segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Bicões na Festa


Introdução Histórica
                                                                      
Você já foi um bicão em festa? Ou melhor, você já foi um penetra?
Já presenciou um penetra de festa?
Como podemos dizer, não e um “cara de pau”?
Você é um? Um penetra?
Existem pessoas que fazem isso na maior cara deslavada, sem um pingo de vergonha.
Se você nunca viu um, é só olhar suas fotos de casamento ou de seus pais, principalmente se foi em uma igreja.
O que tem de bicão nas fotos é incrível!
Gente que você nunca viu na vida, nuca trocou uma só palavra!
É tão incrível que mesmo que o casamento foi celebrado na igreja que você freqüenta, mesmo que você seja um cristão praticante e assíduo, mesmo que conheça uma a uma as pessoas que freqüentam sua igreja, nas fotos você verá gente que nuca viu na vida.
E na festa então...
E tem bicão profissional, eles ainda fazem questão de aparecer nas fotos, sorriem, assentam-se nas mesas reservadas aos convidados especiais, e não adianta olhar feio, eles não arredam o pé.

Como os noivos estão eufóricos e felizes, nem percebem os penetras.
Um conselho para quem pretende se casar e não ter penetra, tem que casar em uma ilha, e controlar o barco que leva a galera com bilhete de entrada.

Aliás, você já observou que aquele bilhete que a gente ganha para entrar na festa nunca funciona?
São os bicões, entra tanta gente sem ser convidada na festa, que quem está organizando joga a prancheta para cima e pede demissão.

Pois é exatamente o que a parábola de Jesus descreve de forma inusitada e invertida, só podia ser Jesus, já que Ele sempre fala na contra mão do sistema; porque não falaria na contra mão do bicão?

Já imaginou?
Uma festa preparada para convidados ilustre e os mesmos simplesmente não vão à festa? Não aparecem, não mandam o presente, não agradecem e ainda falam mal? Repentinamente quando olha pra festa, repleta de gente que você não conhece, nenhum conhecido mesmo, um local completamente cheio de gente estranha para celebrar sua festa de casamento!
Que mistura de alegria com decepção, raiva e euforia, mas o casamento é o mais importante e não pode parar só porque os convidados não se dignaram a comparecer.
“... – Vamos encher o local de gente! Que os músicos toquem! Vamos festejar! Não importa quem não veio, o que importa é que tem gente que gosta de festa, e com certeza vão se alegrar conosco! Quem sabe façamos amigos melhores, afinal pelo que pude concluir, não sabemos muito bem como escolher os “amigos”...”.

Texto: Mateus 22:1-10 “... Jesus continuou a pregar-lhes por meio de parábolas, dizendo:
02 – O Reino dos Céus é semelhante a um rei que mandou realizar um banquete nupcial para seu filho.
03 – E por isso, enviou seus servos a conclamar os convidados para as bodas do filho; mas estes rejeitaram o chamamento.
04 – Uma vez mais, mandou outros servos, com esta ordem: ‘Dizei aos que foram convidados que lhes preparei meu banquete; os meus bois e meus novilhos gordos foram abatidos, e tudo está preparado. Vinde todos os convidados para as bodas do meu filho!’
05 – Mas os convidados nem deram atenção ao chamado dos servos e se afastaram: um para o seu campo, outro para os seus negócios.
06 – E outros ainda, atacando os servos, maltrataram-nos e os assassinaram.
07 – O rei indignou-se sobremaneira e, enviando seu exército, aniquilou aqueles criminosos e incendiou-lhes a cidade.
08 – Então, disse o rei a seus servos: ‘O banquete de casamento está posto, contudo os meus convidados não eram dignos.
09 – Ide, pois, às esquinas das ruas e convidai para as bodas todas as pessoas que encontrardes’.
10 – E, assim, os servos saíram pelas estradas e reuniram todos quantos puderam encontrar, gente boa e pessoas más, e a sala do banquete das bodas ficou repleta de convidados...”.

01 – Turminha difícil de agradar...

            Fico imaginando a decepção que aquele rei teve ao descobrir que seus amigos não eram tão amigos assim.
            Que essas pessoas eram tomadas por sentimento de inveja e ódio.
            Já imaginou? Você amar uma pessoa com todo o seu coração, a ter em alta estima, fazer dela sua melhor amiga, e descobrir que essa pessoa não só não te ama, mas te odeia?
            Foi o que aconteceu com aquele rei, ele viu o quanto era invejado e odiado, o quando seus amigos queriam sua morte, ele viu que muito embora os tivesse em altíssima estima a ponto de convidá-los para a mais alta celebração íntima ele não era amado como amava.
           
