segunda-feira, 12 de setembro de 2011

O vírus letal


Introdução Histórica
                                                                      
Devido a uma grande seca profetizada por Elias, fruto das escolhas feitas pelo rei de Israel Acabe e sua esposa Jezabel que induziam o povo a adorar outros deuses e praticar sacrifícios humanos, O rei Acabe e Jezabel queriam a cabeça do Profeta Elias.

Elias depois de um tempo resolveu enfrentar o rei com um desafio, o verdadeiro Deus deveria ser adorado, o Deus que mandasse fogo do céu para queimar um holocausto preparado sem a ajuda dos profetas.

Jezabel era a líder dos profetas de Baal e do Poste-ídolo, ao todo 950 profetas sob seu comando, eles aceitaram o desafio e começou a preparação, Elia preparou seu holocausto, preparou a lenha e colocou o novilho em cima para ser queimado, os 950 profetas fizeram o mesmo, tão logo tudo ficou pronto começou a cerimônia, os 950 profetas invocaram o nome de Baal de manhã até ao meio dia e nada.

Elias zombava dizendo: Clamem mais alto, talvez esteja ocupado, ou dormindo ou foi viajar...
Eles clamavam mais alto e se retalhavam com lancetas até derramar o próprio, porém não ouve voz alguma.
Então foi a vez de Elias:

  Texto: I Reis 18:30-31 “... Então Elias disse ao povo: Chegai-vos a mim. Todo o povo se chegou a ele. E Elias reparou o altar do Senhor, Que estava em ruínas.







01 – Chegai-vos a mim.

            A primeira atitude vitoriosa de Elias foi trazer o povo para perto, ele pediu que se achegasse a ele, que o povo se aproximasse dele.
            “... Não existe vitória sem unidade...”.
            “... É preciso que o povo se una, mesmo que seja para esperar no que vai dar...”.

            Você só terá vitória se aproximando do seu próximo, é na unidade com ele que a vitória virá.
            Achegar-se é o primeiro passo para uma vida diferente.
            Diante de tanta solidão, de tanta tristeza de alma pelo vazio que isso traz, vivemos uma época que mesmo nos relacionamentos a vivência é egoísta, medíocre, sem propósito definido.
            Ouço muito a expressão: O meu dinheiro o dinheiro dela...
            Não é incomum que entre casais não há mais confiança e cada um vive sua vida independente do outro, essa divisão tem trazido para nossos dias males espirituais de proporções assustadoras.
               
O Baal deste século trabalha pelos mesmos moldes da antiguidade, destruindo o altar, promovendo vazio na alma e uma insatisfação incapaz de ser preenchida, mesmo quando apresentamos a Jesus.
            Essa malignidade cega o entendimento pelo desejo incontido, usa o hiper-foco como base legal para escravizar, as pessoas não conseguem ouvir o que se prega, o que se divulga, não entendem que o vazio só pode ser preenchido por Jesus.
            A inteligência dos dias atuais é expansiva, porém, sua cosmo-visão é escrava, as pessoas não conseguem perceber o hiper-foco escravizando pelo desejo.
               
“... E o que isso tem a ver com unidade? Simples, cada pessoa está tão focada na obstinação do desejo que não enxerga mais o seu próximo, o próprio Jesus em Mateus 24 disse que haveria uma época em que os seres humanos não se amariam mais...”.



“... O individualismo tem engolido o amor, é uma guerra vencida, não há conquista sem ter ‘sangue frio’, e infelizmente esse vírus mortal tem invadido as igrejas e as famílias, dificilmente encontramos alguém que não foi infectado...”.



 

“... É um vírus letal com capacidade de ficar adormecido até o sinal de necessidade, quando somos lesados por outros, ou quando desejamos muito algo, ele desperta e começa sua ação mortal contra o amor, começa pela perda dos sentidos humanitários, depois pelo abandono de qualquer pessoa que atrapalhe seu objetivo chegando até a frieza total e indiferente para com qualquer pessoa, mesmo que seja do próprio sangue...”.






