Introdução Histórica:
“... É algo difícil de ser reconhecido, já que pode usar muitos disfarces.
Algo que nos ajudará a nos vangloriarmos de nossos sucessos e a inventar desculpas para nossos fracassos.
Algo que pode transformar uma dádiva simples de Deus num sentimento de superioridade e depois, ao primeiro sinal de problema, nos lançar nas profundezas da inferioridade.
Algo que nos mantém escravo dos elogios dos outros e faz com que nos sintamos rejeitados diante da crítica mais sincera.
Pode levar-nos a buscar desesperadamente uma ilusão de sucesso que nunca nos satisfará e deixar-nos paralisados diante do medo de fracassar.
Pode fazer com que assumamos o crédito por coisas boas que não fizemos e culpemos os outros por nossas dificuldades.
Num minuto, pode deixar-nos convencidos de nossas virtudes e no outro, assolados pela culpa e nos sentindo repugnantes.
Estamos falando da vergonha.
A vergonha é um legado infeliz da escravidão que o pecado impôs à humanidade. Nascemos com a vergonha sussurrando em nosso ouvido. Até que nos libertemos dela no amor do Pai, a vergonha irá, como um câncer que se alastra, estender seus tentáculos para tudo que pensarmos ou fizermos.
Que fardo terrível é medir nosso valor por cada ato e por tudo que falam a nosso respeito! Enquanto dermos ouvidos à vergonha, ela devorará nossa energia e nos deixará com uma visão distorcida da obra de Deus em nós e nas pessoas ao nosso redor.
Desde o dia em que Adão escondeu sua nudez com folhas de figueira, nos transformamos no pior de nós mesmos ao seguirmos os conselhos da vergonha, ou ao tentarmos ocultar sua presença.
Porém quando encontramos segurança no amor de Deus, a voz da vergonha é desmascarada. Não é preciso mais jogar segundo as suas regras, preocupando-se com o que os outros pensam a seu respeito. Então realmente aprendemos o que é viver como um filho de Deus na Terra...”.
Livro: Deus me ama – Wayne Jacobsen
“... Quando você se tornar totalmente dependente da vida de Cristo, se libertará completamente da suspeita que fez de você, em certo momento um brigão arrogante e agressivo, e depois, uma vítima de sua autocomiseração, em ambos os casos um escravo do medo da opinião dos outros...”.
Major Ian Thomas
Texto: Mateus 5:13 “... Vós sois o sal da terra. Mas se o sal se tornar insípido, com o que se há de salgar? Para nada mais presta, senão para ser lançado fora e pisado pelos homens...”.
01 – A vergonha tira o sabor do sal.
Nossas palavras recheadas de conquistas.
Nossas atitudes cercadas de preocupações com os pensamentos dos que nos rodeiam, não pelo testemunho, mas pela credibilidade conquistada.
Nossa fuga diante do perigo da calúnia.
Nossa assolação pela culpa de não sermos o que mostramos ser.
Nosso desespero com o fracasso.
A busca pela ilusão de sucesso que massageia o ego.
Nossa necessidade de ouvir elogios.
Nossa incapacidade de ouvir que estamos errados.
Nossa incapacidade de aprender, “sabemos tudo”.
Nossa vaidade diante da “reputação ilibada”.
Nosso sobrenome que deve ser dito com respeito devido aos créditos dos patriarcas que fundaram, que conquistaram, cujos nomes nas ruas citados, elevam seu apreço.
Todas essas dificuldades citadas acima estão relacionadas com a vergonha.
Todas elas deixam o sal sem sabor.
O termo usado para o sal sem sabor é “insípido” que significa:
Sem gosto, sem sabor, fraco de sabor, desinteressante, sem atrativos, sem graça, monótono.
“... Como faremos a diferença se somos sem gosto, apesar de todo o nosso esforço para aparecer e sermos aceitos?...”.
“... Como traremos sabor à terra se não temos o sabor, se somos fracos de gosto?...”.
“... Tentamos tanto nos adaptar ao meio em que vivemos ou desejamos viver que perdemos nossa constituição de sal, tentamos fazer parte da terra e não salgá-la...”.
“... Existe uma monotonia mortal na religião, daí tanta aversão ao povo que se intitula cristão, a ignorância de sermos monocromáticos onde deveríamos ser coloridos, não há brilho, não há vida e não adiantam às palavras, eles vêm provar de nós, e não há sal, não há gosto...”.
Você já comeu algo sem sal?
Um simples arroz sem sal? Como parece não ter gosto de nada!
Somos um arroz sem sal que as pessoas têm de engolir a força?
“... Esse é o problema com a vergonha, não aceitamos a graça, para aceitá-la teremos que admitir que não somos bons o bastante, que não somos perfeitos, que erramos e que estamos perdidos...”.