            E o que é pior, além de ter sido desprezado em seu convite honroso, eles ainda maltrataram seus funcionaram e os assassinaram.
            Para um rei isso foi uma extrema afronta, obviamente ele fez justiça pelo crime cometido contra seus servos, aniquilou os criminosos, os baniu do Céu e enviou novos servos, agora não para chamar os amigos, mas para trazer desconhecidos para sua festa.
            É uma parábola que revela o céu e a terra, os anjos e os homens, a disputa pelo poder e principalmente a Maravilhosa Graça de Deus sobre o homem.

Verso 8 “... O banquete de casamento está posto, contudo os meus convidados não eram dignos...”.

02 – Ide às esquinas - VS 9.

            Que coisa maluca de se compreender, esse rei acabou com todos os nobres?
            Não sobrou ninguém conhecido?

            Não foi isso que aconteceu, não é o que acontece, Deus resolveu resgatar os perdidos, os menos favorecidos, as prostitutas, os travestis, os traficantes, os ambulantes, os mercenários, os golpistas, enfim eu e você.

            Nós com o tempo começamos a nos tornar muito polidos, esquecemos de onde viemos, nossa linguagem fica mais saudável, nossos atos errados ficam menos aparentes, nossos hábitos mais coletivos, nos tornamos educadinhos como a vovó queria, porém começamos a qualificar e desqualificar o ser humano segundo nossa miopia religiosa.
            Acusamos os pecadores com tanta ferocidade como aqueles nobres que mataram os servos do Rei, nós os condenamos ao inferno sem paradas e sem direito a arrependimento.

            É curioso se não fosse trágico, mas a “cegueira da conversão” é tamanha que sentimos a mesma inveja que aqueles “nobres convidados” sentiram, como uma figura dos acontecimentos no céu, acabamos por adquirir aquilo que mais condenamos a “Síndrome de Lúcifer”.
            Afirmamos com plena certeza o que é “santo e profano”, e condenamos qualquer situação e pessoa que não esteja nos “padrões de um verdadeiro convertido”.

            “... E o que seria um verdadeiro convertido? Seria o que se amolda aos dogmas da placa religiosa ou seria aquele que não tinha a menos esperança de ser convidado para a festa do Rei e repentinamente recebe um convite em um imenso envelope muito chique, Papel Vergê, Letras Garrafais em ouro, e estranhamente o seu nome completo impresso no envelope...”.
               
            Esse é o Evangelho da Graça, um convite endereçado à “pessoa errada”.
           
 



“... Convidamos à senhorita Prostituta Áquila, que faz ponto no pontilhão cujo nome verdadeiro é Maria João da Silva, é com muito honra que a convidamos para a festa de casamento do Rei dos Reis, sua presença é aguardada com os meus sinceros agradecimentos por desde já, ter aceitado esse humilde convite...”.






Ou então:
            

  “... Convidamos à senhorita Paula Albuquerque garota de programa, que só atende pelo celular, cuja clientela seleta a enche de presentes e seus honorários pagam sua faculdade para um dia deixar essa vida dupla e ser uma profissional de sucesso, seu nome verdadeiro é Regina mais conhecida pelos seus familiares como Regininha e pelo seu pai como Florzinha do papai...”.

           

 
“... Convidamos o Sr Paulão mais conhecido pela polícia como Paulão 171, que faz todo o tipo de negócio que traga vantagens financeiras e também sexuais, não importa a mulher ou o trouxa caiu na rede é peixe, seu verdadeiro nome é Paulo mesmo, seu nome carinhoso era Paulinho assim chamado por sua carinhosa avó...”.

             


Ide as esquinas disse o Rei, e eu pergunto a essas igrejas que crescem pescando em aquários, fundando-se pro intermédios de “rachões da bênção”, eu pergunto: existe alguma rachadura abençoada?
            Onde estão os evangelistas das esquinas?
            Porque estão procurando gente nas igrejas para salvar? Salvar?
            Porque não estão nas boates, nos pontilhões, nas esquinas perversas?
               
            Perderam a própria graça e não sabem quem são porque se esqueceram de onde vieram, se esqueceram da sujeira em que se encontravam quando um desses mensageiros lhes estendeu a mão e lhes entregou o convite dourado de salvação.
               
            Perderam a própria graça na mesma caixa em que esconderam seus passados prostitutos, mentirosos e golpistas para posar de espirituais.