“... As pessoas com medo da infecção se fecham no individualismo, para não se ferirem, se protegem como podem, infelizmente também estão infectadas...”.








“... Achegai-vos a mim, disse o profeta, digo eu agora, diz Deus através de seu filho, eu sei que vou sofrer, que vou me decepcionar, mas é a única forma de combater essa praga...”.
“... Achegai-vos a mim, disse o profeta, a nação toda estava do lado dos profetas de Baal, não estavam do seu lado, o culpavam pela seca que castigara a terra e matara muita gente, ele não estava entre amigos, era odiado, ele assumiu a responsabilidade de perder tudo se as coisas não saíssem como o planejado...”.
“... Achegai-vos a mim, disse um homem solitário, ele tomou as rédeas da própria vida, deixou de ser refém do medo, ele também esta contaminado, se isolou, mas procurou a cura, não importava mais sua vida, melhor morrer nas mãos dos inimigos do que a míngua, sozinho no deserto...”.

 Você seria capaz de desafiar seus princípios e começar a caminhar junto?
Seria capaz de quebrar as regras e se ajuntar na comunidade, mesmo que custe um pouco de dor e decepção?

Garanto que não será fácil, mas você não vai morrer seco no deserto!
Terá a vida cheia de amigos, pode até ser que alguém se traia, mas valerá a pena pelos outros, Jesus foi traído e nem por isso resolveu viver só, sempre esteve cercado de amigos e inimigos, isso não o intimidava.
Jesus nunca gostou de ficar só, mesmo em sua oração de sangue ele chamou seus amigos para acompanhá-lo.
“... A comunidade é o antídoto contra esse vírus fatal, ela é capaz de bani-lo, esse infiltrado de Baal em nós, portanto se achegue...”.

02 – Elias reparou o altar do Senhor que estava em ruínas.

            Dentro de cada ser humano existe um altar, um local para sacrifícios, para adoração, seja dedicado a Deus ou não, ele existe.
            O propósito original de Deus era um altar para Ele, um local especial dentro do homem onde a adoração fosse pura e completa.

            O vazio que tanto se luta para ser preenchido é o local do altar, dentro do templo de Deus, lugar especial, puro e íntimo.
            A verdade é que estamos com o altar em ruínas, eu já trouxe este assunto à tona, mas vivemos dias difíceis, duros, onde o amor é remédio escasso, não se encontra mais, cada um cuida de si mesmo, não nos importamos mais com o próximo.
           
O amor foi substituído por uma frieza tal que quando ela não tenta destruir, fica na arquibancada esperando nossa ruína para assistir de camarote.
               
            É um desafio difícil, repara o altar, vim aqui para isso, estou aqui para isso, não é simples, depende da sua vontade em fazê-lo, depende do seu reconhecimento, afinal muitos estão com o altar em ruínas e pensam que estão bem, afirmam que estão bem.

            Seja verdadeiro consigo mesmo, seu altar está inteiro?
            Como está o seu coração em relação às pessoas?
            Você tem se achegado aos seus, a mim?
            Conseguiria tem uma conversa comigo sem medo? Sem raiva? Sem desconfiança?
            Seria capaz de amar? De me amar, de amar a si mesmo?
Quem se ama se cuida, você tem cuidado de você mesmo?
Como Deus quer você se cuide? Já sabe o que Ele deseja de você?
Então você está freqüentando as reuniões preparadas para você?
Os jovens com os jovens, os casais com os casais, aos domingos não fica em casa, vai para a comunidade adorar e ouvir de Deus?

O problema com o individualismo é que ele fere principalmente o próprio homem, o homem não nasceu para ser individualista, mas coletivo, o individualista é egoísta, não é solidário, é egocêntrico.
Seu prazer em primeiro lugar?
Suas realizações em primeiro lugar?
Você em primeiro lugar?
É sinal de que o altar está em ruínas.

