segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Nosso coração é solo fértil?

Introdução Histórica
                                                                                                         
Havia um garotinho com aproximadamente sete anos que morava em um sítio muito bonito, com pomares, jardins, plantas diferentes, sua mãe amava as plantas, ela tinha um queda especial por flores de forma que ao redor da humilde casa havia tantas qualidades de flores que de longe se podia ver o colorido do lugar.
Sabiamente ela não só escolhera suas flores preferidas como também escolhera uma variedade que alternasse entre os meses do ano, enfim, seu jardim era florido o tempo todo, todos os dias do ano, cada qual em sua estação, sempre colorido, sempre lindo.
O pai era um lavrador também adorava as plantas, mas as de cultura, que produzem alimento, ele também tinha suas preferências e gostava muito de café, não era sua principal cultura, mas ele mesmo dizia que mesmo que o café não valesse mais nada, ainda sim ele continuaria a cuidar de seus pés de café, mesmo que fosse apenas para o consumo de casa.
Sua mãe muito embora tivesse cuidados especiais com as flores raras, ao ponto de fazer uma estufa para cuidar das orquídeas, seu prazer especial eram as pequenas margaridas, por onde olhasse havia um monte delas, mesmo entre as especiais sempre tinha algum vasinho com elas.
Dentre tantas sementes que ficavam guardadas para o plantio, as margaridas tinham sempre uma porção generosa guardada.
O relacionamento da família era harmonioso, diferente de nossas vidas corridas de cidade grande.
Certa vez o pai recebeu uma proposta quase irrecusável, um ricaço ao passar por aquele lugar, viu tanta beleza na simplicidade que ofertou três vezes mais o valor da propriedade, saiu frustrado por perceber que aquela harmonia e paz não estavam à venda.
A mãe cultivou desde pequenino no menino um hábito curioso, ela sempre lhe dava um punhado de sementes e o ensinava delicadamente a semear o chão, no começo o menino que estava com as mãos cheias atirava tudo pra cima e saia correndo e gritando - chuva! A mãe ria se divertindo, não se importava com as sementes espalhadas, corria ao encontro do menino e o rodava no ar.
Mas ao longo do tempo o menino agora mais velho com seus sete anos, já não jogava mais as sementes para cima, também não enchia suas mãos, ele carregava a tira colo um alforje de pano de algodão, contendo muitas sementes.
Todos os dias depois de chegar da escola, o menino pegava seu alforje e saía a espalhar sementes, agora poucas sementes nas mãos, elas eram lançadas cuidadosamente acompanhando o caminho que ele fazia par ir e vir da escola.
O menino queria fazer um caminho de flores para sua casa, e sempre dizia à sua mãe que também queria plantar café intercalando o caminho, ele dizia que iria ficar muito bonito o verde dos cafés com o colorido das flores.
O pai todo orgulhoso, estufava o peito e dizia: – ‘... Esse puxou o pai, já gosta de café desde pequenininho... ’, o abraçava, dava um beijo e dizia: - ‘... Quando você for planta o café, me chama que eu te ensino... ’.
Suas sementes no alforje eram as margaridas, florzinha que ele aprendeu a apreciar com sua mãe, mas curiosamente ao invés de criar jardins, o menino queria apenas plantar as margaridas e durante toda sua vida, todos os dias ele saía a semear...

Texto: Lucas 8:5-8 “... Eia que um semeador saiu a semear. Enquanto lançava a semente, parte dela caiu à beira do caminho; foi pisoteada, e as aves do céu a devoraram.
06- Outra parte caiu sobre as rochas e, quando germinou, as plantas secaram, pois não havia umidade suficiente.
07 – Outra parte ainda, caiu entre espinhos, que com ela cresceram e sufocaram suas plantas.
08 – Todavia, uma outra parte, caiu em boa terra. Germinou, cresceu e produziu grande colheita, a cem por um. Tendo concluído esta parábola, exclamou: ‘Aquele que tem ouvidos para ouvir, ouça!’...”.

