segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Bicões na Festa


Introdução Histórica
                                                                      
Você já foi um bicão em festa? Ou melhor, você já foi um penetra?
Já presenciou um penetra de festa?
Como podemos dizer, não e um “cara de pau”?
Você é um? Um penetra?
Existem pessoas que fazem isso na maior cara deslavada, sem um pingo de vergonha.
Se você nunca viu um, é só olhar suas fotos de casamento ou de seus pais, principalmente se foi em uma igreja.
O que tem de bicão nas fotos é incrível!
Gente que você nunca viu na vida, nuca trocou uma só palavra!
É tão incrível que mesmo que o casamento foi celebrado na igreja que você freqüenta, mesmo que você seja um cristão praticante e assíduo, mesmo que conheça uma a uma as pessoas que freqüentam sua igreja, nas fotos você verá gente que nuca viu na vida.
E na festa então...
E tem bicão profissional, eles ainda fazem questão de aparecer nas fotos, sorriem, assentam-se nas mesas reservadas aos convidados especiais, e não adianta olhar feio, eles não arredam o pé.

Como os noivos estão eufóricos e felizes, nem percebem os penetras.
Um conselho para quem pretende se casar e não ter penetra, tem que casar em uma ilha, e controlar o barco que leva a galera com bilhete de entrada.

Aliás, você já observou que aquele bilhete que a gente ganha para entrar na festa nunca funciona?
São os bicões, entra tanta gente sem ser convidada na festa, que quem está organizando joga a prancheta para cima e pede demissão.

Pois é exatamente o que a parábola de Jesus descreve de forma inusitada e invertida, só podia ser Jesus, já que Ele sempre fala na contra mão do sistema; porque não falaria na contra mão do bicão?

Já imaginou?
Uma festa preparada para convidados ilustre e os mesmos simplesmente não vão à festa? Não aparecem, não mandam o presente, não agradecem e ainda falam mal? Repentinamente quando olha pra festa, repleta de gente que você não conhece, nenhum conhecido mesmo, um local completamente cheio de gente estranha para celebrar sua festa de casamento!
Que mistura de alegria com decepção, raiva e euforia, mas o casamento é o mais importante e não pode parar só porque os convidados não se dignaram a comparecer.
“... – Vamos encher o local de gente! Que os músicos toquem! Vamos festejar! Não importa quem não veio, o que importa é que tem gente que gosta de festa, e com certeza vão se alegrar conosco! Quem sabe façamos amigos melhores, afinal pelo que pude concluir, não sabemos muito bem como escolher os “amigos”...”.

Texto: Mateus 22:1-10 “... Jesus continuou a pregar-lhes por meio de parábolas, dizendo:
02 – O Reino dos Céus é semelhante a um rei que mandou realizar um banquete nupcial para seu filho.
03 – E por isso, enviou seus servos a conclamar os convidados para as bodas do filho; mas estes rejeitaram o chamamento.
04 – Uma vez mais, mandou outros servos, com esta ordem: ‘Dizei aos que foram convidados que lhes preparei meu banquete; os meus bois e meus novilhos gordos foram abatidos, e tudo está preparado. Vinde todos os convidados para as bodas do meu filho!’
05 – Mas os convidados nem deram atenção ao chamado dos servos e se afastaram: um para o seu campo, outro para os seus negócios.
06 – E outros ainda, atacando os servos, maltrataram-nos e os assassinaram.
07 – O rei indignou-se sobremaneira e, enviando seu exército, aniquilou aqueles criminosos e incendiou-lhes a cidade.
08 – Então, disse o rei a seus servos: ‘O banquete de casamento está posto, contudo os meus convidados não eram dignos.
09 – Ide, pois, às esquinas das ruas e convidai para as bodas todas as pessoas que encontrardes’.
10 – E, assim, os servos saíram pelas estradas e reuniram todos quantos puderam encontrar, gente boa e pessoas más, e a sala do banquete das bodas ficou repleta de convidados...”.