            “... A graça em si não é prazerosa de se ver, ela sempre vai nos arremeter para o pior de nós, sempre nos lembraremos de quem verdadeiramente somos, não aquele nome de guerra da prostituta nem o “novo nome espiritual dado pelos anjos”, a graça age como um espelho, muito bem limpo onde vemos quem verdadeiramente somos, pecadores, sempre pecadores...”.

            “... Você e eu não fomos convidados porque somos bonitinhos, ou por que somos pessoas de alto nível, fomos convidados porque não fazíamos parte do Reino, e Deus se agradou em nos oferecê-lo...”.
               
            “... Fomos convidados porque estávamos nas esquinas da vida, não adianta negar, dizer que não era você, era sim, o nome podia ser outro, um pseudônimo, um nome de guerra não importa, nós fomos convidados porque estávamos nas esquinas, e não há alternativa mais polida ou bonitinha, era a esquina mesmo, foi lá que fomos encontrados...”.

            “... É incrível, mas o convite tem o seu nome impresso, é para você, você é o convidado de honra, não importa a verdade sobre isso, é por essa verdade pecadora, impura, maligna que o convite chega até as suas mãos, se você fosse um dos nobres, também teria sido expulso...”.



            “... A incrível e dolorosa Graça de Deus chega onde o quadro é trágico, ela vem pela desonra, pela vergonha, ela vem para os perdidos, para os que fizeram pactos secretos com o diabo a fim de obter alguma vantagem. A Graça vem para os satanistas, para os ateus, não a encontraremos no meio da religiosidade...”.

           


 
“... No verso 10 diz que tanta gente foi convidada que o salão de festa ficou lotado de convidados, com a absoluta certeza seremos surpreendidos com a quantidade de pessoas que estarão nessa festa, o curioso é que nós olharemos à volta e diremos espantados: - Você aqui!? E a pessoa com a qual falamaos nos dirá o mesmo...”.


Desfecho: Romanos 5:20b “... Onde abundou o pecado superabundou a graça...”.

            A questão mais importante sobre a Graça de Deus é o reconhecimento do pecado, não se alcança a graça por méritos, ou acertos, a graça é alcançada através do pecado.
            Não há outro caminho, só nas esquinas da vida é que o convite chega, não importa se somos bons ou maus, o que verdadeiramente importa é se somos pecadores, se estamos perdidos, só assim seremos encontrados pelo amor do Pai.
             Os nobres não precisam da graça, possuem o título de nobreza, para quê se misturar com a plebe?
            Se você precisa do perdão de Deus, então esse convite é para você, o aceite e venha para festa, você está sendo aguardado, existe uma mesa reservada!

terça-feira, 20 de setembro de 2011

O Ladrão da Alegria

Introdução Histórica
                                                                      
Quantas pessoas perderam a alegria?
Quantas pessoas perderam a alegria de viver?
Quantas pessoas perderam a alegria de sorrir e amar?
Eu olho a minha volta e vejo choros secretos, desespero, tristezas diversas explicáveis ou não, vejo desistências, abandonos, incertezas, desamores, amizades rompidas, perdidas, relacionamentos fingidos, vejo prioridades trocadas, e novamente o Eu como centro do universo.

Antes de Galileu Galilei a teoria Geocêntrica era dotada como absoluta e definitiva, a Terra era o centro do universo.
Mas a própria teoria Geocêntrica é baseada no Egocentrismo (o Universo existe em função do homem).
Obviamente o homem sabe que não é verdade, porém em seu interior tudo continua a “girar em torno dele”.
“... O maior deus deste século é o ‘Eu’, nada o supera em grandeza e adoração...”
“... O problema é que é um deus falido, ou melhor, nem é um deus...”.

Seu vazio interior aumenta à medida que aumenta sua auto-adoração.
Sua alegria se esvai a medida desse crescimento egocêntrico.
O egocentrismo é hoje o principal ladrão da alegria.

Abandonamos o verdadeiro altar da adoração a Deus e construímos altares para nossas vontades e frustrações que não se saciam com os holocaustos oferecidos.

Você já observou que servir a Deus é a máxima proferida, desde que não interfira no Eu?
Você já observou que essa inversão engole o tempo de servir a Deus a tal ponto que Deus é uma mera tradição passada de pai para filho ou uma muleta?

“... O ladrão da alegria está à espreita, está a volta, oferecendo espelhos em troca do nosso ouro precioso e como os índios ingênuos, somos atraídos por esses espelhos que refletem nossas imagens carregadas de pesada maquiagem...”.

