse a menina. - A maré está baixa e sol brilhando. Elas secarão no sol, vão morrer se ficarem aqui.
               
- Menina, olhe a praia existem milhares de estrelas do mar espalhadas por ela. Mesmo que você fique o dia inteiro fazendo isso, não vai fazer diferença.
Você vai jogar muito poucas de volta ao mar...
Que diferença isso faz? A maioria vai morrer de qualquer forma.

A criança sorriu para o escritor, dançando, abaixou e pegou mais uma estrela da areia, jogou-a no mar, e disse:
- Essa não vai morrer.

Naquela tarde o escritor não conseguiu trabalhar. De noite ele não conseguiu dormir...

No outro dia pela manhã, dois vultos dançavam pela praia, o escritor decidiu juntar-se à criança...

Texto: João 5:1-15 “... Passadas estas coisas, havia uma festa dos judeus, e Jesus subiu para Jerusalém.
2 Ora, existe ali, junto à Porta das Ovelhas, um tanque, chamado em hebraico Betesda, o qual tem cinco pavilhões.
3 Nestes, jazia uma multidão de enfermos, cegos, coxos, paralíticos
4 esperando que se movesse a água. Porquanto um anjo descia em certo tempo, agitando-a; e o primeiro que entrava no tanque, uma vez agitada a água, sarava de qualquer doença que tivesse.
5 Estava ali um homem enfermo havia trinta e oito anos.
6 Jesus, vendo-o deitado e sabendo que estava assim há muito tempo, perguntou-lhe: Queres ser curado?
7 Respondeu-lhe o enfermo: Senhor, não tenho ninguém que me ponha no tanque, quando a água é agitada; pois, enquanto eu vou, desce outro antes de mim.
8  Então, lhe disse Jesus: Levanta-te, toma o teu leito e anda.
9  Imediatamente, o homem se viu curado e, tomando o leito, pôs-se a andar. E aquele dia era sábado.

01 – O maior mestre ninja do mundo, 38 anos invisível - Verso 5 e 7

Guarde esse número: 38
Uma passagem lindíssima da palavra de Deus, um homem enfermo há 38 anos cuja vida foi milagrosamente mudada por Jesus, uma ânsia incrível por obter a cura que o levou à vitória. Seria perfeito se não fosse por um pequeno detalhe, uma multidão indolente e procrastinadora.

       INDOLENTE - aquele a quem nada afeta; insensível, indiferente - aquele que manifesta pouca vitalidade, que age com lentidão; preguiçoso - aquele que não se apura no que faz; descuidado, desleixado, negligente, irresponsável pela indiferença.

PROCRASTINADOR - aquele deixa pra depois, que adia, que “enrola”, que atrasa, que demora, que não se importa.

38 anos de esperança.
38 anos de fé.
38 anos de perseverança.
38 anos de insistência.

Interessante o pensamento desse homem, sua esperança, sua fé, sua perseverança, sua insistência estava no ser humano.
Durante todo o processo de cura, em nenhum momento Jesus questionou sua fé no milagre, aquele homem estava seguro que seria curado, ele sabia que bastaria uma pequena ação e pronto, sua vida mudaria para sempre.

Ao contrário do que vejo hoje nesse evangelho de ingratidão, onde o enfermo quando não é curado é acusado de incredulidade. Incrível como os pregadores de boas novas saem da graça para a desgraça em poucos segundos:
- “... Se você não foi curado é porque não tem fé, ou seja, a culpa é sua...”.
Culpa?

É fácil falar sobre fé quando não estamos em uma cadeira de rodas, quando nosso filho não está doente acamado e o coração desesperado buscando uma cura.
É fácil apontar o dedo podre na direção da comunidade e afirmar que o pecado do povo é que não deixa o milagre acontecer.

38 anos de esperança no ser humano esse homem tinha.
38 anos de fé no ser humano esse homem tinha.
38 anos de perseverança para com o ser humano esse homem tinha.
38 anos de insistência no ser humano esse homem tinha.

Na realidade quem precisava de um milagre era a multidão egoísta e mesquinha.

Quantos curados aquele homem conheceu?
Quantos milagres aquele homem presenciou?
Quantas pessoas o conheciam? Eu respondo:
 - Todos os que receberam seu milagre o viram ali.
Ele não era invisível, ou era?

Como podemos entrar e sair da presença de Deus com tamanha indiferença?
38 anos esperando que alguém o colocasse no tanque...
Sabe quantos resolveram fazer isso?
Sabe quantos que saíram do tanque curados e resolveram ajudar o “companheiro de luta”?
Sabe quantos foram solidários?
A resposta vem do texto:
 - “... NINGUÉM que me ponha no tanque...”.

Como um homem consegue ficar invisível por tanto tempo?
Que técnicas ninja esse homem usou?
Seria engraçado se não fosse trágico!

E eu pergunto:
O que estamos fazendo pelo povo?
Quantos estamos colocando no tanque?

Talvez você pergunte:
Mas quem precisa entrar para que eu ajude?

