terça-feira, 16 de agosto de 2011

Já fez as pazes com Deus?

Introdução Histórica:

Quando adolescentes e jovens cujo maior ponto de conflito é o pai, é uma fase de luta pelas independências ainda dependentes, uma luta por espaço ainda sem a devida responsabilidade por saber o que fazer com ele.
Ainda possuem a poesia da liberdade que nada custa e a tal tirania imposta pelo carcereiro da vida que é o pai, a cada dia, a cada conflito, cada negativa uma frase que não sai do pensamento: Eu ainda vou ser livre!
Lembro-me bem dessa fase, inda que meus pais me deram muita liberdade, confesso hoje que muitos erros poderiam ser evitados se eu tivesse ouvido um pouco mais...
O que nos resta são o saudosismo e a vontade de voltar a ser criança, uma mistura de prazer por ser livre e o peso de ser livre, e quando esse peso começa a esmagar logo a vontade de voltar e concertar.
Faz parte do ser humano, faz parte de nós.

Um ponto importante abordado hoje é a reconciliação, de certa forma somos órfãos, com nossas revoltas contidas ou incontidas, com nossos traumas oriundos do passado de situações traumáticas que nos levaram ao presente momento.

Muitos de nossos problemas com Deus são frutos de nossos relacionamentos com nosso pai, são reflexos e defesas ligadas. Devido às falhas humanas, Deus é responsabilizado mesmo sem a consciência de nossos atos.
Criamos uma imagem distorcida de Deus como Pai e acabamos pro preferir tê-lo como “só Deus mesmo”.
O texto que segue aborda exatamente esta questão, uma reconciliação com Deus por mágoas que criamos D’Ele, mesmo que nada tenha acontecido, nosso distanciamento, nossos atos hediondos são uma confissão de que lá no íntimo temos uma imensa dificuldade em ter um relacionamento com Deus de verdade.

Quando, as coisas dão errado, quando as perdas são irreparáveis, quando nos escondemos por errar, enfim, muitos são os motivos que nos afastam de Deus todos os dias e apenas um eu desejo que você veja hoje.

Vídeo: Sacrifício - João 3:16




Texto: II Coríntios 5:18-20 “... Tudo isso provém de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por intermédio de Cristo e no outorgou o ministério da reconciliação.
19 – Pois Deus estava em Cristo reconciliando consigo mesmo o mundo, não levando em conta as transgressões dos seres humanos, e nos encarregou da mensagem da reconciliação.
20 – Portanto, somos embaixadores de Cristo, como se Deus vos encorajasse por nosso intermédio. Assim, vos suplicamos em nome de Cristo que vos reconcilieis com Deus...”.

01 – A maior prova de amor.

            Hoje é um dia especial por vários motivos, é o nosso domingo, “sabat” o dia de descanso onde celebramos a Deus de inúmeras maneiras, mas também é o dia dos pais, dia de parabenizar nossos pais terrenos por seus feitos heróicos, como por exemplo, erguer um sofá, nos proteger de um cachorro, empurrar um carro, nos erguer com uma mão só ou então nos suportar até nossa tão sonhada liberdade.
            E digo suportar no sentido de dar suporte mesmo de nos ajudar, nos encaminhar.
            É fato que muitos pais deixaram a desejar, talvez em muito nessas questões, mas inda assim é um dia que se celebra a paternidade.

            O fato de que nossos pais são falhos e pecadores servem hoje como uma excelente comparação.
            Nunca saberei afirmar se nossos pais terrenos dariam a vida por nossa salvação eterna, muito provavelmente não, afinal ninguém iria para o inferno para que outro fosse para o céu.

            Essa é a questão, Deus fez isso sem a menor hesitação, Ele enviou seu único filho para ser sacrificado em nosso lugar a fim de que todos creiam e sejam salvos.
            Esse é o Pai que devemos parabenizar hoje, esse é o super herói que nos salvou da morte.
               