“... Somos seduzidos pelo Ego e entregamos a ele o trono de nossas vidas, convidamos Jesus a sair pelos fundos para podermos viver nossas vidas e projetos pessoais; e para uma religião que está bem fora de moda é melhor mesmo que esse Jesus saia pelos fundos e sem fazer barulho...”.

Eu pergunto:
Onde Jesus está em nossos projetos pessoais?
Onde Jesus está em nossos planos de carreira?
Quando você se formar onde Ele ficará?
Sem rodeios e pinturas com urucum, onde Jesus está agora em nossas vidas tão ocupadas?
Obviamente não está onde deveria!

“... Vejo isso tudo em nosso meio, na sociedade, e principalmente na igreja deste tempo. Vejo um Deus, um Jesus, um Espírito Santo à nossa imagem e conforme a nossa semelhança...”.

Como a música do Fruto Sagrado diz:
O que na verdade somos?
O que você vê quando me vê?
Se o mundo ainda é mau o culpado está diante do espelho...

Em analogia ao que referi pouco o espelho que compramos com ouro precioso de nossas vidas, isso é vender a alma.

“... O ladrão da alegria está lá, diante do reflexo, se olhando, se adorando, se seduzindo, admirando sua aparência sexual, seu olhar 43, parabenizando-se pelas conquistas e culpando qualquer um pelas derrotas, afinal ‘o divino’ nunca erra...”.

Texto: Deuteronômio 27:5-7 “... Edificarás um altar ao Senhor teu Deus, um altar de pedras. Não alçarás ferramenta sobre elas.
6 – De pedras inteiras edificarás o altar do Senhor teu Deus, e nele oferecerás holocaustos ao Senhor teu Deus.
7 – Oferecerás sacrifícios de ofertas pacíficas, e ali comerás perante o Senhor teu Deus, e te alegrarás...”.

01 – Edificarás um altar ao Senhor teu Deus.

            Quando Deus começou a ensinar seu povo sobre felicidade Deus começou pela adoração, não existe alegria sem adoração verdadeira, não existe felicidade plena sem comunhão com o verdadeiro “centro do universo”.
            Não é uma questão de convencimento, de argumentação, tudo à volta exala Deus, nas cores, sabores, está mais que provado, não somos fruto de uma soma de ocasos, o universo não é fruto de uma “mera explosão”, pode até ter iniciado no “big bang”, mas apenas como uma ordem superior bem organizada.
            Uma teoria dessas sem a aceitação de Deus é impossível, é mais fácil jogar e ganhar na loteria toda a semana por um ano inteiro do que ser possível um “ocaso” tão absurdo.
            Essa é a verdadeira ignorância, seres de extrema inteligência criticar e condenar aceitação de um Ser Supremo e aceitarem uma explosão e o surgimento do homem como fruto de somas de células em evolução.

            Edificarás um altar ao Senhor teu Deus, esse é o caminho para a felicidade, para a alegria; a reaproximação do ser criado com o criador.

02 – Um altar de pedras.

            Interessante como Deus quer o rústico, o feio, porém a matéria mais antiga, originária do Verbo.
            Um altar de pedras, não pedras preciosas, pedras mesmo, pedras comuns, aquelas que achamos à nossa volta.
             Exatamente aquilo que em nosso coração não tem mais valor, que foi desprezado, abandonado.
            Dentro do homem existem tesouros incríveis, muito bem guardados, super protegidos, desejos, sonhos, vivências, todas muito conservadas, mas ninguém guardaria pedras em sua alma, normalmente as jogamos fora, pelo menos para desobstruir o caminho.
            Um altar de pedras sem valor, porque o que realmente tem que valer a pena é a comunhão presente do Pai com o homem.
            Edificar um altar de pedras comuns é o desvalorizar do falso precioso para valorizar a comunhão.

03 – Não alçarás ferramentas sobre elas.

            Deus não quer a interferência dos modelos humanos em seu encontro, é um encontro de alegria, de felicidade, e nesse tipo de encontro o que menos se precisa é de protocolos humanos, eles só atrapalham, “Deus tem que vir, porém, tem um lugar certo para descer”...
            “ Quando chegar precisa estar vestido a caráter, não pode ser informal”...
           
Não alçarás ferramentas sobre o altar.
            Nunca tente modelar as pedras, o que menos importa é a beleza do altar, o que mais importa é o encontro com o Senhor, com o Pai.
            Vejo em nossos tempos como tem sido cada vez mais importante os protocolos, são tão importantes que ser tornaram “protocolos espirituais”, que loucura!
            Se Deus estivesse preocupado com todo esse aparato que vemos hoje, onde o templo é adorado, onde o “palco” que chamamos misticamente de “altar”, é elevado ao status de santíssimo, Ele teria dito ao homem para construir essa tal igreja.
            Uma pergunta curiosa, de onde foi que tiraram a idéia que os “altares nos templos” são realmente isso que se afirma?