Tenho várias situações para exemplificar:

Nosso projeto está lutando para alcançar a região, existem pessoas se arrastando em Ouroeste, em Votuporanga, em Jales, em Meridiano entre outras, que de imediato, ajudaríamos se tivéssemos recursos para visitá-las toda a semana.
Pergunto: Quando de combustível e alimentação você tem ajudado para isso?

Nosso projeto está sendo requisitado em uma casa de recuperação de dependentes de drogas, além disso, temos um amigo internado lá por causa do crack, ele um dia já foi cristão, se perdeu e hoje está no fundo do posso, ou pior, à beira dele...
Pergunto: Como você está ajudando para que ele e muitos outros sejam libertos?

Nosso projeto precisa de material e um espaço digno para nossas crianças, temos um projeto de desenhos para histórias em quadrinhos, precisamos de um local, mesas e cadeiras, materiais.
Pergunto: Que tipo de oferta estamos dando para que isso aconteça?

Nosso projeto precisa de um lugar melhor para nossos encontros, com espaço para os jovens, e melhoria dos equipamentos de som, cadeiras entre outros.
Pergunto: Somos fiéis à nossa comunidade? Física e financeiramente?

Ele não era um ninja, o povo é que era cego, nós é que somos cegos e o pior cego...
O pior cego é o indolente, o procrastinador, aquele que não se move, que busca a sua cura, sua oração de necessidade, seu conforto material e não se sente incomodado com o coxo à margem do tanque.

       INDOLENTE - aquele a quem nada afeta; insensível, indiferente - aquele que manifesta pouca vitalidade, que age com lentidão; preguiçoso - aquele que não se apura no que faz; descuidado, desleixado, negligente, irresponsável pela indiferença.

       PROCRASTINADOR - aquele deixa pra depois, que adia, que “enrola”, que atrasa, que demora, que não se importa.

       Seria preciso tornar-se um coxo para se preocupar com os coxos?
Seria necessário padecer, ter necessidades financeiras para se preocupar com os que vivem na obra e precisam do recurso para viver?

Desfecho: João 5: 7-9 “... 7 Respondeu-lhe o enfermo: Senhor, não tenho ninguém que me ponha no tanque, quando a água é agitada; pois, enquanto eu vou, desce outro antes de mim.
8  Então, lhe disse Jesus: Levanta-te, toma o teu leito e anda.
9  Imediatamente, o homem se viu curado e, tomando o leito, pôs-se a andar. E aquele dia era sábado.

            Ao contrário da espera de um anjo que agite a água para que apenas uma pessoa de cada vez seja curada, hoje e exatamente onde você está, Jesus está presente para determinar sua cura.
            Temos o poder das boas novas, ilimitado e infinito, não é preciso de um “pregador de cura para que você seja curado” apenas a voz de Jesus a dizer:
- “... Toma o teu leito e anda... ’.
A questão, porém para quem já recebeu de Jesus a salvação, a cura, a libertação é mais séria, é uma questão de compromisso e responsabilidade.
É a corrente do bem que precisa ser posta em ação, imediatamente após nossa graça alcançada.

Pergunto: Você já fez isso? Já passou adiante, está passando adiante, ou ainda está “pensando em ajudar”?

Se você está recebendo esta palavra hoje é porque pessoas se ofertaram para fazer esta tarefa, pessoas investiram financeiramente para que isso acontecesse.

Quando olhamos para nossos recursos e nossas vidas a primeira coisa que vemos é que não temos capacidade de fazer nada e que não temos recursos financeiros o suficiente para fazer a diferença.
Quando Jesus nos diz que temos que nos tornar como crianças é exatamente para entendermos que para aquela estrelinha que voltou ao mar fez e faz toda a diferença.

O problema é nossa indolência e procrastinação, usamos nossa maturidade, nossos sucessos ou insucessos para tentar justificar nossa falta de tempo e dinheiro para fazer alguma coisa.

Usamos nossa “maturidade” para declarar que “não podemos” que “não temos”, para confortavelmente assistir os paralíticos se arrastarem para o tanque, ou a estrelinha que vai fritar ao sol.

“... Bem aventurado será o dia em que a praia da vida estiver cheia de sombras, dançando como crianças e arremessando estrelinhas perdidas para o mar de vida...”.

“... Bem aventurado o dia em que a indolência e procrastinação forem consideradas “palavrões” coma a palavra “desgraça” o é, afinal essas duas palavras encaminham os homens para a terceira...”.

“... Bem aventurado o dia em que entendermos que nossos recursos materiais, que nossa mesa alimentada, que nossa casa bem cuidada, inda que humilde, não traz paz ao coração enquanto nossos semelhantes estão famintos, morrendo, se perdendo porque aqueles que se propõem a ajudar não conseguem chegar lá devido a nossa omissão...”.

“... Disse um pensador: ‘O que a gente faz, fala muito mais do que só falar’, então pare de falar e comece a fazer...”.



Você pode fazer a diferença.

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