O altar em ruínas impede nossa adoração a Deus, pois abandonamos o altar e passamos a adorar a nós mesmos.
Se quisermos vencer a solidão, a tristeza, os próprios erros, precisamos trazer a Deus para perto de nossas vidas, ou melhor, trazer Deus para dentro de nossas vidas.
Eu estou aqui hoje para reconstruir seu altar, só isso, a adoração é para Deus, só para Ele, eu não sou o centro, e muito menos você o é, Deus é o centro, o único digno de ser adorado.
“... A igreja combate veementemente a idolatria, acusa, condena ao inferno quem pratica, chuta, queima e quebra as imagens, porém, está totalmente equivocada quanto ao que se adora, pensa que são as imagens ou coisas do gênero, a maior idolatria está dentro do homem, não pode ser chutada quebrada ou queimada e é ele mesmo...”.

Desfecho: Salmos 84:1-3Quão amáveis são os teus tabernáculos, SENHOR dos Exércitos!
2  A minha alma suspira e desfalece pelos átrios do SENHOR; o meu coração e a minha carne exultam pelo Deus vivo!
3  O pardal encontrou casa, e a andorinha, ninho para si, onde acolha os seus filhotes; eu, os teus altares, SENHOR dos Exércitos, Rei meu e Deus meu!

O final da história é que depois que o altar foi restaurado, Elias invocou a Deus e Ele respondeu com fogo, queimou tudo, sem que Elias fizesse algo, o fogo caiu do céu, queimou tudo até o chão e o povo creu em Deus e em Elias.
O povo voltou para Deus, e a chuva desceu sobre a terra, a vitória veio, o povo foi consolado com a chuva.

O salmista afirma que quando ele encontrou os altares de Deus, ele encontrou abrigo, proteção, comunhão, graça, alívio, libertação.
O maior prazer do rei Davi era estar na casa de Deus, era adorá-lo, era cantar para Ele, o único digno de receber adoração.

Davi entendeu que o individualismo mata, mas ser um adorador comunitário traz vida.

O dia que o texto dos Salmos 84 tornar-se verdade em nós, é sinal que nosso altar está restaurado para a morada de Deus em nós.

O dia em que a casa de Deus for aquilo de mais importância em nós, verdadeiramente nós seremos felizes.

Não é uma expressão poética, Davi era o homem mais rido de sua época, o homem mais valente, era um rei, tinha tudo o que desejasse, e de fato satisfez casa desejo seu, o que ele mais valorizou, era estar junto com o povo dentro da casa de Deus adorando seu nome.

Davi comparou o altar ao ninho que abriga os filhotes de um pardal, seguro, aconchegante, quentinho, acolhedor, supridor.
O que te traz essa segurança?
Se for o altar, então seu altar está restaurado.

Mas posso afirmar que se estou expressando esses pensamentos, significa que nosso foco não está em Deus, e é hora de começar a restaurar o altar, para que Ele venha e receba nossa adoração e nos traga a paz que tanto sonhamos.

Convido você a se achegar, se aninhar, descansar juntos, pertinho uns dos outros, sem medo, desafio a abandonar a individualidade e viver a comunidade.
Convido você a entregar seu altar para ser restaurado por mim, a restauração é humana, mas o fogo do céu é divino.

Garanto que Ele virá e receberá seu sacrifício, intimo e pessoal, entrega o teu caminho ao Senhor, confia N’Ele e o mais ele fará...

Se achegue, vamos erradicar esse vírus mortal da individualidade e nos aninhar, juntos em Deus.

Um comentário:

  1. Bia tarde! Quero dizer que adorei o artigo. Estou fazendo uma pesquisa sobre "Individualismo" e encontrei aqui muitas respostas. Obrigada, se tiver mais alguma colocação sobre o tema..por favor, gostaria de receber. Um abraço veraportella

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