Quatro tipos de solo.

Não vou aqui dar um parecer pessoal, o texto é claro como água, os fatos são afirmados por Jesus, eu somente vou acentuar e espalhar o assunto vou contextualizar para os nossos dias, apenas isso, a verdade não é minha, é de Jesus, se você tem ouvidos para ouvir os segredos de Jesus, então ouça.
Vou começar com a última e depois seguirei a seqüência do texto, propositadamente para dar ênfase ao objetivo desse assunto de hoje.




01 - Em boa terra – “... No entanto, as que caíram em boa terra, são os que, de bom coração e com sinceridade, ouvem a Palavra, a entesouram e com perseverança, frutificam...”.                                                                                                                      Lucas 8:15

Essa é a parte onde a maioria de nós se encaixa, ou pelo menos tenta, é mais ou menos como alguém que veste 42 tentando entrar em uma calça 38, quase dá..., calma ai... Tá entrando... Pronto... Viu? Serviu! Foi só fazer uma forcinha!
Derrepente... Raz! Rasgou tudo!
Vivemos nessa semelhança espiritual, todo mundo tentando se encaixar nesse molde apertado de vida cristã, agora inversamente falando da mensagem do 38 ou plus size das semanas anteriores, esse 38 da boa terra normalmente tem o molde menor que o “normal”, e não é modinha não, é o caminho estreito que Jesus disse.
E por ser tão estreito Jesus afirma que muito sequer o encontram...

O que mais afirmamos é que a palavra de Deus é um tesouro para nós, que somos boa terra, pois estamos dando frutos, que não vamos desistir nunca e todo esse bla-bla-bla de linguagem “crentes”.
 - Eu! Eu sou cristão, não desisto nunca!
 - Eu! Meu “ta ta ta ta ta ta taravô” era crente, sou de sangue azul, firme na rocha!
- Eu! Sou crente do “papo amarelo”, quando eu freqüentava uma Igreja Batista na cidade onde morava, antes de assumir o que faço hoje, o meu pastor costumava dizer:
- Um “Crente Batista” não faz isso!
Com todo o respeito aos batistas, afinal quando a gente pega um microfone pra falar, volta e meia a gente fala alguma besteira e como é ao vivo, não dá pra editar, meus irmãos batistas, presbiterianos, luteranos, católicos e tantos outros, não deveríamos todos ter uma conduta relevante na sociedade? Só o “crente batista”?
É como aqui em minha cidade, uma igreja local, tem o slogan afixado em sua fachada:
“O lugar da presença de Deus”!
Como assim! Deus só mora ali?
E os meus irmãos batistas, presbiterianos, católicos, etc.?
Quer dizer que nos outros lugares não existe a presença de Deus, ou então é porque lá Ele mora e nos outros Ele faz uma “visitinha cordial”?

Bom criticando a mim mesmo, se fosse para colocar um slogan em nossa fachada, que ainda nem existe, eu colocaria assim, talvez eu coloque:
“Uma igreja para quem não gosta de igreja” ou “uma igreja para aqueles que as igrejas não costumam gostar”.
Que confusão heim! Cada um puxando a tal sardinha para si.
Isso é divertido e engraçado se não fosse trágico!

A pergunta relevante diante de tantas falácias religiosas é:
Somos realmente a tal boa terra?
Nosso referencial de erro e acerto é baseado no visinho e não na palavra de Deus, nossa aprovação e positividade são baseadas em números e aparência, a igreja é boa se tem muita gente ou se o local é expressivo.
Eu não vou entrar em méritos básicos do texto de hoje, o assunto não é o que normalmente se aborda sobre o texto, eu irei explorar alguns detalhes, por isso a inversão da ordem e tenho uma afirmação não muito agradável, porém, as mudanças só acontecerão realmente se o espelho da palavra de Deus estiver bem limpo.

“... Não tenha tanta certeza de que seu coração é solo fértil...”.