            Alçamos ferramentas nos tais altares, impedimos gente de subir, como se fôssemos detentores da revelação e verdade absoluta, pecamos contra o verdadeiro altar, aqueles que impedimos de “subir” por esse ou aquele erro.
               
Alçar ferramentas é cortar, é separar o que está inteiro, é diminuir, moldar e rotular, tudo exatamente o que Deus não quer, Deus não pediu para a sua igreja formar o homem à sua imagem e semelhança, pediu para levá-los a Jesus.

04 – De pedras inteiras edificarás o altar do Senhor teu Deus.

            Tudo o que você é, tudo, inclusive seus erros.
             Tudo o que foi desprezado, tudo o que foi varrido para debaixo do tapete.
            Vamos entender com clareza; nos protocolos humanos muito de nossa religião “rústica” não cai bem, não é bonito de se ver.
“Tem que ter beleza”, mas vamos entender que para ter beleza, temos que cortar alguma coisa, madeira, pedras, tecido, até em uma plástica tem que se cortar algo; é a manipulação humana no divino.
São os espelhos que revertem ao belo e não ao íntimo.
São os espelhos que nos levam a procurar defeito e desprezar o feio.
Eu pergunto:
Quem criou o conceito de feio?
Quem te mostrou que você é feio, ou melhor, ainda, quem te mostrou que você é bonito?
Eu respondo: O pecado, esse altar que veneramos tanto e protegemos com tanto carinho, o pecado que nos envolve depois de seduzir com espelhos e bijuterias baratas, depois nos amarra e cega pelo belo.
Deus não te chama para vir até Ele todo maquiado, escovado e decorado, Deus te quer inteiro, sem ferramenta humana.
Mesmo que agora ai dentro de seu interior você esteja dizendo:
Mas eu sou feio demais para mostrar quem sou e como sou a Deus.
É essa pessoa que ele espera, esse é o “evangelho da graça”, não é uma apologia a libertinagem é a libertação do homem dele mesmo.

05 – Nele oferecerás holocaustos ao Senhor teu Deus.

            Holocausto significa, derramar sangue e queimar para Deus, Altar é lugar onde se sacrifica e queima.
            Eu pergunto:
            O que estamos sacrificando a Deus?
O que queimamos para Ele em adoração?

            Holocausto significa abnegar, renunciar e eu pergunto:
            O que verdadeiramente estamos renunciando?
            O que abnegamos, o que nos desprendemos?
            Ou melhor, ainda, o que nos prende ainda?

            Queremos as bênçãos de Deus, mas não queremos nos entregar a Ele.

            Abnegar é abrir mão de nossas tendências egoístas, segundo o dicionário.

            Mais do que possamos imaginar, se para haver um holocausto é preciso haver derramamento de sangue e morte, Jesus derramou seu sangue e morreu como holocausto por nós.
            Hoje nosso holocausto tão esperado por Deus é a morte do próprio Eu, é a morte de nossas tendências egoístas, é nossa renúncia a própria vontade.

06 – Oferecerás sacrifícios de ofertas pacíficas.

            A oferta pacífica em si mesma se explica, não é uma oferta por pecados, ou uma promessa por graça alcançada, é para fazer as pazes com Deus, é um acerto de contas.
            Ofertas pacíficas são atitudes de reconciliação com o Pai, lembremos de que por mais limpos, neste corpo de carne, sempre iremos pecar e nos afastar do Pai, as ofertas pacíficas são o atos de reencontro com Ele.
           
Não é de graça, mas é pela graça, Jesus pagou, nosso preço é o reconhecimento dos próprios erros, sem rodeios ou amenizações, é a verdade nua e crua, como a pedra do altar.

07 – Ali comerás perante o Senhor teu Deus.

            Temos coragem de comer diante do Senhor nosso Deus?
            Um detalhe para melhor compreensão é que quando se fazia um holocausto por pecados não se podia comer, porém quando era uma oferta pacífica, aquilo que era oferecido podia ser comido.
            Essa é a vontade do Pai, que todos os homens em todos os lugares se acomodem para comer diante D’Ele e com Ele.
            Deus não está nem um pouco preocupado com seus erros, Ele se preocupa com o distanciamento que fazemos e temos D’Ele.
            O Pai não criou a distância o homem sim.
            Jesus veio para aproximar o homem de seu Pai.
            Comer perante o Senhor é se achegar a Ele sem medo, sem dúvida, sem hipocrisia, sem protocolos, só você e Deus, sempre.
            Comer perante o Senhor é ato de carinho, de relacionamento íntimo e pessoal com Ele.