01 – Turminha difícil de agradar...

            Fico imaginando a decepção que aquele rei teve ao descobrir que seus amigos não eram tão amigos assim.
            Que essas pessoas eram tomadas por sentimento de inveja e ódio.
            Já imaginou? Você amar uma pessoa com todo o seu coração, a ter em alta estima, fazer dela sua melhor amiga, e descobrir que essa pessoa não só não te ama, mas te odeia?
            Foi o que aconteceu com aquele rei, ele viu o quanto era invejado e odiado, o quando seus amigos queriam sua morte, ele viu que muito embora os tivesse em altíssima estima a ponto de convidá-los para a mais alta celebração íntima ele não era amado como amava.
           
            E o que é pior, além de ter sido desprezado em seu convite honroso, eles ainda maltrataram seus funcionaram e os assassinaram.
            Para um rei isso foi uma extrema afronta, obviamente ele fez justiça pelo crime cometido contra seus servos, aniquilou os criminosos, os baniu do Céu e enviou novos servos, agora não para chamar os amigos, mas para trazer desconhecidos para sua festa.
            É uma parábola que revela o céu e a terra, os anjos e os homens, a disputa pelo poder e principalmente a Maravilhosa Graça de Deus sobre o homem.

Verso 8 “... O banquete de casamento está posto, contudo os meus convidados não eram dignos...”.

02 – Ide às esquinas - VS 9.

            Que coisa maluca de se compreender, esse rei acabou com todos os nobres?
            Não sobrou ninguém conhecido?

            Não foi isso que aconteceu, não é o que acontece, Deus resolveu resgatar os perdidos, os menos favorecidos, as prostitutas, os travestis, os traficantes, os ambulantes, os mercenários, os golpistas, enfim eu e você.

            Nós com o tempo começamos a nos tornar muito polidos, esquecemos de onde viemos, nossa linguagem fica mais saudável, nossos atos errados ficam menos aparentes, nossos hábitos mais coletivos, nos tornamos educadinhos como a vovó queria, porém começamos a qualificar e desqualificar o ser humano segundo nossa miopia religiosa.
            Acusamos os pecadores com tanta ferocidade como aqueles nobres que mataram os servos do Rei, nós os condenamos ao inferno sem paradas e sem direito a arrependimento.

            É curioso se não fosse trágico, mas a “cegueira da conversão” é tamanha que sentimos a mesma inveja que aqueles “nobres convidados” sentiram, como uma figura dos acontecimentos no céu, acabamos por adquirir aquilo que mais condenamos a “Síndrome de Lúcifer”.
            Afirmamos com plena certeza o que é “santo e profano”, e condenamos qualquer situação e pessoa que não esteja nos “padrões de um verdadeiro convertido”.

            “... E o que seria um verdadeiro convertido? Seria o que se amolda aos dogmas da placa religiosa ou seria aquele que não tinha a menos esperança de ser convidado para a festa do Rei e repentinamente recebe um convite em um imenso envelope muito chique, Papel Vergê, Letras Garrafais em ouro, e estranhamente o seu nome completo impresso no envelope...”.
               
            Esse é o Evangelho da Graça, um convite endereçado à “pessoa errada”.
           
 



“... Convidamos à senhorita Prostituta Áquila, que faz ponto no pontilhão cujo nome verdadeiro é Maria João da Silva, é com muito honra que a convidamos para a festa de casamento do Rei dos Reis, sua presença é aguardada com os meus sinceros agradecimentos por desde já, ter aceitado esse humilde convite...”.






Ou então:
            

  “... Convidamos à senhorita Paula Albuquerque garota de programa, que só atende pelo celular, cuja clientela seleta a enche de presentes e seus honorários pagam sua faculdade para um dia deixar essa vida dupla e ser uma profissional de sucesso, seu nome verdadeiro é Regina mais conhecida pelos seus familiares como Regininha e pelo seu pai como Florzinha do papai...”.