Ele te ama apaixonadamente, loucamente.
            No verso 19 diz: Ele não levou em conta as transgressões dos seres humanos... Ele não se importou com nossos erros, não se magoou por todas as vezes que o abandonamos para fazer alguma coisa errada.
            Ele não despejou sua ira, como muitos crêem, por cada ato que o provoca, não se irritou conosco, no amou incondicionalmente, garanto que a maioria de nós não amaria assim, nem mesmo um filho.
            Ele merece o nosso desenho garranchado onde o pintamos segurando nossa mão, com uma roupa de super herói, capas e botas, voando e nos levando para um lugar seguro.
            Ele merece nosso agradecimento, por pior que a vida seja, por existirmos, pois poderíamos não ter existido e no final de tudo nunca o veríamos.
            Ele merece nossa falha tentativa de amor como resposta ao seu amor perfeito.
           
02 – A reconciliação.

            Você já perdoou Deus?
            Não se assuste!

            “... Muitos de nós posso afirmar a maioria, temos pendências com Deus, e não me refiro a pecados, temos diferenças com Ele, o condenamos pela forma que conduz nossas vidas, ou pela forma que aparentemente não faz absolutamente nada...”.

            “... Quando as coisas dão muito errado exatamente nos momentos em que tomamos a decisão de melhorar, quando já estamos em processo de “fazer a Sua vontade”, quando nos envolvemos de corpo e alma na religião; esse momentos são cruciais para nos levar para o fosso da decepção em relação a Ele...”.

            “... Quem ainda não perguntou: Por que Deus?...”.

            Eu não vim trazer respostas para essas perguntas, com certeza me incluo nessa questão, volta e meia estou a pensar em como posso ter certeza de que Ele me ama me vendo passar por tudo isso.
            Vim dizer a você que Ele nos ama, que o verso 19 afirma que Ele também não leva em conta nossa revolta, e que no verso 20 há uma súplica simples e direta:
            “... Reconcilie com Deus...”.

            Não é uma questão teológica, um tratado, uma homilética digna de aplausos, é a pura e simples verdade sobre nosso coração:
            “... Estamos rompidos com Deus e o apelo é para que façamos as pazes com Ele...”.
               
            O fato teológico sobre embaixadores, sobre a outorga (entrega de poder, autorização) do ministério da reconciliação, não é o foco, nem do texto e nem nosso hoje, o objetivo é nossa paz com Deus.

            Sejamos realistas, esta é uma data que deixa muita gente com raiva, devido às atitudes de nossos pais, muitos hoje não têm nada para comemorar, apenas um sentimento de raiva e mágoa que são expostos devido à data comemorada.
            Muitos estão na contramão dessa festa, muitos mais estão assim com relação a Deus.
            “... Se a reconciliação fosse fácil, não precisaríamos falar sobre ela, não teríamos recebido de Deus a autorização de mexer nesse assunto tão delicado...”.
               
            Para haver reconciliação é preciso que as partes envolvidas assumam seus erros e resolvam se aproximar para um acerto, as duas partes precisam desejar ter essa conversa e mais, desejar acabar com as diferenças.

            Da parte de Deus, ele provou através de seu filho, não adianta afirmarmos que em relação a nós a diferença continua em Cristo, tudo se fez novo, Ele deu seu passo em nossa direção o que nos falta é irmos ao seu encontro.


  Desfecho: João 3:16-17 “... Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu seu único filho, para que todo aquele que n’Ele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.
  17 – Porque Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para que condenasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por Ele...”.

Vídeo – A ponte


“... A salvação de todos necessitou do sacrifício de alguém muito amado...”
“... O sacrifício de um trouxe esperança para o futuro...”.

Deus está aqui neste lugar para uma reconciliação conosco.
Não existe dia dos pais sem a reconciliação com o Pai, hoje é dia de nos acertamos com o Papai, a fim de nos achegarmos a Ele sem medo, sem revolta, só amor e Graça, pura graça.
“... Aproximar-nos de Deus sem medo, sem reservas são características de um coração que já fez as pazes consigo mesmo e com Deus, essa é a graça, reconhecer que não merecemos e mesmo assim nos achegarmos...”.


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