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Desfecho: Final do verso 7: - E te alegrarás.

            Essa é a restituição da alegria roubada, nós a roubamos de nós mesmos, nos afastamos de Deus, fizemos e fazemos nossas vontades.
            Ele como não é manipulador, nos deixa ir, chora por nosso afastamento, nos chama de volta, aguarda ansiosamente como o pai do filho pródigo aguardava.
            Quando nos encontra, troca nossas roupas sujas, nos veste , nos calça, devolve nosso anel de família, de autoridade e festeja.

Você acredita mesmo nesse Deus de raios e trovões?
Não é isso que vejo na Bíblia, vejo amor sobre amor, graça sobre graça.
Um Deus que quer estar presente diante da comunhão à mesa e trazer alegria ao coração triste, esse é o que castiga e manda para o inferno?
Deus não quer te ver triste.
Ele quer ver você alegre.

Existem milhões de formas do tentar nos alegrar, mas somente uma capaz de fazer disso realidade em nós.
Um altar ao Senhor nosso Deus.
Um lugar onde Ele possa vir, participar da comunhão e deixar a felicidade tão sonhada.

“... Se somos infelizes é porque, estamos buscando nos lugares errados...”.
“... Se estamos infelizes é porque ainda não confiamos no Pai de Amor...”.

O Pai está de braços abertos nos esperando para a comunhão íntima e de amor.

O ladrão da alegria está sempre à espreita, oferecendo espelhos e bijuterias baratas, ele está a tentar nos enganar, nos iludir para tirar de nós alegria tão procurada e desejada pelos homens.

Não se deixe seduzir por ele, e não se engane, não é ninguém à sua volta, ou o diabo, é você mesmo, e seus desejos incontidos.

            Você mesmo é o sabotador da alegria, e a única forma de vencer é edificar um altar para Deus, oferecer suas vontades a Ele, oferecer-lhe uma refeição pacífica e o Pai virá, se assentará à mesa, comerá com você e assim como Zaqueu você se alegrará. 

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

O vírus letal


Introdução Histórica
                                                                      
Devido a uma grande seca profetizada por Elias, fruto das escolhas feitas pelo rei de Israel Acabe e sua esposa Jezabel que induziam o povo a adorar outros deuses e praticar sacrifícios humanos, O rei Acabe e Jezabel queriam a cabeça do Profeta Elias.

Elias depois de um tempo resolveu enfrentar o rei com um desafio, o verdadeiro Deus deveria ser adorado, o Deus que mandasse fogo do céu para queimar um holocausto preparado sem a ajuda dos profetas.

Jezabel era a líder dos profetas de Baal e do Poste-ídolo, ao todo 950 profetas sob seu comando, eles aceitaram o desafio e começou a preparação, Elia preparou seu holocausto, preparou a lenha e colocou o novilho em cima para ser queimado, os 950 profetas fizeram o mesmo, tão logo tudo ficou pronto começou a cerimônia, os 950 profetas invocaram o nome de Baal de manhã até ao meio dia e nada.

Elias zombava dizendo: Clamem mais alto, talvez esteja ocupado, ou dormindo ou foi viajar...
Eles clamavam mais alto e se retalhavam com lancetas até derramar o próprio, porém não ouve voz alguma.
Então foi a vez de Elias:

  Texto: I Reis 18:30-31 “... Então Elias disse ao povo: Chegai-vos a mim. Todo o povo se chegou a ele. E Elias reparou o altar do Senhor, Que estava em ruínas.







01 – Chegai-vos a mim.

            A primeira atitude vitoriosa de Elias foi trazer o povo para perto, ele pediu que se achegasse a ele, que o povo se aproximasse dele.
            “... Não existe vitória sem unidade...”.
            “... É preciso que o povo se una, mesmo que seja para esperar no que vai dar...”.

            Você só terá vitória se aproximando do seu próximo, é na unidade com ele que a vitória virá.
            Achegar-se é o primeiro passo para uma vida diferente.
            Diante de tanta solidão, de tanta tristeza de alma pelo vazio que isso traz, vivemos uma época que mesmo nos relacionamentos a vivência é egoísta, medíocre, sem propósito definido.
            Ouço muito a expressão: O meu dinheiro o dinheiro dela...
            Não é incomum que entre casais não há mais confiança e cada um vive sua vida independente do outro, essa divisão tem trazido para nossos dias males espirituais de proporções assustadoras.
               