02 - A beira do caminho – “... As que caíram à beira do caminho representam todos os que ouvem, mas então chega o Diabo e tira a Palavra do coração deles, para que não venham a crer e não sejam salvos...”.                                                           Lucas 8:12

Existe uma legalidade, uma permissão por parte da pessoa para que o inimigo consiga penetrar seu coração e retirar aquilo que foi semeado, a pessoa ouve, mas não guarda, tem muita dificuldade em se concentrar par ouvir, sente sono, conversa com as pessoas do lado, tirando de seu coração e de quem lhe dá atenção.
O que me preocupa é que o diabo tem livre acesso, entra e sai, é doméstico, tem liberdade para agir.
Eu pergunto:
O inimigo tem liberdade para agir assim em você?
O que você ouve aos domingos, você medita durante a semana? Gera um incômodo de necessidade de mudança? Você tenta por em prática?
Ou na segunda feira já não lembra mais da mensagem?
Um prova de que o inimigo tem livre acesso ao nosso coração é que a mensagem é arrancada da memória, simplesmente não nos lembramos de mais nada.
Tenho um alerta, está na hora de botar esse folgado para fora se sua vida fecha a porta de seu coração para o diabo e abrir para Deus.
Comece por um caderninho, anote o que mais lhe chamou atenção, leia o texto em casa durante a semana. Entre no blog, copie a mensagem, quando você a recebe por email durante a semana, leia. Tenha interesse em entendê-la melhor. Em tirar o Maximo de proveito dela.
A deguste como um vinho, ou como um prato de lasanha, mas guarde-a na alma.

03 - Sobre as rochas – “... As que caíram sobre as rochas simbolizam os que recebem a Palavra com alegria assim que ouvem, contudo não possuem raiz. Crêem por um período, ma desistem no tempo da provação...”.                                         Lucas 8:13

Vou começar essa com perguntas:
Você tem raiz?
Em sua vida você termina o que começa? Você costuma desistir quando é pressionado?
Você já viu alguma árvore de mudança? É isso mesmo, você já viu alguma árvore, andando por aí à procura de um lugar melhor para ficar, porque onde estava venta muito ou tem pouca água?
Você já viu alguma árvore grande, frondosa, cujas raízes estão expostas porque o solo abaixo é somente pedras?
Qual a possibilidade de uma árvore parar em pé sem possuir raízes bem profundas na terra, somente espalhadas superficialmente sobre as pedras?
Curiosamente uma semente lançada nas pedras tende a germinar mais rápido que uma semente lançada em terra boa.
Talvez porque o tempo castigue mais a semente, ela tem necessidade de procurar rapidamente um local no solo para extrair seus nutrientes necessários à sobrevivência, a semente gemina logo para tentar sobreviver, ela antecipa as fases em busca de vida, porém não encontra.

“... O que você faz dura pouco, você desiste rápido quando a coisa começa a apertar? É sinal que seu terreno é pedregoso, portanto talvez nos próximos encontros, exista uma grande possibilidade de que eu não o veja mais assentado ai em uma de nossas cadeiras...”.

“... É bem provável que você se decepcione com alguém aqui, principalmente comigo, talvez os amigos ou parentes comecem uma pressão para que desista de ‘ser crente’ de ‘ir à igreja’ ou o trabalho comece a engoli-lo coincidentemente nos dias dos encontros; essas pressões o levarão a desistir e você o fará, é sua natureza...”.

04 - Entre os espinhos – “... As que caíram entre os espinhos, significam os que ouvem; todavia, ao seguirem seu caminho, são sufocados pelas muitas ansiedades, pelas riquezas e pelos prazeres desta vida, e não conseguem amadurecer...”.
                                  Lucas 8:14

Vou afirmar novamente o que afirmei no primeiro tópico e quero destacar este para hoje:
“... Não tenha tanta certeza de que seu coração é solo fértil...”.
                       
A maioria das pessoas se encaixa neste tópico abordado por Jesus, e essa grande maioria se encontra nas igrejas.