           

 
“... Convidamos o Sr Paulão mais conhecido pela polícia como Paulão 171, que faz todo o tipo de negócio que traga vantagens financeiras e também sexuais, não importa a mulher ou o trouxa caiu na rede é peixe, seu verdadeiro nome é Paulo mesmo, seu nome carinhoso era Paulinho assim chamado por sua carinhosa avó...”.

             


Ide as esquinas disse o Rei, e eu pergunto a essas igrejas que crescem pescando em aquários, fundando-se pro intermédios de “rachões da bênção”, eu pergunto: existe alguma rachadura abençoada?
            Onde estão os evangelistas das esquinas?
            Porque estão procurando gente nas igrejas para salvar? Salvar?
            Porque não estão nas boates, nos pontilhões, nas esquinas perversas?
               
            Perderam a própria graça e não sabem quem são porque se esqueceram de onde vieram, se esqueceram da sujeira em que se encontravam quando um desses mensageiros lhes estendeu a mão e lhes entregou o convite dourado de salvação.
               
            Perderam a própria graça na mesma caixa em que esconderam seus passados prostitutos, mentirosos e golpistas para posar de espirituais.

            “... A graça em si não é prazerosa de se ver, ela sempre vai nos arremeter para o pior de nós, sempre nos lembraremos de quem verdadeiramente somos, não aquele nome de guerra da prostituta nem o “novo nome espiritual dado pelos anjos”, a graça age como um espelho, muito bem limpo onde vemos quem verdadeiramente somos, pecadores, sempre pecadores...”.

            “... Você e eu não fomos convidados porque somos bonitinhos, ou por que somos pessoas de alto nível, fomos convidados porque não fazíamos parte do Reino, e Deus se agradou em nos oferecê-lo...”.
               
            “... Fomos convidados porque estávamos nas esquinas da vida, não adianta negar, dizer que não era você, era sim, o nome podia ser outro, um pseudônimo, um nome de guerra não importa, nós fomos convidados porque estávamos nas esquinas, e não há alternativa mais polida ou bonitinha, era a esquina mesmo, foi lá que fomos encontrados...”.

            “... É incrível, mas o convite tem o seu nome impresso, é para você, você é o convidado de honra, não importa a verdade sobre isso, é por essa verdade pecadora, impura, maligna que o convite chega até as suas mãos, se você fosse um dos nobres, também teria sido expulso...”.



            “... A incrível e dolorosa Graça de Deus chega onde o quadro é trágico, ela vem pela desonra, pela vergonha, ela vem para os perdidos, para os que fizeram pactos secretos com o diabo a fim de obter alguma vantagem. A Graça vem para os satanistas, para os ateus, não a encontraremos no meio da religiosidade...”.

           


 
“... No verso 10 diz que tanta gente foi convidada que o salão de festa ficou lotado de convidados, com a absoluta certeza seremos surpreendidos com a quantidade de pessoas que estarão nessa festa, o curioso é que nós olharemos à volta e diremos espantados: - Você aqui!? E a pessoa com a qual falamaos nos dirá o mesmo...”.


Desfecho: Romanos 5:20b “... Onde abundou o pecado superabundou a graça...”.

            A questão mais importante sobre a Graça de Deus é o reconhecimento do pecado, não se alcança a graça por méritos, ou acertos, a graça é alcançada através do pecado.
            Não há outro caminho, só nas esquinas da vida é que o convite chega, não importa se somos bons ou maus, o que verdadeiramente importa é se somos pecadores, se estamos perdidos, só assim seremos encontrados pelo amor do Pai.
             Os nobres não precisam da graça, possuem o título de nobreza, para quê se misturar com a plebe?
            Se você precisa do perdão de Deus, então esse convite é para você, o aceite e venha para festa, você está sendo aguardado, existe uma mesa reservada!

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