O Baal deste século trabalha pelos mesmos moldes da antiguidade, destruindo o altar, promovendo vazio na alma e uma insatisfação incapaz de ser preenchida, mesmo quando apresentamos a Jesus.
            Essa malignidade cega o entendimento pelo desejo incontido, usa o hiper-foco como base legal para escravizar, as pessoas não conseguem ouvir o que se prega, o que se divulga, não entendem que o vazio só pode ser preenchido por Jesus.
            A inteligência dos dias atuais é expansiva, porém, sua cosmo-visão é escrava, as pessoas não conseguem perceber o hiper-foco escravizando pelo desejo.
               
“... E o que isso tem a ver com unidade? Simples, cada pessoa está tão focada na obstinação do desejo que não enxerga mais o seu próximo, o próprio Jesus em Mateus 24 disse que haveria uma época em que os seres humanos não se amariam mais...”.



“... O individualismo tem engolido o amor, é uma guerra vencida, não há conquista sem ter ‘sangue frio’, e infelizmente esse vírus mortal tem invadido as igrejas e as famílias, dificilmente encontramos alguém que não foi infectado...”.



 

“... É um vírus letal com capacidade de ficar adormecido até o sinal de necessidade, quando somos lesados por outros, ou quando desejamos muito algo, ele desperta e começa sua ação mortal contra o amor, começa pela perda dos sentidos humanitários, depois pelo abandono de qualquer pessoa que atrapalhe seu objetivo chegando até a frieza total e indiferente para com qualquer pessoa, mesmo que seja do próprio sangue...”.






“... As pessoas com medo da infecção se fecham no individualismo, para não se ferirem, se protegem como podem, infelizmente também estão infectadas...”.








“... Achegai-vos a mim, disse o profeta, digo eu agora, diz Deus através de seu filho, eu sei que vou sofrer, que vou me decepcionar, mas é a única forma de combater essa praga...”.
“... Achegai-vos a mim, disse o profeta, a nação toda estava do lado dos profetas de Baal, não estavam do seu lado, o culpavam pela seca que castigara a terra e matara muita gente, ele não estava entre amigos, era odiado, ele assumiu a responsabilidade de perder tudo se as coisas não saíssem como o planejado...”.
“... Achegai-vos a mim, disse um homem solitário, ele tomou as rédeas da própria vida, deixou de ser refém do medo, ele também esta contaminado, se isolou, mas procurou a cura, não importava mais sua vida, melhor morrer nas mãos dos inimigos do que a míngua, sozinho no deserto...”.

 Você seria capaz de desafiar seus princípios e começar a caminhar junto?
Seria capaz de quebrar as regras e se ajuntar na comunidade, mesmo que custe um pouco de dor e decepção?

Garanto que não será fácil, mas você não vai morrer seco no deserto!
Terá a vida cheia de amigos, pode até ser que alguém se traia, mas valerá a pena pelos outros, Jesus foi traído e nem por isso resolveu viver só, sempre esteve cercado de amigos e inimigos, isso não o intimidava.
Jesus nunca gostou de ficar só, mesmo em sua oração de sangue ele chamou seus amigos para acompanhá-lo.
“... A comunidade é o antídoto contra esse vírus fatal, ela é capaz de bani-lo, esse infiltrado de Baal em nós, portanto se achegue...”.

02 – Elias reparou o altar do Senhor que estava em ruínas.

            Dentro de cada ser humano existe um altar, um local para sacrifícios, para adoração, seja dedicado a Deus ou não, ele existe.
            O propósito original de Deus era um altar para Ele, um local especial dentro do homem onde a adoração fosse pura e completa.

            O vazio que tanto se luta para ser preenchido é o local do altar, dentro do templo de Deus, lugar especial, puro e íntimo.
            A verdade é que estamos com o altar em ruínas, eu já trouxe este assunto à tona, mas vivemos dias difíceis, duros, onde o amor é remédio escasso, não se encontra mais, cada um cuida de si mesmo, não nos importamos mais com o próximo.
           
O amor foi substituído por uma frieza tal que quando ela não tenta destruir, fica na arquibancada esperando nossa ruína para assistir de camarote.
               
            É um desafio difícil, repara o altar, vim aqui para isso, estou aqui para isso, não é simples, depende da sua vontade em fazê-lo, depende do seu reconhecimento, afinal muitos estão com o altar em ruínas e pensam que estão bem, afirmam que estão bem.