Francis Cham afirma:
            “... A maioria de nós faz para do grupo do solo que sufoca a semente por causa dos espinhos. Um espinho é qualquer coisa que desvia nossa atenção de Deus. Quando queremos o Senhor e um monte de outras coisas, isso quer dizer que há espinhos no nosso solo. Um relacionamento com Deus simplesmente não pode se desenvolver quando o dinheiro, o pecado, as atividades, os times pelos quais torcemos, os vícios ou outros compromissos são colocados no topo da lista...”.

“... Não tenha tanta certeza de que seu coração é solo fértil...”.
            Quando temos espinho em nosso solo temos fazemos o que for possível para amenizar o sentimento de culpa.
            Usamos o ‘básico da fé”:
            Perguntamos: “Até onde posso ir sem que isso seja considerado pecado?”
Ao invés de perguntarmos: “Como posso me manter puro como templo do Espírito Santo que sou?”.
            Perguntamos: “Qual é o tempo mínimo de um jejum?” ao invés de: “É muito difícil ficar seis meses sem refrigerante ou chocolate?”.
            Perguntamos: “Qual é o valor mínimo do dízimo?” ao invés de: “Quais as necessidades da comunidade e como posso ajudar financeiramente?”.

      Desfecho: Eu pergunto:          O que tem desviado sua atenção de Deus?
            O que o impede de servir a Deus?
            Em que grau de prioridades Deus se encontra em sua vida?

            “... A gente vai a igreja ao domingos para falar com Deus ter comunhão com Ele e com nossos irmãos, durante a semana vamos ao motel para ter comunhão com a carne seja homem seja mulher e fazemos isso sem o menor sentimento de culpa, talvez você esteja pensando nisso agora sentado ai na cadeira...”.

            “... Não sabemos o que é o amor, o sacrifício de amar mesmo sem ser amado, de se entregar e não esperar nada em troca, sabemos o que é o sexo, a libido, o tesão, confundimos isso com amor, mas não sabemos o que é amar...”.
                       
            “... Esbaldamos-nos em prazer, depois vem o vazio, a fissura e o desejo incontrolável por mais e mais e mais, um poço sem fundo, corações despedaçados, não vemos quem realmente nos ama e faria de tudo para nos dar alívio e segurança, como o diz a música do poeta que sofria de solidão: ‘Tem gente que machuca os outros, tem gente que não sabe amar’...”.

            “... De maneira nenhuma estou aqui pregando o puritanismo, eu gosto de sexo, quem não gosta é porque têm graves problemas emocionais, o que achamos que descobrimos, coisa que dão mais ou menos prazer, Deus sabe de tudo, sempre soube, Deus inventou o negócio, não foi o homem, o problema é que o homem preferiu e prefere mais o prazer a Deus e coloca tudo a perder...”.

            “... Essas situações todas extraem Deus do centro de nossas vidas e o colocam lá no fundinho, lá no quartinho de despejo, onde guardamos nossas quinquilharias emocionais, vez em quando entramos no depósito à procura de ‘alguma coisa importante’ que não lembramos mais o nome, mas que sabemos que um dia preencheu o vazio, essa coisinha esquecida lá atrás, dentro do baú de fotos velhas e da bíblia chama-se Jesus...”.

            “... Você pode se entulhar de dinheiro, posição, reconhecimento, prazer, bens, conhecimento, homens, mulheres, êxtase, porém nunca terá o vazio preenchido, esse vazio é do tamanho exato da pessoa de Jesus, aconselho a retirar os espinhos que sufocam a palavra e transformar seu coração em solo fértil. Tudo vai melhorar a partir daí, mas você precisa confiar...”.

“... O semeador continua a semear, a semente é e sempre será boa, trará vida, cor e perfume à sua vida, com certeza uma vida muito melhor, mas seu coração precisa se preparar para recebê-la, uma terra boa e uma semente boa é certeza de graça, se você deixar, a preparação do solo começa hoje e algumas sementes também...”.


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