“... A vergonha nos afasta da graça e da paz que a graça pode proporcionar, longe da graça nos tornamos escravos da vergonha, vivemos uma vida estruturada em máscaras de mentiras para manter a pose...”.
“... Admitir que erramos é inconcebível, diante da “reputação ilibada”, assumir a corrupção no coração não é o melhor caminho para manter o bom nome, assumir um erro, uma fraqueza, uma corrupção pode causar uma verdadeira queda da moral cuja conseqüência do descrédito pode durar a vida inteira...”.
“... Você tem medo de perder a reputação? Então você é escravo da vergonha e carente da graça...”.
“... Todos já sentimos o poder avassalador da humilhação quando nos envergonhamos de algo que fizemos ou do que outras pessoas disseram a nosso respeito, é um sentimento terrível que lutamos para jamais enfrentar novamente. O problema é que nos ausentamos, que fugimos para nossos lugares seguros, nos enclausuramos e impedimos que os demais provem de nós novamente...”.
“... O mundo e as religiões usam nosso desejo de sermos amados, aceitos e de não nos sentirmos envergonhados para nos moldar, para impor comportamentos e por meio da culpa impõem a submissão...”.
“... Enquanto estivermos presos à vergonha, nosso sal estará guardado em uma urna funerária daquelas que se guardam cinzas, escondendo ali, algo que em outras épocas fora usado como moeda de riqueza para mercadores, agora envolto em luto pela morte do homem livre...”.
Desfecho: Salmo 40:1-4 “... Esperei confiantemente pelo SENHOR; ele se inclinou para mim e me ouviu quando clamei por socorro.
2 Tirou-me de um poço de perdição, de um tremedal de lama; colocou-me os pés sobre uma rocha e me firmou os passos.
3 E me pôs nos lábios um novo cântico, um hino de louvor ao nosso Deus; muitos verão essas coisas, temerão e confiarão no SENHOR.
4 Bem-aventurado o homem que põe no SENHOR a sua confiança e não pende para os arrogantes, nem para os afeiçoados à mentira.
Livres da Vergonha.
“... Se nos escondemos atrás do medo da vergonha, não assumimos que precisamos de Deus e não temos coragem de clamar por socorro...”.
“... Deus não conhece a voz daqueles que usam a máscara da reputação para falar com Ele, Deus não conhece a oração de um Pastor, de um Bispo, de um Apóstolo ele conhece a oração de um filho, o choro de um filho ele reconhece ao primeiro som entre muitas vozes insípidas...”.
“... O conselho para ser livre da vergonha é não se importar com a reputação, não se iluda sempre alguém vai criticar sobre quem é você, porque fez ou deixou de fazer...”.
“... Se as pessoas não acreditam em você, se não acreditam em seu ministério, em sua capacidade, se acreditam nas mentiras ditas a seu respeito isso é com Deus e não com você...”.
“... Enquanto ficarmos apegados à reputação, seremos escravos de qualquer pessoa que resolver mentir a nosso respeito ou nos julgar, aqueles que realmente nos conhecem não precisam de nossas defesas ou justificativas e aqueles que não nos conhecem não acreditarão em nada que dissermos...”.
“... É doloroso, mas quando entendermos que Deus nos ama completamente como somos, nós estaremos livres das opiniões dos outros, nossa reputação estará segura em suas mãos e jamais precisaremos apelar para a aprovação dos outros novamente...”.
“... Mesmo que nossa reputação seja manchada, mesmo que nós mesmos causemos essas manchas, com a confiança posta em Deus, estaremos seguros, inda que estejamos em meio à lama e lodo Ele nos colocará na Rocha e firmará nossos passos...”.
“... Coloquemos nossa confiança no Pai, não vamos pender para a arrogância da “boa reputação” ou para as “máscaras do ter ou fazer”, confiados em Deus seremos acolhidos no momento em que começarmos a chorar, a clamar por socorro...”.
“... É melhor sair dessa urna de sal que só serve para depressão e luto, onde os pensamentos oscilam entre maldades infinitas e suicídio, variando o humor e afundando cada vez mais para a morte da alma...”.
“... Sal não fica em urna, escondido, guardado, sal fica na cozinha, naqueles potinhos variados, onde os mestres habilmente o usam para dar textura, cor e sabor ao que se cozinha, leva alegria ao homem, leva surpresa, leva vida ao insípido, que traz percepção ao paladar e num mundo espiritualmente sem gosto, nossa vida traz a vida que salva a alma do homem...”.
Você precisa ser socorrido hoje? Então o que está esperando, corra para Deus, chame o seu nome, peça sua ajuda e Ele te ouvirá.
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