            Seja verdadeiro consigo mesmo, seu altar está inteiro?
            Como está o seu coração em relação às pessoas?
            Você tem se achegado aos seus, a mim?
            Conseguiria tem uma conversa comigo sem medo? Sem raiva? Sem desconfiança?
            Seria capaz de amar? De me amar, de amar a si mesmo?
Quem se ama se cuida, você tem cuidado de você mesmo?
Como Deus quer você se cuide? Já sabe o que Ele deseja de você?
Então você está freqüentando as reuniões preparadas para você?
Os jovens com os jovens, os casais com os casais, aos domingos não fica em casa, vai para a comunidade adorar e ouvir de Deus?

O problema com o individualismo é que ele fere principalmente o próprio homem, o homem não nasceu para ser individualista, mas coletivo, o individualista é egoísta, não é solidário, é egocêntrico.
Seu prazer em primeiro lugar?
Suas realizações em primeiro lugar?
Você em primeiro lugar?
É sinal de que o altar está em ruínas.

O altar em ruínas impede nossa adoração a Deus, pois abandonamos o altar e passamos a adorar a nós mesmos.
Se quisermos vencer a solidão, a tristeza, os próprios erros, precisamos trazer a Deus para perto de nossas vidas, ou melhor, trazer Deus para dentro de nossas vidas.
Eu estou aqui hoje para reconstruir seu altar, só isso, a adoração é para Deus, só para Ele, eu não sou o centro, e muito menos você o é, Deus é o centro, o único digno de ser adorado.
“... A igreja combate veementemente a idolatria, acusa, condena ao inferno quem pratica, chuta, queima e quebra as imagens, porém, está totalmente equivocada quanto ao que se adora, pensa que são as imagens ou coisas do gênero, a maior idolatria está dentro do homem, não pode ser chutada quebrada ou queimada e é ele mesmo...”.

Desfecho: Salmos 84:1-3Quão amáveis são os teus tabernáculos, SENHOR dos Exércitos!
2  A minha alma suspira e desfalece pelos átrios do SENHOR; o meu coração e a minha carne exultam pelo Deus vivo!
3  O pardal encontrou casa, e a andorinha, ninho para si, onde acolha os seus filhotes; eu, os teus altares, SENHOR dos Exércitos, Rei meu e Deus meu!

O final da história é que depois que o altar foi restaurado, Elias invocou a Deus e Ele respondeu com fogo, queimou tudo, sem que Elias fizesse algo, o fogo caiu do céu, queimou tudo até o chão e o povo creu em Deus e em Elias.
O povo voltou para Deus, e a chuva desceu sobre a terra, a vitória veio, o povo foi consolado com a chuva.

O salmista afirma que quando ele encontrou os altares de Deus, ele encontrou abrigo, proteção, comunhão, graça, alívio, libertação.
O maior prazer do rei Davi era estar na casa de Deus, era adorá-lo, era cantar para Ele, o único digno de receber adoração.

Davi entendeu que o individualismo mata, mas ser um adorador comunitário traz vida.

O dia que o texto dos Salmos 84 tornar-se verdade em nós, é sinal que nosso altar está restaurado para a morada de Deus em nós.

O dia em que a casa de Deus for aquilo de mais importância em nós, verdadeiramente nós seremos felizes.

Não é uma expressão poética, Davi era o homem mais rido de sua época, o homem mais valente, era um rei, tinha tudo o que desejasse, e de fato satisfez casa desejo seu, o que ele mais valorizou, era estar junto com o povo dentro da casa de Deus adorando seu nome.

Davi comparou o altar ao ninho que abriga os filhotes de um pardal, seguro, aconchegante, quentinho, acolhedor, supridor.
O que te traz essa segurança?
Se for o altar, então seu altar está restaurado.

Mas posso afirmar que se estou expressando esses pensamentos, significa que nosso foco não está em Deus, e é hora de começar a restaurar o altar, para que Ele venha e receba nossa adoração e nos traga a paz que tanto sonhamos.

Convido você a se achegar, se aninhar, descansar juntos, pertinho uns dos outros, sem medo, desafio a abandonar a individualidade e viver a comunidade.
Convido você a entregar seu altar para ser restaurado por mim, a restauração é humana, mas o fogo do céu é divino.

Garanto que Ele virá e receberá seu sacrifício, intimo e pessoal, entrega o teu caminho ao Senhor, confia N’Ele e o mais ele fará...

Se achegue, vamos erradicar esse vírus mortal da individualidade e nos aninhar, juntos em Deus.